A prova de História no Enem é uma das mais complexas. Ela une conhecimentos de diversos lugares e nos traz questões inteligentes, profundas e cheias de interpretações. Por isso, precisamos entrar em contato com assuntos diferentes para mandarmos bem no caderno de Ciências Humanas e Suas Tecnologias!
Sendo assim, que tal falarmos sobre a história da burguesia? Essa é uma classe social extremamente importante para a construção de nossa sociedade e que é, muitas vezes, pouco compreendida pelos estudantes que se preparam para o vestibular.
Sendo assim, continue com a gente e descubra o que é a burguesia, quais são as suas origens, quais são as fases de sua história e como estudar esse assunto de maneira realmente eficiente ao longo de sua preparação. Boa leitura!
O que é burguesia e qual é a sua origem histórica?
A burguesia nada mais é do que uma classe social voltada para o comércio. Atualmente, o seu significado é um pouco diferente e nos remete a uma classe mais abastada, independentemente de qual seja a sua ocupação profissional. No entanto, no contexto histórico, os burgueses são tidos como aqueles que começaram o que é, hoje, a nossa ideia de “negócio”.
Cabe destacar que os burgueses eram os habitantes dos burgos (centros que se formavam para a comercialização) e detinham direitos de cidadania, além de vários privilégios econômicos, políticos e sociais.
Para compreender melhor esse processo, é fundamental estudarmos bastante o tema de Idade Média no Enem. Afinal, foi nessa época que tudo começou!
Quais são as etapas do desenvolvimento da burguesia?
Para estudarmos o que cai no Enem, precisamos entender os eventos como processos, especialmente quando o assunto é História. Confira, então, as origens e as fases da classe burguesa!
Mercantil
No começo da nossa sociedade, a burguesia era uma classe inexistente. Ela começou a se desenhar apenas no final da Idade Média, com o que chamamos de Cruzadas.
A reabertura do Mar Mediterrâneo e o Renascimento Comercial e Urbano foram fatores fundamentais para que as pessoas deixassem os feudos e migrassem para os centros que estavam se formando na Europa da época.
Assim, nascia uma classe que começava a despontar como um grande destaque: a de pessoas que trocavam seus produtos por outros ou por dinheiro. Assim, pouco a pouco, surgia o que conhecemos como comércio. O grande marco desse processo foi o Renascimento (ou Renascença), na Itália e em outros países europeus.
Industrial
Após a Idade Média (ou seja, na Idade Moderna), novos eventos continuaram a consolidar a burguesia como classe dominante. Na Inglaterra, a Revolução Inglesa teve forte participação dessa classe e conseguiu, enfim, instituir a monarquia parlamentarista na região.
Já na França, a Revolução Francesa (que marca o começo da Idade Contemporânea) depôs um monarca e fez com que os burgueses se consolidassem, de uma vez por todas, como pontos-chave da política francesa.
Tudo isso culmina em um processo conhecido como Revolução Industrial. O seu começo ainda se dá na Era Moderna, mas o seu ápice acontece no tempo em que estamos atualmente. A fase industrial mostrou o poder econômico dos burgueses, que puderam arcar com máquinas e construíram, assim, o começo de seu império, que é observado até os dias de hoje.
O que foi a revolução burguesa?
Na verdade, não há uma revolução burguesa propriamente dita. O que aconteceu, na verdade, foi uma união de processos que culminou em uma mudança estrutural em nossa sociedade, fazendo com que os burgueses ascendessem socialmente e se tornassem os grandes detentores do poder.
O surgimento dessa nova classe social foi um processo de séculos. E, em meio a isso, algumas revoluções e revoltas se destacam. As principais são a Revolução Inglesa e a Revolução Francesa.
Como estudar esse assunto?
Vai estudar para o Enem em casa ou quer complementar o aprendizado do cursinho pré-vestibular? Então, confira estas dicas que separamos para você arrasar na prova de História do Enem!
Veja filmes
Gosta de filmes de guerra? Acha que é interessante criar uma imagem sobre os eventos históricos para entendê-los melhor? Então, dedicar o seu tempo a ver obras cinematográficas e séries de televisão é uma boa pedida para você! Assim, o seu aprendizado se torna muito mais eficiente.
Leia livros
Para os leitores de plantão, os livros (inclusive os romances) são uma ótima maneira de aprender ainda mais sobre a burguesia e toda a sua trajetória. Essa é uma dica bacana porque faz com que o conteúdo seja fixado por meio de outros caminhos em nosso cérebro, já que o pano de fundo das narrativas apresentam excelentes nuances do contexto histórico das épocas passadas.
Busque referências em outros lugares
Além das dicas acima, outra coisa que você pode fazer é buscar referências em outros ambientes. Falar com seus amigos, por exemplo, é uma ótima forma de aprender e ensinar a disciplina para outras pessoas.
Faça bons resumos
Fazer um bom mapa mental ou um resumo com palavras-chave (sempre utilizando muitas cores!) é uma ótima estratégia para fixar o conteúdo. Além disso, esses materiais também serão essenciais no futuro, na hora de revisar os assuntos.
Assista a aulas de qualidade
Por fim, não podemos deixar de recomendar que você assista sempre conteúdos de qualidade e aulas ministradas por professores que realmente entendam do assunto. Tudo isso você pode encontrar no Trilha do Enem, um portal gratuito que o prepara para as provas.
Como o tema é cobrado no Enem?
O assunto da burguesia no Enem é cobrado, normalmente, a partir de questões que exigem uma certa interpretação do aluno. Elas não são mostradas de forma muito direta, mas sim com assuntos que se encontram em determinado ponto.
Essa, por sinal, é uma característica marcante do Enem: a interdisciplinaridade. Além disso, o tema também pode ser abordado como tema da redação ou, quem sabe, utilizado pelo aluno que tiver a perspicácia de usá-lo como uma referência externa (fator obrigatório para uma boa pontuação nessa prova). Fique de olho!
Aproveite e confira um exemplo de questão. Essa esteve presente no Enem 2011!
Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.
(HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado))
O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa?
a) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política dominante.
b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia.
c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam reorganizar a França internamente.
d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato, com os intelectuais iluministas, desejava extinguir o absolutismo francês.
e) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça social e direitos políticos.
Resposta: letra e.
Aprofunde seu conhecimento!
Gostou de saber mais sobre a história da burguesia e seu processo de formação? Agora é com você! Chegou a hora de se aprofundar nesse assunto e colocar a mão na massa fazendo um montão de exercícios.
Ah, mas antes: que tal conferir um artigo que explica um período que tem tudo a ver com a formação da burguesia? Estamos falando, é claro, sobre o feudalismo. Esperamos que goste!