De tempos em tempos, novos termos surgem e se tornam uma tendência comportamental na sociedade. Compreendê-los é fundamental não apenas para que possamos discuti-los com outras pessoas, mas também é importante para que possamos ter a devida bagagem cultural para enfrentar as provas de vestibular.
Uma das palavras mais em alta nos últimos anos é sororidade. Ela foi tema de muitas discussões nas redes sociais, deu as caras em reality shows da televisão aberta e se tornou amplamente utilizada em conversas Brasil afora. Sendo assim, é importante que destrinchemos essa palavra para não errarmos em nossas provas!
Então, vamos direto ao texto para descobrir o significado de sororidade, as origens dessa palavra, os conceitos aos quais ela está atrelada e a importância do termo para a luta das mulheres pela equidade e pelo respeito em nossa sociedade. Boa leitura!
Qual é o significado de sororidade?
O primeiro ponto crucial para que a nossa conversa seja realmente produtiva é conversarmos sobre o que é sororidade. Sendo assim, agora falaremos sobre a definição do termo. Depois, passaremos para uma discussão mais filosófica sobre o assunto, certo?
Em primeiro lugar, muitos dicionários sequer reservaram um lugarzinho para esse verbete em suas páginas. Esse é um termo relativamente novo na língua portuguesa, mas o seu significado é bem claro: representa a união entre indivíduos do sexo feminino, como se fossem irmãs, apoiando-se e ajudando-se sempre que necessário.
Para que a compreensão fique mais simples, você pode pensar nessa palavra como a versão feminina de “fraternidade”. Ou seja, significa o afeto, a amizade e o respeito entre irmãs, com base em empatia, companheirismo e muita união.
E, se levarmos o conceito adiante, podemos até pensar em momentos como a Revolução Francesa, cujo lema era: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Ou seja, direitos iguais para todos.
Qual é a origem desse termo?
A palavra sororidade vem do latim soros, um prefixo relacionado com o conceito de irmandade. O significado desse termo começou a ser modificado nos anos 70, com a luta de feministas do que era conhecido como “segunda onda”.
A Segunda Onda do Feminismo ampliou o debate acerca dos direitos femininos que, antes, era muito centrado no sufrágio (direito de votar) e em questões políticas. A partir daí, a questão da união entre as mulheres passou a ser mais enfatizada no dia a dia das militantes desse movimento.
Com o passar dos anos, o termo foi adotado pelas universidades norte-americanas para designar os grupos da instituição. Por isso, é muito provável que você já tenha escutado o termo — assim como fraternidade — em filmes para o público adolescente.
O significado atual, logicamente, é muito mais complexo do que isso. Nos últimos anos, a palavra voltou a ser atrelada ao feminismo. Falaremos mais sobre isso no próximo tópico!
Qual é a relação entre essa palavra e o feminismo?
Para falarmos sobre a relação entre sororidade e feminismo, precisamos refletir um pouco sobre como funciona a nossa sociedade. Primeiramente, temos que ter em mente que ela é estruturada de forma altamente patriarcal. Ou seja, os detentores do poder — financeiro, cultural, político etc. — são os homens.
É fácil perceber isso quando olhamos ao nosso redor. Mulheres ganham menos do que homens, mesmo quando ocupam o mesmo cargo que seus colegas; no Congresso, em 2018, as representantes femininas somavam apenas 15% das cadeiras; entre vários outros exemplos possíveis que evidenciam as desigualdades sociais no Brasil.
Essa estrutura gera, consequentemente, alterações estruturais no comportamento da sociedade. Isso afeta gravemente as meninas que, desde a primeira infância, são condicionadas a competirem entre si e a viverem em uma constante situação de rivalidade. Pare para refletir: certamente você já viveu ou presenciou alguma situação do tipo, certo?
O objetivo do conceito de sororidade é modificar essa realidade, fazendo com que as mulheres se vejam como companheiras e não como rivais. A ideia é fazer com que a classe una as suas forças em prol das questões femininas, como o combate à misoginia, ao feminicídio, ao assédio sexual, à cultura do estupro, à maternidade compulsória e muitos outros fatores.
Sendo assim, sororidade e feminismo são conceitos que caminham lado a lado, mostrando que as mulheres devem se unir e não se afastar. Apenas assim, mudanças realmente efetivas poderão ser feitas em nossa sociedade para que, algum dia, ela seja mais justa, igualitária e feliz para qualquer cidadão, independentemente de seu gênero, sua etnia ou orientação sexual.
Como esse assunto pode ser abordado no Enem e em outros vestibulares?
Agora que você já sabe tudo sobre o significado de sororidade, chegou a hora de descobrirmos como podem cobrar o conceito no vestibular e no Enem ou, ainda, em quais momentos essa palavra pode ser utilizada por você!
Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que é bem provável que algum assunto relacionado a isso dê as caras em suas provas. Alguns exames costumam bater muito nessa tecla. Um bom exemplo disso é a importância das atualidades no Enem. E, sem dúvida, o feminismo é um dos temas mais em alta.
O próprio Enem, inclusive, já cobrou esse assunto. Na edição de 2015 do exame, o tema da redação era sobre a “persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. Esse é um exemplo prático de como a sororidade (e outros conceitos vistos ao longo de nossa conversa) pode ser abordada na prova.
Todas as desigualdades e discriminações sofridas pelas mulheres —, bem como o seu direito e sua luta por melhores condições de vida — podem ser bons temas para abordar a questão da sororidade. Para saber mais, invista em um bom material de atualidades e faça muitas redações!
Para uma preparação ainda mais completa para suas provas do Enem e do vestibular, dê uma olhadinha no site Trilha do Enem! Lá, você terá a ajuda dos melhores professores para conquistar a sua tão sonhada vaga no ensino superior.
Que tal se atualizar sobre outros temas polêmicos que podem surgir nas provas? Então, saiba, agora, o que é bullying e como pode cair no Enem!