Diversidade religiosa significa que múltiplas crenças ocupam um mesmo território, convivendo em harmonia e com igual liberdade de expressão. No Brasil, essa diversidade de credos e religiões marcou a construção de nossa cultura ― inclusive, o sincretismo religioso (quando religiões diferentes cruzam seus dogmas, divindades e rituais) faz parte da nossa riqueza cultural.
Falar sobre diversidade religiosa é refletir sobre direitos humanos. Por esse motivo, tanto o Enem quanto os demais vestibulares do país podem abordar esse tema. Entenda mais sobre o assunto neste post e faça uma redação nota 1000!
Qual é a importância da diversidade religiosa?
Em todos os países, a diversidade religiosa é enriquecedora e desafiadora, pois envolve crenças individuais e interesses políticos, despertando reações emocionais e intelectuais.
Os aspectos religiosos conduziram ― e conduzem ― muitos dos eventos históricos. Expansões de territórios, regimes de governo, guerras, políticas de direitos humanos são alguns deles. Como você sabe, ainda hoje, os grupos religiosos continuam a ter uma presença significativa nas relações internacionais, a maioria com uma postura democrática, mas uns poucos com uma visão totalitária e perigosa.
A defesa da diversidade religiosa é extremamente importante para a identidade individual e para a política. Esse é um caminho para a pacificação do mundo. Inclusive no Brasil, a liberdade religiosa na política está sendo bastante discutida, a fim de evitar o cerceamento de direitos e a imposição de crenças, garantindo a preservação da nossa identidade pluricultural.
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Como o Brasil se relaciona com a diversidade religiosa?
No Brasil, a liberdade religiosa é um direito garantido pelo artigo 5º da Constituição Federal. Isso quer dizer que todos os cidadãos são livres para exercer qualquer forma de culto ou prática espiritual, e nenhuma religião pode ser desprezada ou perseguida.
Nosso país é multirreligioso, e o estado é considerado laico. Segundo um levantamento do Datafolha, somos um país majoritariamente católico e evangélico, mas com a presença significativa de outras religiões. Veja:
- Católica: 50%;
- Evangélica: 31%;
- não tem religião: 10%;
- Espírita: 3%;
- Umbanda, Candomblé ou outras religiões afro-brasileiras: 2%;
- Outra: 2%;
- Ateu: 1%;
- Judaica: 0,3%.
Embora sejamos um país tido como tolerante, às vezes professar a própria fé pode ser perigoso. Para você ter uma ideia, em 2019 o Brasil registrou mais de 500 casos de intolerância religiosa. Os segmentos mais atingidos têm uma característica em comum: são religiões de matriz africana, especialmente Umbanda e Candomblé.
Qual é a relação entre a diversidade religiosa e os direitos humanos?
Combater o fundamentalismo religioso é uma das principais questões, quando falamos sobre diversidade religiosa e os direitos humanos. Os grupos fundamentalistas existem em muitas religiões. Eles acreditam que sua própria religião está além de qualquer falha, portanto, deve ser imposta aos outros. Não há um espaço de diálogo, nem mesmo para explicações lógicas e evidências científicas.
O fundamentalismo atinge diretamente as liberdades individuais e a vida das pessoas que não concordam ou nem sequer cultuam as mesmas religiões. Isso pode resultar em conflitos sangrentos, a exemplo do que acontece historicamente no Oriente Médio envolvendo o Islamismo, além de eventos como o 11 de Setembro de 2001, o massacre de cristãos na Nigéria, e, mais recentemente, o retorno do Talibã ao poder no Afeganistão.
Quais são as medidas que podem ser tomadas para combater o preconceito religioso?
Ao fazer sua redação do Enem, além de demonstrar que você conhece o assunto, é preciso oferecer uma proposta de intervenção para resolver ou minimizar um problema. Veja algumas sugestões para a manutenção do respeito à diversidade religiosa e a erradicação do preconceito que você pode incluir em seu texto:
- criação de uma lei nacional de liberdade religiosa (em 2021, foi sancionada uma lei estadual em São Paulo);
- criação de políticas públicas permanentes de apoio à diversidade religiosa;
- criação de campanhas educacionais nos diversos veículos de comunicação;
- endurecimento das penas para quem cometa discriminação religiosa;
- aumento da representatividade de diferentes religiões nos governos.
Não pare por aqui!
Agora, você já sabe como explorar o tema da diversidade religiosa no Enem. Mas é importante continuar se informando, não é mesmo?
Então, fique conosco mais um pouco e veja 7 dicas para ficar por dentro das atualidades no Enem!