O termo Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser usado, recentemente, para se referir às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Isso porque existe a possibilidade de um individuo ter e transmitir a infecção, mas sem manifestar sinais ou sintomas da doença.
Essas infecções podem ser causadas por mais de 30 agentes etiológicos diferentes entre vírus, bactérias, fungos e protozoários. A maioria é transmitida pelo contato sexual, mas o contato entre mucosas também pode transmiti-las. Em casos selecionados, também há transmissão pelo contato sanguíneo, da mãe para o bebê durante a gestação, no parto ou na amamentação.
Esse é um tópico frequente no Enem, na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, e nas provas de Biologia dos demais vestibulares. Isso porque as ISTs são, atualmente, um verdadeiro problema de saúde pública. De acordo com a OMS, ocorrem cerca de 1 milhão de novas infecções diariamente no mundo todo, principalmente entre os jovens.
Neste artigo, listaremos as principais infecções sexualmente transmissíveis, seus sinais e sintomas, como ocorre o contágio e como são realizados os tratamentos para cada caso. Por aqui, conversaremos sobre:
- HIV;
- HPV;
- Sífilis;
- Cancro mole;
- Clamídia;
- Gonorreia.
Dessa forma, se você prefere estudar sozinho, pode se preparar para os vestibulares. Confira!
1. HIV
Segundo o Ministério da Saúde, em média 866 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. Os dados do último boletim epidemiológico, em 2017, mostram que 73% (30.659) dos novos casos de HIV ocorreram em homens. Entre eles, 20% está entre a faixa etária de 15 a 24 anos. É importante saber por que há maior relevância no sexo masculino.
A AIDS, transmitida pelo vírus HIV, é uma doença transmitida através da relação sexual. Dentre os tipos de relação (oral, vaginal e anal), a anal é a que tem maior risco de contágio, uma vez que no ato criam-se fissuras que aumentam a penetração do vírus. Além disso, a mãe pode passar para seu filho durante a gestação e a infecção também é passada pelo sangue, quando há contato desse fluido com pele não íntegra.
O vírus ataca o sistema imunológico do paciente, mais especificamente os linfócitos CD4, que organizam e comandam a resposta contra os agentes patogênicos. Dessa forma, o sistema imune vai, aos poucos, perdendo a capacidade de se defender, e a pessoa se torna exposta a qualquer tipo de infecção oportunista.
Há alguns anos, o índice de mortalidade da AIDS era altíssimo. Hoje é possível conviver com a doença, uma vez que a combinação de antirretrovirais inibe a replicação do vírus. No Brasil, o tratamento é gratuito para todos.
2. HPV
O HPV, ou Papiloma Vírus Humano, é um vírus transmitido pelo contato sexual. Atualmente existem cerca de 150 tipos reconhecidos desse vírus. Não é necessário que haja penetração, uma vez que, se a pessoa tiver lesões na base do pênis ou da vulva, a camisinha não as cobrirá.
Os vírus HPV-6 e HPV-11 são responsáveis pelo crescimento de verrugas, com aspecto de couve flor, na região genital (condilomas acuminados). Esse tipo de lesão raramente se transforma em câncer, sendo considerada de baixo risco. Não existe cura, mas o paciente pode retirá-las no consultório médico por meio de várias técnicas.
Já os tipos HPV-16 e o HPV-18 são responsáveis por cerca de 70% dos cânceres de colo do útero, podendo causar câncer de pênis também. Esse é o segundo tipo de tumor mais comum em mulheres, segundo dados do INCA. Nos estágios iniciais é mais simples tratá-lo e, para tanto, é preciso realizar o exame preventivo, chamado de papanicolau, de acordo com a recomendação médica.
A prevenção é feita por meio de vacina. No Brasil, a imunização começou em crianças, uma vez que essas ainda não iniciaram a atividade sexual.
3. Sífilis
A sífilis é uma IST que tem grande relevância no Brasil, uma vez que há diversos casos diários de contaminação. A transmissão ocorre pela via sexual sem preservativo com uma pessoa infectada, ou para a criança durante a gravidez ou parto, através da bactéria Treponema pallidum.
Geralmente, a doença se divide em três estágios. O primeiro ocorre de 3 a 90 dias após a exposição e é representado por uma ferida única na região genital, que não dói ou coça. O estágio secundário, que ocorre de 4 a 10 semanas após a infecção, é marcada pelo aparecimento de manchas no corpo, notadamente nas palmas das mãos e na planta dos pés. Por fim, há o estágio terciário, que pode ocorrer bem tardiamente (de 3 a 10 anos após), havendo lesões em vários órgãos.
A sífilis pode ser bastante séria se não tratada, inclusive ocasionando óbito. As consequências incluem cegueira, doença cardíaca, paralisia e transtornos mentais. A sífilis congênita, ou seja, o bebê que nasce com a doença, pode ser muito grave. As complicações incluem aborto, prematuridade, surdez, cegueira, malformações, entre outros. O tratamento é feito com penicilina e o diagnóstico é simples, feito por exame de sangue.
4. Cancro mole
O cancro mole é uma IST causada pela bactéria Haemophilus ducreyi. Na região genital ou anal surgem pequenas bolhas dolorosas após 3 a 7 dias da infecção. Essas bolhas se rompem rapidamente, formando ulcerações superficiais e abertas, com bordas irregulares. Essas ulcerações podem crescer e se juntar, formando grandes lesões que se aprofundam e machucam outros tecidos.
Geralmente o diagnóstico é feito de forma clínica, ou seja, com a avaliação de um médico, uma vez que a cultura da bactéria pode ser difícil. A prevenção só é possível com o uso de preservativo, seja ele masculino ou feminino. O tratamento é feito com administração de antibióticos e, em alguns casos, também é necessário tratar a ferida.
5. Clamídia
A Clamídia é uma doença que tem enorme prevalência ao redor do mundo, sendo comum entre pessoas mais jovens. A bactéria Chlamydia trachomatis é transmitida pelo ato sexual ou da mãe para o feto. Essa infecção atinge especialmente a uretra e os órgãos genitais de homens e mulheres, podendo inclusive causar infertilidade.
Além disso, pode ser assintomática, mas as pessoas que apresentam sintomas sofrem com dor ou ardor ao urinar, aumento do corrimento vaginal e sangramentos.
6. Gonorreia
Já a Gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, transmitida por meio do sexo desprotegido. Os sintomas incluem dor e ardor ao urinar, presença de corrimento purulento (de cor amarelada e esverdeada) e dor durante a relação sexual.
Durante o parto, a bactéria podem ser transmitida para o bebê, causando um tipo grave de conjuntivite ou pneumonia. A única forma de prevenção é o uso de preservativo. Para o tratamento o médico indica alguns antibióticos, como a azitromicina.
E então, aprendeu um pouco mais sobre as principais doenças sexualmente transmissíveis? No Brasil, o Governo tenta conter o avanço desse tipo de infecção ao estimular o uso de camisinha e o cuidado durante as relações sexuais. Esse pode ser um tema interessante para a redação, assim como é bem capaz de cair nas questões objetivas. A dica é manter-se informado sobre as medidas governamentais e as principais ISTs.
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