Se você está revisando os conteúdos de Biologia para o Enem, com certeza vai precisar dedicar um tempo para os métodos contraceptivos. Sim, eles fazem parte do currículo escolar e, por esse motivo, são cobrados no Exame Nacional do Ensino Médio. Quanto mais você entender, mais simples se torna ir bem na prova, não acha?
O interessante de estudar os métodos contraceptivos para o vestibular e o Enem é que eles também se relacionam com momentos importantes da nossa história. Por exemplo, a pílula anticoncepcional e os movimentos feministas na década de 1960, que englobam a misoginia. Assim como o uso de camisinha que se tornou essencial quando a Aids começou a se propagar nos anos 1980.
Mas, afinal, quais são os métodos contraceptivos e o que é preciso entender sobre cada um deles? Calma! Este texto traz tudo em detalhes pra você ter sucesso e foco nos estudos. Vamos nessa?
O que são métodos contraceptivos?
Métodos contraceptivos são as formas utilizadas tanto para evitar uma gravidez indesejada e/ou as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Estudá-los já na adolescência é importante para que se entenda os riscos que se corre ao não se proteger, como se infectar com uma doença sem cura (como a Aids), ou mesmo ter uma gravidez não planejada, que pode atrasar muitos planos —, como o de fazer uma faculdade e garantir uma profissão e a independência financeira.
Por isso, os métodos contraceptivos são um tema importante de se ter em mente quando for estudar para Biologia no Enem. Mas engana-se quem acha que estamos falando apenas da camisinha ou da pílula anticoncepcional. Então, não perca nossos próximos tópicos!
E quanto aos tipos de contraceptivos?
Podemos mencionar cinco tipos de métodos contraceptivos, e cada eficácia pode ser maior ou menor. Veja só:
- métodos contraceptivos naturais — são aqueles que envolvem a abstinência ou que a mulher conheça bem o ciclo menstrual, parte essencial do sistema reprodutor feminino. Podem ser falhos e não protegem contra as DSTs;
- métodos contraceptivos de barreira — são os que impedem a entrada do esperma no útero. Acabam sendo uma excelente opção a todos, porque são os únicos que, de fato, evitam as DSTs e se tornam uma opção às mulheres que não podem ou não querem tomar hormônios;
- métodos contraceptivo mecânicos — no caso, é o dispositivo intrauterino (DIU) que deve ser colocado por um médico no útero da mulher;
- métodos contraceptivos hormonais — esse tipo de método contraceptivo age impedindo a ovulação, porém não traz nenhuma proteção contra DSTs;
- métodos contraceptivos definitivos — são procedimentos cirúrgicos, como a vasectomia para os homens. Costumam ser a opção das famílias que já tiveram filhos e não desejam mais engravidar.
Quais são os 8 principais métodos contraceptivos?
Agora que você já entendeu os tipos de métodos contraceptivos, chegou a hora de saber detalhes sobre cada um deles!
Tabelinha
Por meio do conhecimento do ciclo menstrual, é possível calcular o período fértil e, assim, evitar relações sexuais nesses dias ou se proteger com outro método, um de barreira, por exemplo. Nos ciclos mais comuns de 28 ou 30 dias, a fertilidade máxima seria entre o 12° e o 15º dia, sempre contando a partir do primeiro dia do início da menstruação.
O problema da tabelinha é que nem todo ciclo é perfeitamente regular, por isso, é um dos métodos menos recomendados. Em todo caso, ela pode ser interessante para casais que, de fato, querem engravidar.
Coito interrompido
Esse é um dos métodos mais antigos que existem. Na prática, quando o homem sente que a ejaculação está próxima durante a relação sexual, ele retira o pênis da vagina da mulher.
Entretanto, também é um dos métodos mais falhos que existem. O motivo?
O pênis elimina algumas secreções na fase de excitação, que podem conter espermatozoides. Assim, mesmo que haja o controle, alguns espermatozoides já estão na uretra devido à liberação do fluido pré-ejaculação, e é possível que aconteça a fecundação da mulher. E tem mais: nem sempre é tão simples garantir esse controle.
Diafragma
O diafragma é um método de barreira feito a partir de látex e gel espermicida — ele pode ser usado com facilidade, mas exige uma visita ao médico para entender qual o tamanho do diafragma que será usado.
Ele precisa ser colocado com 2 horas de antecedência da relação sexual e retirado após cerca de 4 horas. Deve ser lavado com água e sabão e pode ser reutilizado por até 2 anos. Por ser livre e hormônios, é uma opção segura para as mulheres que não desejam ingerir ou injetar hormônio, mas pede esse controle de horas.
Preservativo
Também conhecido como camisinha, tanto a feminina quanto a masculina. A masculina é de baixo custo, se comparada à feminina. Trata-se de uma fina capa de borracha que impede que o esperma entre na vagina.
A camisinha feminina é um pouco mais cara. Ela pede mais prática no uso e, por isso, pode ser menos eficaz que a masculina. O interessante das duas opções é que não têm hormônio e também protegem contra DSTs.
Dispositivo intrauterino
Mais conhecido como DIU, trata-se de um método contraceptivo mecânico ou hormonal. O DIU de cobre conta com uma estrutura metálica que tem ação espermicida intrauterina, ou seja, ele não deixa que o espermatozoide alcance o óvulo. Sua eficácia ultrapassa os 99%.
Lembrando que ele precisa ser colocado dentro do útero por um médico especialista e pode permanecer no local por cerca de 10 anos. Um dos pontos negativos são as cólicas menstruais intensas e o sangramento fora de hora. Também não protege contra DSTs.
Pílula anticoncepcional
Toda pílula anticoncepcional é produzida com hormônios sintéticos que correspondem aos do organismo feminino, como a progesterona e o estrogênio. Assim, a pílula não deixa que a ovulação aconteça.
As primeiras pílulas chegaram ao mercado nos anos 1950 e 1960, dando mais opção de escolha às mulheres. Porém, a carga hormonal era muito alta. Mesmo que hoje sejam mais baixas, há estudos que relatam alguns efeitos colaterais, como trombose. Por isso, deve ser sempre prescrita pelo médico.
Outro ponto é que a pílula não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Então, pra quem opta pela pílula, é interessante também usar um método de barreira, como a camisinha.
Injeção anticoncepcional
A injeção trabalha de forma semelhante à pílula, com os mesmos hormônios e ações. Mas as injeções são feitas a cada três ou quatro meses, o que ajuda a evitar esquecimentos. Os efeitos colaterais são semelhantes ao da pílula, e a injeção também não protege contra as DSTs.
Vasectomia
A vasectomia é uma cirurgia simples, feita apenas com anestesia local. O procedimento consiste em cortar e ligar os ductos deferentes, que são dois tubos que saem dos testículos e por onde os espermatozoides passam quando a ejaculação acontece.
Vale dizer que a vasectomia não afeta a produção da testosterona (hormônio masculino), não altera a ejaculação nem a libido, tampouco interfere no sistema urinário.
Como estudar esse assunto?
Agora que você já sabe sobre os principais métodos contraceptivos, não vá achando que a missão está finalizada, não, hein? Nossa dica é que você prepare um plano de estudos para o vestibular, lendo mais livros, ouvindo podcasts para o Enem e assistindo a videoaulas.
Também vai ajudar muito a revisão dos métodos contraceptivos pelo Trilha do Enem, um portal que traz estudos personalizados para você mandar bem seja no Enem ou em alguma prova específica do vestibular. O Trilha tem simulados que ajudam demais a testar seus conhecimentos!
De qualquer forma, você precisa se planejar. Que tal ver como preparar um plano de estudos para o vestibular?