Existem fatos de grande relevância para a História que são ensinados na escola desde a tenra idade. O descobrimento do Brasil é um deles, tema que não só explica o passado da nossa nação como também aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais que moldam a população e o Estado até hoje.
Além da notoriedade do evento por si só, ele é visado pelo Exame Nacional do Ensino Médio por sua interdisciplinaridade. Há grandes chances de cair nas perguntas sobre atualidades e, geralmente, entra em questões envolvendo interpretação de texto, servindo para testar sua habilidade e não apenas o conhecimento sobre a matéria.
Siga na leitura para uma revisão geral de como foi o descobrimento do Brasil. Confira os principais pontos para elaborar um bom plano de estudos no Enem e se preparar para os vestibulares das melhores faculdades do país!
Qual é o contexto do descobrimento do Brasil?
A expansão ultramarina europeia teve início com o fim da hegemonia árabe no Mar Mediterrâneo e consequente retomada do comércio. A Idade Média tinha acabado e a Europa Ocidental do século XV era formada por outros dois aspectos marcantes de sua estrutura: monarquias fortes e a burguesia.
Valendo-se do desenvolvimento tecnológico (bússola, caravela e astrolábio), Portugal e Espanha despontaram nas Grandes Navegações a fim de ampliar a atividade comercial e buscar novos mercados produtores. As especiarias (marfim, açúcar, pimenta e pedras preciosas) eram produtos de alta variabilidade e apreciados pelos consumidores.
Esses itens eram encontrados no Oriente e no norte da África. A aliança entre a realeza e a burguesia estimulou o comércio marítimo, e o portugueses saíram conquistando territórios importantes ao progresso dessa atividade. Primeiro foi Ceuta (atual Marrocos) e, então, o litoral africano com a ocupação de Açores, Cabo Verde, Guiné e Madeira.
Na sequência, Bartolomeu Dias dominou o Cabo da Boa Esperança, e Vasco da Gama chegou à Índia em 1498. Portugal e Espanha firmaram em 1494 o Tratado de Tordesilhas, dividindo as áreas descobertas e a descobrir, mas França, Inglaterra e Holanda também se lançaram à corrida pela expansão do comércio marítimo, sinônimo de riqueza aos colonizadores.
Como foi o descobrimento do Brasil?
Em 22 de abril de 1500, a expedição de Pedro Álvares Cabral chegou ao que os portugueses acreditavam ser um grande monte, então denominado Monte Pascal, em seu caminho para as Índias. Desbravando o local, a crença passou a ser de que se tratasse de uma ilha, então o território recebeu o nome de Ilha de Santa Cruz.
Posteriormente, quando visto que se tratava de um continente, foi chamado de Terra de Santa Cruz. O desbravamento da nova terra enfrentou resistência da população indígena que já a habitava. Os nativos foram, inconscientemente, cedendo espaço ao homem branco em troca de quinquilharias como colares, espelhos e ferramentas.
A primeira missa em solo brasileiro aconteceu dias depois do descobrimento, manifestando mais um fator crucial da sociedade portuguesa: a religiosidade. Os jesuítas buscavam catequizar a população das colônias a fim de expandir o domínio da Igreja Católica. Tantos fatores evidenciam por que essa é uma matéria recorrente em História no Enem.
Exploração e atividade econômica com a Coroa
O pau-brasil só foi descoberto em 1511, data pra primeira exportação para Portugal, afinal, a madeira soltava uma tintura vermelha e era apreciada como especiaria. Essa riqueza era explorada com mão de obra indígena mediante escambo, a concessão das citadas quinquilharias em troca do trabalho.
Portugal continuava focado no comércio das Índias enquanto franceses e ingleses investiam contra o Brasil. Foi só em 1530 que a Coroa começou as expedições para desbravar o território brasileiro, forma de consolidar seu domínio na área e recurso útil ao descobrimento de riquezas passíveis de fortalecer o comércio português na Europa.
Notou o quanto a matéria é rica? Não é à toa que ela é contemplada no Enem e nos principais vestibulares do país.
Como foi a expedição de Pedro Álvares Cabral?
Narra a História que Portugal veio parar no Brasil ocasionalmente em uma expedição cujo objetivo era chegar nas Índias. De qualquer forma, a frota contava com mil tripulantes e chegou no Monte Pascal com 13 caravelas sob o comando de Cabral, capitão-mor e membro da pequena nobreza.
Nossas terras não eram desenhadas nos mapas da época por serem desconhecidas na Europa, centro da ciência e da cartografia. Vale ressaltar que as embarcações tinham péssimas condições de higiene, traziam animais como galinhas, porcos e cabritos para sustento de quem era de maior hierarquia, vinho e comida em quantidade insuficiente.
Bactérias proliferavam nos tonéis causando diarreia, enquanto baratas e ratos apareciam por causa dos alimentos embarcados. Com a carne controlada, a tripulação vivia de arroz, peixe, queijo e bolacha seca. Escorbuto era uma das doenças mais comuns na frota, tão banais quanto os casos de agressão, roubo e corrupção.
Como esse tema pode ser abordado no Enem e nos vestibulares?
Grandes Navegações, contexto histórico, político, econômico e social Europeu, tomada de uma terra em que já havia habitação local pelos indígenas, exploração de riquezas e assuntos como as Capitanias Hereditárias e todo o desenvolvimento da economia nacional estão relacionados ao descobrimento do Brasil.
As estruturas, os métodos, o desbravamento, a exploração e grandes acontecimentos, como a sustentação da riqueza europeia com base na escravidão no Brasil, são tópicos de extrema importância, derivados dessa matéria central.
Como estudar
O tema cai no Enem e nos vestibulares das melhores faculdades do país suscitando interdisciplinaridade e exigindo interpretação de texto, além de certas habilidades e visão sistêmica em vez de simples conhecimento do assunto. Por isso, não deixe de, ao menos, revisar o tema no Trilha do Enem e garantir na sua planilha de organização de estudos.
O descobrimento do Brasil diz muito sobre a constituição de nossa sociedade e cultura, enquanto a economia local se desenvolvia gerando mais riqueza para os colonizadores do que para a colônia. Entender o passado é uma forma efetiva de analisar o presente e assimilar o funcionamento do Estado e o comportamento da população.
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