Entenda o que são conjunções coordenativas e como estudar

estudante

Estudar os conteúdos de Língua Portuguesa para o Enem e o vestibular requer atenção às regrinhas e, quase sempre, cuidado com as exceções, não é verdade? São muitos detalhes que, se bem entendidos (e não apenas decorados) farão a diferença não só na resolução de questões, mas também na elaboração da redação do Enem!

E, se você está estudando sozinho, precisa ter ainda mais atenção para não perder nenhuma nuance da matéria, não é? Ainda bem que existem caminhos para ajudá-lo nessa etapa, como o Trilha do Enem!

Neste post, vamos ajudar você a analisar o papel das conjunções coordenativas na construção de sentido e perceber a importância delas como elementos de ligação entre as partes do texto. Pegue seu material de estudo e mãos à obra para entender o que são conjunções coordenativas e como são importantes na construção textual.

O que são conjunções coordenativas?

Você deve se recordar de que, no estudo da Língua Portuguesa, as palavras são divididas em classes gramaticais, certo? Entre elas, está a classe das conjunções, pequenas palavrinhas que têm um papel muito importante. Portanto, não as menospreze!

Conjunção é uma palavra invariável capaz de unir uma oração a outra ou unir termos semelhantes de mesmo valor sintático. Para entender esse papel, é importante lembrar que oração é a estrutura sintática que se organiza em torno de um verbo, e essa estrutura forma os períodos que são constituintes do texto.

Veja exemplos:

Max saiu de casa. Max esqueceu a carteira.

Dependendo da conjunção que você quiser utilizar para unir as duas orações em um só período (sem o ponto final entre elas), o sentido pode ser alterado.

Max saiu de casa, mas esqueceu a carteira.

Max saiu de casa e esqueceu a carteira.

Ou, ainda, em outro contexto em que Max tivesse deixado a carteira no restaurante:

Max saiu de casa, pois esqueceu a carteira.

Percebe como essas pequenas palavrinhas têm o poder de alterar todo o sentido de uma frase?

As conjunções são divididas em conjunções coordenativas e subordinativas. Conjunções subordinativas ligam orações dependentes entre si. São orações que têm estrutura sintática e semântica dependente uma da outra.

Já as conjunções coordenativas ligam orações independentes sintaticamente entre si. São orações que têm estrutura sintática completa, e é esse tipo de conjunção que vamos priorizar neste post.

Quais são suas subdivisões?

As conjunções coordenativas, como já dito, ligam orações independentes entre si. Além disso, elas são responsáveis por promover entre essas orações uma relação de sentido, podendo ser:

  • aditivas;
  • adversativas;
  • alternativas
  • explicativas;
  • alternativas.

O valor semântico de cada conjunção não está nela própria, mas na relação estabelecida por ela entre as orações. Sendo assim, podemos ver a conjunção “mas”, por exemplo, que geralmente é adversativa, atribuir valor semântico de adição em alguns casos, dependendo da ligação entre as orações. Portanto, é só no contexto que poderemos classificar de verdade a conjunção, certo? Vamos a elas?

Conjunções coordenativas aditivas

Estabelecem relação de adição/soma entre duas orações. As principais conjunções são: e, nem, mas também.

Amou daquela vez como se fosse a última

Beijou sua mulher como se fosse a última

E cada filho seu como se fosse o único

E atravessou a rua com seu passo tímido (Chico Buarque)

Conjunções coordenativas adversativas

Essas estabelecem a oposição entre duas orações, sendo as principais: mas, porém, contudo, todavia.

Vou chorar

Desculpe, mas eu vou chorar (Leandro & Leonardo)

Conjunções coordenativas explicativas

Como o próprio nome indica, estabelecem sentido de explicação entre uma oração e a subsequente. As mais comuns são: porque, que, pois.

Não te troco nesta vida por ninguém

Porque eu te amo

Eu te quero bem (Tim Maia)

Conjunções coordenativas conclusivas

A relação de conclusão entre as orações é expressa pelas conjunções: logo, portanto, por isso e outras.

Por isso não vá embora

Por isso não me deixe nunca, nunca mais (Marisa Monte)

Conjunções coordenativas alternativas

Essas indicam ideia de alternância entre as orações, sendo as principais conjunções: ou, ou… ou, ora… ora, quer… quer.

Poderia imaginar

Ou até acostumar

O meu querer

Noutro lugar (Anavitória)

Como você pode usá-las?

Para entender o papel de uma conjunção no texto, é importante observar que esse tipo de conectivo é por excelência um elemento que promove a coesão textual, que é a amarração entres as partes menores do texto.

Vale aqui pensar em uma colcha de retalhos. Para que ela exista, são necessários os retalhos e a linha que os une. No texto, as palavras são os retalhos, e a conjunção é uma das linhas que promovem a união das palavras — no caso das conjunções, união das partes do texto.

Portanto (olha a conjunção aí estabelecendo relação de conclusão entre este parágrafo e o anterior!), atenção ao uso desses conectivos na redação, pois a coesão textual é uma das competências do Enem avaliadas em 200 pontos.

Como podem ser cobradas no Enem e no vestibular?

É bom que você tenha incluído esta matéria no seu plano de estudos para o Enem, pois esse exame e os vestibulares de modo geral costumam tratar desse assunto explorando o fato de as conjunções serem elementos coesivos do texto e serem responsáveis por atribuir sentido às relações que estabelecem.

Por isso, para se dar bem nessas avaliações, é preciso conhecer as conjunções e suas funções, bem como interpretar corretamente o valor semântico estabelecido por elas. Não se deve decorar as conjunções, mas sim entendê-las e avaliar seu sentido no contexto em que são utilizadas, ou seja, interpretar seu sentido no uso.

Veja exemplos de questões relacionadas à matéria.

Conjunções coordenativas no Enem

(Enem 2013)

a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra de expectativa ao final.

b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as ações.

c) retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos.

d) utilização da forma pronominal “la”, que reflete um tratamento formal do filho em relação à mãe.

e) repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação de adição presente entre as orações.

Resposta: letra a. A conjunção “mas” é adversativa e aponta para uma conclusão diferente da que se esperava. Portanto, provoca quebra de expectativa no leitor.

Conjunções coordenativas no vestibular

(UFAL 2011) No enunciado: “Os cozinheiros já haviam preparado o banquete, de modo que não utilizaram os outros pratos.”, tem-se:

a) um período composto por coordenação e subordinação, cuja oração subordinada é uma adjetiva restritiva.

b) um período composto por duas orações coordenadas assindéticas.

c) um período composto por coordenação, cuja oração coordenada é uma sindética conclusiva.

d) um período composto por coordenação, cuja oração coordenada é uma sindética explicativa.

e) um período composto por coordenação e subordinação, cuja oração subordinada é uma subordinada adverbial concessiva.

Resposta: letra c. Sindética é a oração em que consta uma conjunção. No caso, temos a locução conjuntiva “de modo que”, conclusiva.

Como você notou, um texto é um emaranhado de ligações e as conjunções coordenativas estabelecem uma dessas ligações. As palavras não estão soltas no texto, mas sim articuladas entre si para que seu sentido e sua legibilidade sejam produzidos. Entender as conjunções é entender parte dessas relações textuais.

Tour pela prova do Enem

Para tirar de letra as questões de Língua Portuguesa, aproveite para revisar o que é colocação pronominal e como cai no Enem! Esse assunto também é muito importante para a coesão referencial das redações.

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