6 dicas para acertar a acentuação gráfica na redação

estudante conferindo acentuação gráfica

Quem nunca colocou a crase onde não devia ou foi pego em cheio com uma questão sobre proparoxítonas? A acentuação gráfica e a tonicidade das palavras são tópicos essenciais para quem está estudando para a prova de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias do Enem.

Esses são conhecimentos de base do Português — portanto, podem ser cobrados em questões diretas. Além disso, estar afiado nos acentos é importante na hora de escrever a redação do vestibular e do Enem. Afinal, o domínio da norma culta é uma das competências do candidato analisadas pelos avaliadores.

Se você tem dificuldade com esse assunto ou não se lembra mais das regras, está no post certo! Temos 6 dicas para você ficar craque em acentuação:

Redação para o Enem e os vestibulares

Assimile o conceito de tonicidade

Para saber o que é acentuação gráfica, é essencial entender o conceito de tonicidade. Trata-se de reconhecer a sílaba tônica, que é a mais “forte” das palavras, ou seja, a que tem o som mais intenso. As demais são chamadas de sílabas átonas. Existem três classificações de palavras de acordo com a tonicidade:

  • oxítonas — palavras cuja tônica é a última sílaba. Exemplo: ca-, tam-bém, a-ba-ca-xi;
  • paroxítonas — palavras cuja tônica é a penúltima sílaba. Exemplo: me-sa, li-vro, a-cro-ba-ta.
  • proparoxítonas — palavras cuja tônica é a antepenúltima sílaba. Exemplo: prín-ci-pe, pás-sa-ro, -ti-ma.

A tonicidade é bastante explorada em peças literárias e musicais, com o emprego de figuras de linguagem relacionadas à sonoridade. Por exemplo, a canção “Construção”, de Chico Buarque de Holanda, é conhecida por só conter rimas formadas em proparoxítonas, causando um efeito de homofonia.

Conheça a função de cada acento gráfico

Agora, vamos ao segundo ingrediente essencial para a receita sobre acentuação gráfica: entender a função de cada acento. É mais simples do que parece, olha só:

  • agudo (´) — indica a tonicidade da sílaba, com timbre aberto. Exemplo: pé, forró;
  • circunflexo (^) — indica a tonicidade da sílaba, com timbre fechado. Exemplo: vovô, crochê. Também serve para identificar a forma plural de alguns verbos na 3ª pessoa. Exemplo: (ele) tem, (eles) têm;
  • grave (`) — no Português, só é utilizado para indicar a crase. Exemplo: ir à escola;
  • til (~) —representa a nasalização de uma vogal, normalmente em ditongos nasais. Exemplo: mãe, irmão, eleições.

Saiba quando utilizar a acentuação gráfica

Para fixar as regras de acentuação gráfica para o Enem, a melhor pedida é praticar. Então, cadastre-se no Trilha do Enem e tenha acesso a videoaulas, exercícios e simulados com gabaritos comentados, além de um plano de estudos personalizado.

Também vale a pena fazer um resumo. Então, anote aí: você sempre deve indicar a nasalização com um til. Agora, quanto à tonicidade, cada categoria de palavras tem suas regras. Veja!

Oxítonas

Oxítonas terminadas em -a(s), -o(s), -em e -ens recebem acento agudo ou circunflexo, para timbres abertos e fechados, respectivamente, mesmo que sejam monossilábicas.

  • Exemplos: , so-, me-trô, nin-guém, pa-ra-béns.

Paroxítonas

A maior parte das palavras do Português são paroxítonas. As sílabas tônicas são acentuadas (com acento agudo ou grave, dependendo da abertura), quando a palavra termina em -l, -is, -u(s), -r, -x, -ão(s) e -um(-uns).

  • Exemplos: es--ril, -nis, -rus, ca--ter, -rax, bên-ção, -rum.

Além disso, palavras paroxítonas terminadas com ditongos (como -ua, -ia, -ei e -io) também recebem o acento.

  • Exemplos: á-gua, ân-sia, -rio.

Proparoxítonas

Agora, a regra mais simples: todas as proparoxítonas têm sua sílaba tônica acentuada (com acento agudo ou circunflexo, conforme a abertura).

  • Exemplos: ín-gre-me, sín-dro-me, ar-qué-ti-po, es-te-re-ó-ti-po, di--mi-co, e--me-ro, ân-gu-lo.

Aprenda a usar a crase

O uso incorreto da crase está entre os erros mais comuns do Português. Por isso, vale a pena revisar as regras desse acento gráfico para não marcar bobeira. É mais simples do que parece: a crase é utilizada quando há a contração entre a + a.

Tour pela prova do Enem

Normalmente, esse encontro ocorre quando existe uma preposição “a”, seguida de um artigo feminino “a(s)”, de um substantivo feminino ou de um pronome iniciado em “a” (“aquela/aquele”).

  • Exemplo: “foi a + a reunião” = foi à reunião

Perceba que há um artigo contraído antes de “reunião”. Basta trocar o substantivo por um equivalente masculino para ver: “foi ao (a+o) encontro”.

A crase também é utilizada antes das horas (“o encontro é às 17h”), e de locuções adverbiais femininas (“às vezes”, “às pressas”).

Ainda, seu uso é opcional diante de pronomes possessivos femininos (“disse à/a minha mãe”, “foi à/a nossa casa”) e de nomes femininos próprios (“pediu à/a Beatriz”).

Mas atenção, a preposição e o substantivo devem estar em concordância, ou seja, ambos no plural ou ambos no singular, para que a preposição receba a crase:

  • “em relação à questão”: correto, ambos no singular;
  • “em relação às questões”: correto, ambos no plural;
  • “em relação a questões”: correto, sem a crase.

Estude o novo Acordo Ortográfico

A vigência do novo Acordo Ortográfico completou 10 anos em 2019. Ele já não é tão novo assim, não é mesmo? No entanto, algumas mudanças propostas na reforma ainda geram dúvidas. Veja as principais delas:

  • o acento diferencial só é utilizado agora para diferenciar flexão verbal de número, como em “tem/têm,” e “vem/vêm”. Nos demais casos, ele não existe mais. Antes, era utilizado para diferenciar palavras homófonas, como “pára” (forma verbal) e “para” (preposição);
  • o trema (¨) não existe mais, é mantido apenas em palavras estrangeiras, como “Müller“;
  • o acento circunflexo não é mais usado em hiatos (“ee”, “oo”). Exemplo: “enjôo” passa a ser “enjoo”;
  • palavras paroxítonas cuja sílaba tônica contém um ditongo aberto (“ei” e “oi”) não têm mais acento. Exemplo: “i-déi-a” passa a ser “i-dei-a”;
  • palavras paroxítonas cuja sílaba tônica vem depois de um ditongo não têm mais acento. Exemplo: “fei-ú-ra” passa a ser “fei-u-ra”.

Apesar de não se relacionar à acentuação gráfica, vale a pena lembrara que as letras “k“, “w” e “y” passaram a integrar o alfabeto oficial brasileiro. Além disso, não deixe também de conferir as mudanças no uso do hífen a partir do novo Acordo Ortográfico, hein?

Leia assiduamente

Além de ser excelente para fixar a acentuação gráfica para o vestibular e o Enem, ler muito também é uma das melhores estratégias de redação, sabia? É isso mesmo! Quanto mais você lê, melhor escreve! Por isso, se você ainda não tem esse hábito, que tal incorporá-lo na sua rotina?

A maioria dos municípios tem bibliotecas públicas, e a internet também é cheia de portais para download gratuito de livros. Faça uma lista de títulos e tente ler pelo menos um por mês. Se tiver dificuldade de “pegar no tranco”, estabeleça uma meta — por exemplo, 20 ou 30 páginas por dia.

Se for muito para começar, inicie mesmo assim, com o objetivo de ler apenas uma página por dia. Afinal, qualquer progresso, mesmo que pequeno, já é um avanço.

Outra dica é colocar alarmes no celular para lembrar da hora da leitura — aos poucos, você criará o hábito. E acredite: a importância da leitura vai desde a melhoria no seu desempenho em Português até o desenvolvimento do senso crítico e de uma visão de mundo mais ampla.

E aí, conseguiu entender tudo? Como você viu, estudar a acentuação gráfica para o Enem não é nenhum bicho de sete cabeças, mas depende de treino e entendimento das regras de tonicidade para se tornar mais natural. Para tanto, os melhores caminhos são criar resumos para o Enem, fazer exercícios e, é claro, ler muito!

Aproveite e veja, também, nossas 9 dicas para melhorar sua escrita!

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