Imperialismo: saiba como estudar essa matéria para o Enem

globo representando imperialismo no mundo

O candidato do vestibular sabe bem que é preciso se preparar com atenção para as diversas áreas do conhecimento, sem deixar nenhum detalhe de fora. Por isso, é muito importante seguir um plano de estudos bem construído, garantindo dedicação aos diferentes temas. Inclusive uma planilha para organizar os estudos pode ajudar bastante nessa hora!

Vale a pena ter em mente que a importância de alguns tópicos aumenta as chances de eles serem cobrados. É o caso, por exemplo, do imperialismo, uma noção que pode atravessar diferentes campos e questões da prova de História no Enem.

É um assunto amplo e cheio de sutilezas, mas não se preocupe. Para orientar você, este post traz um guia sobre o imperialismo e o melhor modo de estudá-lo para o Enem. Leia e corra atrás da sua vaga no ensino superior!

O que é imperialismo?

Imperialismo é um conjunto de ações e ideias utilizadas pelas nações poderosas, como é o caso dos Estados Unidos, para manter interesse e controle sobre outros povos. Ele pode ser entendido por meio de duas frentes combinadas: a teoria e a prática.

No campo do pensamento, o imperialismo busca construir e disseminar discursos para justificar a dominação de outras nações. Por exemplo, no caso da Itália sob o governo do fascismo de Mussolini, pregava-se que os povos africanos eram inferiores e que precisavam ser civilizados.

Para você aprender com qualidade, lembre-se de que esses preconceitos são enganosos. Eles buscam fragilizar a autonomia de um outro povo para justificar a colonização ou a autoridade imperial, como foi feito na Etiópia. Não há nada que torne um etíope pior do que um italiano, mesmo porque são culturas distintas.

Da mesma forma, pode-se espalhar a ideia de que um país está ameaçado pela invasão comunista, como foi feito no Brasil. Isso é usado para legitimar interesses autoritários e acordos com potências interessadas em controlar a região. Existem até documentos que comprovam a influência dos Estados Unidos na ditadura e no golpe militar de 1964.

A dimensão prática, portanto, vem diretamente associada à ideológica. Quando a Itália invade a Etiópia e passa a controlar o sistema político-econômico do país, ela se baseia no pensamento de que os italianos vão civilizar os africanos. Nada mais falso, pois o que os europeus levaram para a África foi sobretudo miséria e exploração.

Quais são as raízes do imperialismo?

A lógica de formar impérios a partir da anexação de outros povos existe desde o Egito Antigo, passando pela Grécia e pelo Império Romano até chegar na Idade Média. Naquela época, contudo, havia uma dimensão de conquista territorial muito concreta, pois os vencedores viravam donos dos territórios invadidos.

Na época moderna, contudo, o imperialismo designa um processo de controle e poder das potências mundiais sobre outros territórios. Neste sentido, a sua base principal é o colonialismo, que traz consigo uma série de violências e preconceitos contra outras nações.

Essas raízes de expansão e de colonização se tornam, no século XIX, um neocolonialismo. Depois, ficam cada vez mais complexas e atingem seu auge no século XX, com Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França e Japão.

Tour pela prova do Enem

O que estudar sobre imperialismo para o Enem?

Na preparação para o Enem, é importante considerar as principais configurações do imperialismo ao longo da história humana. Isso pode ser feito a partir de um conjunto de tópicos que você confere a seguir.

Ideologias Imperialistas

Como foi dito, o imperialismo parte do princípio de que uma nação ou uma forma de civilização deve ser privilegiada em relação a outra. Assim, ele justifica a invasão e a dominação de um povo por outro, fazendo que isso pareça um benefício para o país subjugado.

É possível afirmar que a principal ideologia utilizada pelo imperialismo é a do progresso humanista, com o apoio do etnocentrismo, do racismo e do evolucionismo. Assim, territórios eram invadidos com a desculpa de melhorar as condições de vida das pessoas. Porém, a realidade era outra, trazendo mortes e exploração.

Industrialização e imperialismo

A partir da Revolução industrial, as práticas do imperialismo se tornam principalmente uma questão de mercados. Um país passa a dominar economicamente o outro, monopolizando o comércio da região e explorando a população como mão de obra barata.

Imperialismo e neocolonialismo

Neocolonialismo é o nome das práticas políticas e econômicas utilizadas por países capitalistas para dominar regiões da África e da Ásia. Ela se relaciona fortemente com a busca de novos mercados para a expansão industrial.

Imperialismo na África e na Ásia

Na África e na Ásia, o imperialismo afeta os destinos de muitas nações e deixa mazelas incontornáveis. Apesar da resistência dos países invadidos, os europeus e os estadunidenses lançaram verdadeiras missões de exploração econômica por quase todos os territórios.

Todos esses tópicos podem ser cobrados de diversas maneiras e, inclusive, de forma relacionada. Por exemplo, no Enem de 2006, lia-se:

No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referindo-se ao indígena, ele afirmou:

“Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo (…). Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz.” (Carl Von Martius. “O estado do direito entre os autóctones do Brasil”. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982).

Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius:

a) apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os índios, diferentemente do que fazia a missão europeia, respeitavam a flora e a fauna do país;

b) discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogava o extermínio dos índios;

c) defendia uma posição progressista para o século XIX: a de tornar o indígena cidadão satisfeito e feliz;

d) procurava impedir o processo de aculturação, ao descrever cientificamente a cultura das populações originárias da América;

e) desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão “civilizadora europeia”, típica do século XIX.

A resposta é letra e, o que é condizente com a prática imperialista de fragilizar a imagem do outro povo para dominá-lo. Em outra questão, do Enem de 2014, lia-se:

Em busca de matérias-primas e de mercados por causa da acelerada industrialização, os europeus retalharam entre si a África. Mais do que alegações econômicas, havia justificativas políticas, científicas, ideológicas e até filantrópicas. O rei belga Leopoldo II defendia o trabalho missionário e a civilização dos nativos do Congo, argumento desmascarado pelas atrocidades praticadas contra a população. (NASCIMENTO, C. Partilha da África: o assombro do continente mutilado. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 7, n. 75, dez. 2011 (adaptado)).

A atuação dos países europeus contribuiu para que a África — entre 1880 e 1914 — se transformasse em uma espécie de grande “colcha de retalhos”. Esse processo foi motivado pelo(a):

a) busca de acesso à infraestrutura energética dos países africanos;

b) tentativa de regulação da atividade comercial com os países africanos;

c) resgate humanitário das populações africanas em situação de extrema pobreza;

d) domínio sobre os recursos considerados estratégicos para o fortalecimento das nações europeias;

e) necessidade de expandir as fronteiras culturais da Europa pelo contato com outras civilizações.

A resposta é letra d, conforme a prática do imperialismo de expandir seus mercados e suas zonas de influência econômicas.

Como você pôde ver, as relações possíveis são muitas. A Guerra Fria, por exemplo, foi uma disputa entre nações imperialistas, opondo o comunismo ao capitalismo.

É importante associar os vários conhecimentos para responder corretamente às questões. Se você quiser reforçar as conexões, acesse o Trilha do Enem e monte um plano de estudos personalizado. É uma plataforma útil para quem quer otimizar seus esforços!

Entendeu bem o que é imperialismo? Então, continue a mergulhar nos estudos de História com o tópico da Reforma Protestante! Assim, você pode fortalecer sua base de saberes para conseguir uma nota ótima no Enem!

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