A novidade mais aguardada pelos estudantes em 2020 era o Enem digital. Porém, além dessa alteração no formato do Exame, houve modificação nas datas da prova. Tudo por causa do coronavírus, que se disseminou pelo mundo e, entre outras consequências, tirou os estudantes da sala de aula.
Em vista disso, o Ministério da Educação (MEC) resolveu mudar a data do Enem. Se você quer entender a polêmica por trás do adiamento Enem e descobrir quando de fato serão aplicadas as provas, além de saber como ingressar na faculdade sem depender dessa nota, continue a leitura!
Qual era o cronograma do Enem 2020?
Estudar as matérias do Enem já não é fácil. Sabemos disso. Ainda mais quando somos obrigados a ficar em casa, de quarentena, e o pior, com tantas alterações causadas na vida das pessoas pela pandemia do novo coronavírus.
Havia um cronograma indicando que as provas do Enem impresso seriam aplicadas em 1 e 8 de novembro de 2020, de acordo com o primeiro edital, de 30 de março. Agora, de acordo com o site do Enem, após realização de enquete com os candidatos, a nova data de aplicação das provas será:
Enem Impresso: 17 e 24 de janeiro de 2021;
Enem Digital: 31 de janeiro e 07 de fevereiro de 2021.
A data de solicitação da isenção no Enem também foi modificada. O Instituto Anísio Teixeira (Inep), responsável pela organização do Enem, entendeu que, na situação em que o país se encontra, seria mais viável estender a isenção da taxa a todos os inscritos de acordo com o Edital de 20 de abril — inclusive para quem era isento e faltou no Enem 2019.
Assim, não seria necessário solicitar a isenção da taxa se você se enquadrasse nos seguintes requisitos:
- ser aluno do 3º ano do ensino médio da rede pública;
- ter cursado o ensino médio na rede pública (ou como bolsista na rede privada) e ser de família com renda per capita de no máximo 1,5 salário mínimo;
- estar em situação de vulnerabilidade social.
Por que o exame pode ser adiado?
O que provocou toda essa polêmica envolvendo o adiamento do Enem foi a suspensão das aulas e a decretação de distanciamento social, segundo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Senadora Daniella Ribeiro, da Paraíba, pede que os exames sejam suspensos em caso de calamidade pública. O projeto de Lei, já aprovado no Senado, propõe:
Prorrogação automática de prazos para provas, exames e demais atividades para acesso ao ensino superior em caso de reconhecimento de estado de calamidade pelo Congresso Nacional ou de comprometimento do regular funcionamento das instituições de ensino do país.
Por que o Ministério Público Federal foi favorável a esse adiamento?
A opinião pública pesou muito nessa decisão. Os próprios jovens, estudantes do ensino médio, percebem que tiveram prejuízo em relação ao conteúdo, pois estudar a distância requer recursos que as aulas presenciais não exigem, além da adaptação de alunos e professores ao sistema EAD.
Muitos sofrem porque não têm meios de acessar as aulas online. De acordo com um estudo da ONG Casa Fluminense, 32% dos candidatos ao Enem não têm computador em casa e mesmo os que têm recursos avançados e boa internet são afetados pelos efeitos da pandemia.
Dessa forma, o Ministério Público Federal (MPF) entendeu que a realização do exame na data prevista poderia levar a resultados errôneos devido à desigualdade social entre os estudantes que têm ou não condições de prosseguir com os estudos.
O MPF também exigiu do Ministério da Educação que informasse quais “medidas, programas e ações previstas e em execução para garantir o acesso universal à educação, especialmente das famílias mais desfavorecidas”.
Qual é a posição das faculdades sobre o adiamento Enem?
Muitas instituições de ensino se manifestaram publicamente a favor do adiamento, ainda que essa medida interfira no processo seletivo e na distribuição de bolsas. Concordando com o MPF, com o Conselho Federal de Educação e com o Legislativo, prezam por um exame global, sem prejuízo de nenhum dos participantes.
As faculdades públicas de São Paulo e do Rio de Janeiro, assim como Centros de Educação e Institutos Federais de todo o Brasil apoiam o adiamento. As escolas particulares veem com bons olhos a mudança na data, já que o aluno terá mais tempo para se preparar, se souber fazer bom uso dele.
Independentemente de quantas horas estudar por dia, esse adiamento trará um fôlego de pelo menos 30 dias aos candidatos. Por outro lado, as faculdades particulares, para não deixarem de atender aos alunos ingressantes, avançam no sentido de diversificar o processo seletivo, como:
- usar a nota do Enem no meio do ano e no vestibular no segundo semestre;
- fazer vestibular tradicional (presencial, sem infringir o distanciamento social);
- fazer vestibular online.
A pandemia e o adiamento das provas não são motivos para ficar de fora da faculdade, certo?
Qual é a nova data para a realização das provas?
- Impresso – 17 e 24/1/2021
- Digital – 31/1 e 7/2/2021
Enem e coronavírus
Que tal aproveitar esse tempo extra para se aprofundar nos estudos e ter êxito no Exame? Estudar pelas provas anteriores do Exame é um excelente método de testar como andam seus conhecimentos.
Você também pode se dedicar ao Trilha do Enem, que traz um plano de estudos e simulados para intensificar a construção e a fixação do seu conhecimento. Outra dica é usar a disponibilidade de cursos online e se preparar para a redação do Enem da melhor maneira possível.
Não deixe que essa situação de adiamento Enem atrase seu sonho de cursar uma graduação. Como dissemos, as faculdades continuam admitindo estudantes por outros métodos.
Aliás, já que o futuro é da tecnologia, saiba como funciona uma faculdade com vestibular digital!