Estar afiado em Português no Enem é um passo muito importante para quem desejar tirar uma boa nota. Os conhecimentos da língua são exigidos em dose dupla ou até tripla: na prova de Linguagens, códigos e suas tecnologias, na redação e na interpretação de textos das outras matérias em geral.
Seja qual for a sua trajetória, falar e escrever bem é uma qualidade fundamental. Sua comunicação fica mais eficaz e atraente, chamando a atenção das outras pessoas e ajudando no crescimento profissional.
Um dos tópicos de gramática que muita gente costuma errar de bobeira no vestibular é a concordância nominal. Neste tópico, você vai aprender as regras adequadas para dominar o tema. Continue conosco e arrase na prova do Enem!
O que é concordância nominal?
Em português, concordância diz respeito à necessidade de harmonia entre os elementos da oração. A concordância nominal é o modo de se construir orações coerentes com base no sintagma nominal, cujo núcleo nada mais é que o substantivo.
Como exemplo, leia a frase “as bananas são amarelos”. Ora, a organização dos elementos claramente quebra a harmonia da língua portuguesa, pois o substantivo está no feminino e o adjetivo no masculino. Esse caso demonstra uma discordância de gênero.
A discordância também pode ser de número, como na frase “o céu é azuis”. Pense bem, se o céu é um substantivo no singular, como poderia estar “azuis”, no plural? De novo, a harmonia da oração foi rompida, devido à utilização incorreta da língua.
Você pode estar se perguntando, qual é a importância disso, afinal? Ora, toda língua é uma ferramenta usada para comunicar pensamentos, para possibilitar o entendimento mútuo entre pessoas. Por menores que possam parecer, são diferenciações como a concordância nominal que asseguram o funcionamento do processo.
Existem muitas coisas para serem ditas e diversas formas de se entender. Para garantir que cada significado seja transmitido e compreendido, a gramática estabelece um conjunto de regras para serem seguidas. Sem elas, as margens de erro poderiam crescer e trazer ruídos para os discursos, mais ou menos como na famosa brincadeira do telefone sem fio.
Nos estudos gramaticais, de maneira geral, existe uma área chamada sintaxe que se dedica a controlar a ordem das palavras dentro das frases. Regulando o uso das conjunções coordenativas e outras coisas, ela torna possível que digamos e entendamos cadeias de ideias elaboradas, como é o caso deste texto.
No dia a dia, costumamos conversar com tanta naturalidade que mal percebemos o mecanismo complexo que torna a comunicação possível. Mas ele está lá e sem ele provavelmente o mundo humano cairia em uma grande bagunça. Afinal, uma das coisas que melhor define a nossa espécie é a capacidade de fazer uso da linguagem.
Qual é a principal regra da concordância nominal?
A principal regra da concordância nominal é que os termos determinantes de uma oração (artigos, pronomes adjetivos, numerais, adjetivos) devem sempre concordar em gênero e número com o substantivo. Se o substantivo estiver no feminino plural, os determinantes devem segui-lo. Se estiver no masculino singular, idem.
Por exemplo, na frase “as professoras são cuidadosas com os alunos”, o adjetivo “cuidadosas” está concordando em gênero (feminino) e número (plural) com o substantivo “professoras”. Todavia, na frase “os cadernos vermelhos são lindos”, tanto “vermelhos” quanto “lindos” concordam com o substantivo “cadernos”.
No fundo, a lógica é simples. Basta olhar com atenção quais são os elementos presentes na oração e a qual substantivo eles se relacionam. Uma mesma frase pode exigir mais de uma concordância. Por exemplo, na frase:
Três moscas corajosas pousaram no tigre sonolento.
Aqui, a frase tem dois adjetivos, cada um deles ligado a um adjetivo diferente. “Corajosas” está no feminino plural, porque estabelece concordância com o substantivo “moscas”. Já “sonolento”, que segue o substantivo “tigre”, está no masculino singular.
Como o Enem pode cobrar as regras específicas da concordância nominal?
Sim, o Português na redação ou na prova de Linguagens do Enem pode cobrar regras específicas de concordância nominal. Alguns casos podem parecer complexos, mas não se preocupe. Basta estudar com cuidado e praticar para dominar cada possibilidade. A seguir, você confere alguns casos especiais.
Adjetivo posposto ao substantivo
Se o adjetivo estiver posposto, isto é, colocado depois de dois ou mais substantivos, qual é a concordância correta? A resposta correta é: depende. Caso os dois substantivos tenham o mesmo gênero, o adjetivo vai para o plural (sem mudar o gênero) ou então concorda com o substantivo mais próximo. Por exemplo:
Ela vestia pulseira e coroa douradas.
Ela vestia pulseira e coroa dourada.
Ele tinha carro e relógio caros.
Ele tinha carro e relógio caro.
Se os substantivos tiverem gêneros diferentes, a regra muda. Nesse caso, o adjetivo vai para o masculino plural ou então concorda com o substantivo mais próximo. Assim:
O homem e a mulher bondosos duvidaram do capitão.
O homem e a mulher bondosa duvidaram do capitão.
A mulher e o homem bondoso duvidaram do capitão.
Adjetivo anteposto ao substantivo
O adjetivo também pode estar anteposto, isto é, colocado antes do substantivo. Nesse caso, há uma regra para substantivos comuns e outra para substantivos próprios.
Quando os substantivos são comuns, a concordância deve ser feita com o que estiver mais próximo do adjetivo. Assim, é possível dizer tanto “o garoto tem bonita camisa e sapato”, quanto “o garoto tem bonito sapato e camisa”.
Se os substantivos são próprios, o adjetivo deve ficar sempre no plural. Por exemplo, a frase “os geniais Garrincha e Reinaldo são ídolos da história brasileira”.
Dois ou mais adjetivos se referindo ao mesmo substantivo
Quando vários adjetivos qualificam o substantivo, as construções variam. Os casos básicos são:
Ele fala a língua inglesa e a portuguesa.
Ele fala as línguas inglesa e portuguesa.
A construção “ele fala a língua inglesa e portuguesa” parece correta. Porém, aí há uma ambiguidade: é apenas uma língua combinando as duas ou são duas línguas diferentes? Sendo assim, melhor evitar.
Como estudar concordância nominal para o Enem?
Se o tema parece desafiador, fique tranquilo. Como qualquer conhecimento que envolve regras e detalhes, a concordância nominal exige treinamento constante. Além de repassar as dicas e fazer exercícios, não se esqueça da importância da leitura.
Pode valer a pena fazer um simulado de vestibular e praticar a escrita com frequência. Assim, você testa seus estudos e avalia se já está preparado para o vestibular.
Caso ache necessário revisar a concordância nominal, busque a ajuda do Trilha do Enem e monte um plano de estudos personalizado. É uma plataforma preciosa para quem quer aproveitar a chance de fazer uma boa graduação!
Continue a estudar para o Enem e demais vestibulares. Saiba, agora, quais são os erros de Português mais comuns!