Quem foi Nietzsche? Por que estudar sobre sua história?

Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um consagrado filósofo alemão que também se dedicou aos estudos de idiomas como o grego e o latim. Além disso, seus pensamentos agitaram a sociedade da época por serem contrários aos princípios do cristianismo.

Mas o que esse autor, que morreu há mais de um século, tem a ver com a sua vida? É que não é raro encontrar Nietzsche no Enem e no vestibular.

Ou seja, para quem deseja ingressar na faculdade, saber mais sobre o filósofo nunca será demais. Quer mais detalhes? Então, confira este post!

Quem foi Nietzsche?

Friedrich Nietzsche nasceu em 1944 em um pequeno vilarejo que pertencia ao governo alemão. Esse pensador ficou famoso ao escrever teorias polêmicas que questionavam o cristianismo. Além disso, os estudiosos de Nietzsche dividem sua produção literária em três fases. Observe:

• Juventude;
• Obras intermediárias;
• Maturidade.

Mais um aspecto sobre a vida desse ilustre pensador é que sua saúde nunca foi boa. Desse modo, ele tinha doenças que nunca foram diagnosticadas. Apesar disso, sabe-se que ele passou boa parte da vida sentindo dores pelo corpo.

Como consequência de uma de suas enfermidades, Nietzsche perdeu a visão. Outro ponto interessante é que ele faleceu em uma clínica psiquiátrica em 1900, aos 54 anos.

Qual é o contexto histórico em relação ao assunto?

Para compreender quem foi Nietzsche, é fundamental entender que suas ideias eram consideradas controversas para época. Afinal, ele criticou veementemente a cultura europeia por causa da religião, da falsa moralidade e das teorias filosóficas clássicas.

Desse modo, muitos de seus críticos o enxergavam como uma pessoa perigosa. No entanto, o filósofo conseguiu abalar as estruturas e deixar um valioso tesouro literário. Esses inscritos marcam o nascimento da Filosofia Contemporânea. Por tudo isso, você precisa colocar Nietzsche e suas ideias na sua rotina de estudos.

Para o pensador, os ensinamentos cristãos da Igreja (surgidos principalmente na Idade Média) enfraqueceriam o ser humano. Isso mesmo: para ele, o cristianismo impedia o pleno desenvolvimento do homem.

Uma de suas frases sobre o assunto é a seguinte:

 O cristianismo é a revolta de tudo o que rasteja pelo chão contra aquilo que tem altura.

Nietzsche criou um nome para descrever o instante que o homem deixa de enxergar o cristianismo como verdade absoluta: niilismo.

O niilismo seria o momento em que o novo homem apareceria, ousando conquistar a si próprio, conforme defendeu o escritor. Assim, aqui vai mais uma dica: grave bem os dados sobre niilismo! Afinal, quando o assunto é Nietzsche no vestibular, é sempre bom reservar um tempinho para aprender sobre esse termo.

Por que é importante entender a relação entre Nietzsche e Hegel?

Além de entender quem foi Nietzsche, você deve se preocupar em aprender a relacioná-lo com outros pensadores. Nesse contexto, não podemos deixar de citar Hegel, um dos filósofos mais famosos e grande influenciador da Filosofia. Assim, Hegel serviu de inspiração para inúmeros pensadores ao longo dos séculos XIX e XX.

Entre a sua obra, desponta o Desenvolvimento da Dialética. Para se ter uma ideia da importância de Hegel, os famosos Karl Marx e Friedrich Engels, autores do Comunismo, usaram a Dialética de Hegel para fundamentar algumas de suas ideias.

Mas Nietzsche foi na contramão: declarou-se contrário às ideias de Hegel. Nesse contexto, um dos pontos de divergência era a união entre História e Filosofia, algo que Hegel defendia.

Contudo, para Nietzsche, o excesso de valor dado a aspectos históricos seria limitador da evolução humana. Como era de se esperar, suas críticas à filosofia hegeliana também foram motivos de muita polêmica.

Quais são as principais ideias de Nietzsche?

Para o pensador, o cristianismo dava mais valor a um mundo imaginário, que viria após a morte, do que para a vida de verdade do presente. Um dos princípios cristãos que ele mais criticava era o de que, se as pessoas seguissem certas regras religiosas em vida, seriam recompensadas em uma vida imaginária no futuro, depois que morressem.

Como extensão desse pensamento, Nietzsche achava que a Igreja estimulava as pessoas a negarem suas vidas reais. Assim, o pensador dá mais um passo em sua crítica: chama os líderes religiosos de “pregadores da morte”.

A ideia do ácido apelido se justificava mais ou menos assim: se os cristãos incentivavam as pessoas a abrirem mão de suas vidas concretas, então, no fundo, estariam empurrando-as para a morte. Você já deve imaginar o reboliço que esse pensamento causou, não é mesmo?

Quais são as principais contribuições literárias do filósofo?

O período mais produtivo de Nietzsche foi de 1872 a 1876. No entanto, ele escreveu também depois dessa época. Dessa forma, o ensaio Humano, demasiado humano, por exemplo, é de 1878.

Nessa obra, aparece uma de suas mais brilhantes qualidades: o uso de aforismos! Na realidade, os aforismos eram frases bem curtinhas que falavam muito com poucas palavras.

Na atualidade, elas seriam um sucesso no Twitter. Brincadeiras à parte, veja a seguir algumas dessas pequenas pérolas:

• “O que não me faz morrer me torna mais forte.”;
• “Se olhares demasiado tempo dentro de um abismo, o abismo acabará por olhar dentro de ti.”;
• “É preciso ter um caos dentro de si para gerar uma estrela bailarina”.

Contudo, os aforismos não foram a única contribuição literária do filósofo, muito pelo contrário. Assim, Nietzsche pode cair no Enem por meio de perguntas relacionadas às suas obras. Por isso, procure estudar um pouquinho sobre as principais delas. Confira algumas dicas a seguir de obras de Nietzsche:

• Sobre a verdade e a mentira em um sentido extramoral;
• Humano, demasiado humano;
• A gaia e a ciência;
• Assim falou Zaratustra;
• Vontade de poder;
• Além do bem e do mal;
• O anticristo.

Como Nietzsche pode ser cobrado no Enem?

Como o Enem tem uma linha interdisciplinar, na realidade Nietzsche pode cair em qualquer uma das matérias do caderno de Ciências Humanas e suas Tecnologias. Ou seja, perguntas sobre esse filósofo podem aparecer nas matérias de Sociologia, História e Filosofia.

Nietzsche no Enem de 2015

Os alunos se depararam com Nietzsche no Enem de 2015, por exemplo. Naquele ano, antes de apresentar a questão, a banca trazia um trecho do livro Crítica Moderna, de 1999, da Editora Nova Cultural. Confira:

“A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e, enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.”

O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?

a) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades racionais.

b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.

c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.

d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.

e) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.

Resposta correta: letra c.

Como pontuar alto em Filosofia no Enem?

Para obter uma nota alta de Filosofia no Enem o estudante deve treinar articular os conhecimentos. Para isso, a dica é associar as partes em que as matérias se entrelaçam. Também ajuda bastante pensar como o conteúdo estudado tem a ver com a vida atual.

Mais uma dica: estude pela ordem cronológica: dos pré-socráticos à Filosofia contemporânea. Assim, de uma forma ou de outra, você vai acabar passando pelos principais nomes. Ao seguir uma linha de tempo, você vai aprender desde Pitágoras e Heráclito até os autores mais recentes, como Max Weber, Karl Max, Hannah Arendt, Jürgen Habermas e Michel Foucault.

Prepare-se!

Como você viu, Nietzsche trouxe uma importante contribuição para a Filosofia contemporânea, revolucionando a forma de pensar de sua época e de outras. Desse modo, é bom estudar a obra desse filósofo se quiser mesmo fazer uma graduação!

Por falar em passar na faculdade, que tal uma ajudinha? É simples: faça o download do e-book “Como se preparar para o Enem 2021” e arrase nas suas provas!