Você também concorda que o trabalho remoto tem sido um dos assuntos mais falados nos últimos tempos? O modelo que, antes, era visto como adaptável em poucos casos já se tornou prática comum com tendência de crescimento mundial. De acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e publicados pelo portal G1, houve um crescimento de 44,4% nesse regime, comparando a última pesquisa de 2019 com a primeira feita em 2012.
No entanto, ainda existem muitas dúvidas sobre como funciona o home office, a quais carreiras ele se aplica e se vale a pena investir ou não. Então, decidimos criar este artigo para esclarecer essas e outras dúvidas sobre esse modelo de trabalho. Vamos lá?
O que é trabalho remoto?
Trabalho remoto é um modelo de trabalho que permite realizar suas atividades de qualquer lugar, dispensando a necessidade de estruturas físicas e locais presenciais. Sendo assim, para realizá-lo basta ter um dispositivo portátil com acesso à internet, uma vez que as ferramentas de trabalho ficam armazenadas em nuvem.
Inclusive, existe um conceito equivocado de que trabalho remoto é o mesmo que home office, teletrabalho e trabalho em casa, porém, cada modelo tem características distintas. Veja:
- trabalho remoto: deve ser usado quando o profissional não precisa de uma estrutura convencional para realizar suas atividades;
- home office: diz respeito à estrutura criada de escritório em casa, no entanto, o profissional depende de recursos não portáteis, como impressoras e maquinários;
- teletrabalho: é um modelo de trabalho regido por legislação própria, como empregos de carteira assinada e cargos públicos;
- trabalho em casa: compreende às atividades feitas em casa, mas que não se relacionam com um escritório em si, como as realizadas por artesãos e cozinheiros.
Por que o trabalho remoto se tornou tendência?
Apesar de o trabalho em casa ser bastante antigo (mais precisamente, desde a transição do feudalismo para o capitalismo), o remoto surgiu depois do home office, que teve sua origem com a propagação da internet ao permitir que as pessoas pudessem ter um escritório em casa. No Brasil, começou-se a falar dele em 1997 e, em 1999, foi fundada a SOBRAT (Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades).
Porém, nessa época ainda havia uma necessidade da estrutura física de trabalho dentro de casa. E o trabalho remoto passou a existir com a oferta de dispositivos portáteis e o avanço da mobilidade, permitindo que as pessoas pudessem estudar e trabalhar ao mesmo tempo, além de viajar e até se tornarem nômades digitais.
Quais são as vantagens do trabalho remoto?
Segundo o estudo “O Futuro do Trabalho” (que foi feito em 2017 depois de entrevistarem 740 profissionais de todas as regiões brasileiras), 42,1% afirmou que as empresas já disponibilizavam o trabalho remoto, e 34,3% disse que a organização pretendia incentivar esse modelo no próximo ano.
Além disso, de forma geral, os entrevistados enxergam o trabalho remoto como um modelo vantajoso por diversos motivos. Confira os principais benefícios identificados por quem já atua remotamente!
Maior flexibilidade de horários
As atividades remotas tendem a ser menos controladas por cumprimento de horário e mais por alcance de metas. Por esse motivo, os profissionais têm jornadas de trabalho mais flexíveis, o que ajuda no ajuste da rotina pessoal e de estudos, por exemplo. Inclusive, segundo uma pesquisa de Harvard, os profissionais de nível pleno preferem receber um salário menor em troca dessa comodidade.
Aumento da produtividade
Ainda segundo a pesquisa “O Futuro do Trabalho”, 56,2% dos profissionais apontam que tiveram aumento na produtividade. Isso pode ocorrer devido ao aumento de concentração e foco, uma vez que não existem tantas intromissões como acontecem nos escritórios tradicionais. Porém, isso também pode ter relação com a saúde mental e os benefícios de bem-estar, que reduzem a indisposição e a procrastinação.
Oportunidade de renda extra
Considerando que a pessoa não gasta tempo com translado, por consequência ela tem mais tempo para outras atividades, inclusive para aumentar a renda. Por isso, os profissionais que atuam remotamente tem mais facilidade em dividir seus compromissos profissionais com outros informais — como acontece com os produtores autônomos do App Consultoria Educação —, e ganhar um bom dinheiro.
Melhoria da qualidade de vida
Com tudo isso, fica evidente que o trabalho remoto proporciona mais bem-estar e qualidade de vida, desde que a pessoa não permita que a rotina pessoal interfira na profissional. Portanto, quando você tem disciplina e estabelece horários para o trabalho, também ganha mais horas para cuidar de si, fazer atividades físicas e passar mais tempo com as pessoas que gosta.
Quem pode trabalhar remotamente?
Como vimos, o trabalho remoto pode ser feito por diversas modalidades. No regime CLT (carteira assinada), por exemplo, essa prática já é comum entre as startups, em multinacionais e nas áreas de tecnologia, comunicação e design. Já para trabalhadores autônomos e aqueles no regime PJ (pessoa física), toda atividade que é feita em escritório presencial pode ser migrada para o remoto, como as que exercem os profissionais das Ciências Contábeis, do Direito e do Design Gráfico.
No serviço público, o trabalho remoto também vem ganhado destaque. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, por exemplo, implantou o teletrabalho em 2017, segundo reportagem feita pelo Conselho Federal de Administração (CFA), e, até a publicação deste artigo, havia mais de 470 funcionários públicos trabalhando de casa. Ainda não é uma modalidade totalmente remota, como explicamos no início do texto, mas que representa um grande avanço para um modelo mais burocrático de ser flexibilizado.
O que fazer para se enquadrar na modalidade?
Assim como o trabalho remoto é uma modalidade com características diferentes, também requer habilidades específicas. No geral, é preciso ter autodisciplina para cumprir com os prazos acordados, organização para separar a vida pessoal do profissional e autonomia para desenvolver as funções do cargo com maestria, uma vez que não terá apoio direto e contínuo de um supervisor.
Além das competências, é preciso investir em equipamentos e infraestrutura adequados para desenvolver as atividades, por exemplo, mesa e cadeiras ergonômicas e notebook que tenha as configurações mínimas para rodar as ferramentas necessárias. No caso de empregos remotos, é comum que esses softwares sejam pesados, devido às criptografias de segurança.
Também é importante separar um local específico para ajudar na concentração e na produtividade. E aqueles que optarem por trabalhar por conta própria também precisam de planejamento financeiro para lidar com a imprevisibilidade de renda.
O avanço da internet tem tornado o trabalho remoto uma prática cada vez mais comum. Por isso, se você se identificou com essa modalidade, o primeiro passo é escolher uma profissão que permita executar as tarefas de qualquer lugar e cursá-la na melhor faculdade! Depois, basta se especializar em uma atividade, se preparar financeiramente e com recursos tecnológicos e seguir em frente. Boa sorte!
Agora que você já sabe que o trabalho remoto é a tendência do futuro, compartilhe este post nas suas redes sociais e informe os seus amigos. Eles precisam saber também!