Estudar em uma faculdade bacana, de qualidade reconhecida pelo MEC e com a vantagem de um financiamento estudantil. Não, isso não é um sonho! Essa possibilidade existe, inclusive com taxa zero de juros.
Estamos falando do Fundo de Financiamento Estudantil — FIES. Esse programa do Governo Federal possibilita o acesso às instituições de ensino superior não gratuitas, facilitando a vida de quem quer entrar em um curso superior. Uma das vantagens é que os juros do FIES não são cobrados, se o estudante se encaixar em algumas situações, como ter renda familiar per capita de até três salários mínimos.
Quer saber como é calculada essa taxa de juros e outras informações relevantes? Vem com a gente, pois vamos te mostrar se vale a pena assinar o contrato do FIES!
Como funcionam os juros do FIES?
Para entrar na faculdade, primeiro é preciso escolher o curso de graduação, não é mesmo? Feito isso, você deve procurar saber como vai arcar com os custos da mensalidade, se será uma faculdade pública ou privada e, se for esta a escolha, se é possível conseguir bolsas ou financiamento.
Por isso, antes de saber sobre o valor do FIES e os juros (sim, eles podem ser cobrados, já que o financiamento é uma forma de empréstimo como qualquer outro), é preciso entender o que é e como funciona esse fundo.
Como funciona o FIES?
O Fundo de Financiamento Estudantil oferece a estudantes com menor renda a possibilidade de frequentar um curso superior em uma faculdade particular. Dessa forma, o Governo permite que mais pessoas tenham acesso à educação de qualidade.
Porém, para participar do programa, é preciso ter feito o Enem, e a média das notas deve ter sido de, no mínimo, 450 pontos. Como último requisito, o candidato não pode ter zerado a redação.
No período estipulado pelo MEC, é preciso fazer a inscrição no FIES, na instituição desejada, e aguardar o resultado.
E o Novo FIES?
Em 2018, houve várias alterações no programa para trazer mais transparência à sociedade e aumentar o número de estudantes beneficiados pelo FIES. Desde o início do financiamento, mais de três milhões de brasileiros aderiram ao Programa de Financiamento Estudantil.
No Novo FIES, conforme a Portaria nº 509, publicada em 7 de março de 2018, estão em vigor duas modalidades:
- FIES Modalidade I — essa é a modalidade de que falamos na introdução do Fundo de Financiamento Estudantil. Ela é válida para estudantes cuja renda familiar bruta per capita seja de até três salários mínimos;
- P-FIES Modalidades II — refere-se ao Programa de Financiamento Estudantil. Nesse caso, a renda familiar do estudante pode ser de até cinco salários mínimos por pessoa.
Os juros vão depender da modalidade em que o aluno se encaixa, de acordo com a renda familiar. No P-FIES, os juros são calculados conforme a inflação do ano anterior ao pagamento.
O banco e a Instituição de Ensino Superior são os órgãos que definem as modalidades de financiamento e o valor dos juros, limitado a 6,50%.
De quanto são os juros do FIES?
No FIES tradicional, a taxa de juros é zero. O estudante que conseguir o financiamento para cursar a graduação em uma faculdade particular terá que pagar apenas a taxa de financiamento e o seguro obrigatório.
Mesmo não pagando juros do FIES, há reajustes no valor da mensalidade. De acordo com a Portaria nº 533, de 12 de junho de 2020, para calcular esse valor que será pago pelo beneficiário após se formar, serão considerados:
- o valor bruto da semestralidade;
- o valor fixado após descontos eventualmente aplicados;
- a forma de reajuste.
Se for feita alguma alteração, o estudante precisa comparecer à Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) na sua faculdade para assinar o aditamento do FIES. Já para o P-FIES, a taxa em vigor atualmente é de 6,50%. Pelo Sis-FIES, é possível fazer uma simulação do valor da mensalidade que será paga durante o período de amortização.
Como esses juros são pagos?
Durante o período de utilização do FIES, isto é, logo depois de assinar o contrato e o período de carência, após se formar, o estudante tem de pagar os juros de financiamento. Esse valor é pago a cada três meses e não pode ultrapassar R$ 150. A carência é de 18 meses após a conclusão do curso.
Quando começar o período de amortização, passa a ser cobrado o valor do financiamento mais os juros, conforme a Tabela Price. São parcelas mensais, cobradas durante até três vezes o período em que a pessoa utilizou o programa. Se o curso durou 4 anos, o prazo para quitar o saldo devedor é de 12 anos, por exemplo.
Qual é o prazo para pagar o FIES?
O financiamento começa a ser quitado após a conclusão do curso pelo estudante. A renda da pessoa, entre outros fatores, definirá o valor a ser abatido mensalmente do saldo devedor. Se não conseguir emprego, é cobrada apenas uma taxa mínima, até que se possa pagar o valor devido.
Porém, não é nada bom adiar essa dívida. Mesmo com juros zero, o ideal é ficar livre dela o mais rápido possível para poder investir na carreira, concorda?
E, a partir do momento em que começa a fase de amortização da dívida, o prazo para o pagamento do FIES é de 14 anos em média (três vezes o prazo de duração do curso).
Vale a pena contratar esse financiamento?
Depois de ler essas informações, você pode estar se perguntando: será que vale mesmo a pena contratar o FIES?
Sem dúvida, essa é uma chance única para muitos estudantes, principalmente para quem opta pelos cursos de Licenciatura ou pela Medicina. O FIES para Medicina, por exemplo, permite abater 1% do saldo devedor mensalmente, desde que o médico esteja trabalhando em uma equipe de saúde da família.
Porém, para saber se o financiamento é vantajoso, faça uma análise das expectativas de salário após se formar e veja se o valor das parcelas se encaixa nos seus rendimentos. Se perceber que não há possibilidade de estudar sem auxílio do financiamento, não deixe de fazer um bom planejamento financeiro, está bem? Assim, você não terá problemas no início da carreira.
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