As cotas do Prouni estão entre as principais vias de acesso ao ensino superior, tendo como premissa a redução de desigualdades entre os grupos da sociedade. Nelas, além dos critérios de renda, são aplicados outros para criar uma concorrência destacada do processo principal, favorecendo os participantes.
Ao destinar vagas específicas e criar uma lista apenas com candidatos a cotas, é possível baixar a nota de corte necessária para participar e reduzir a concorrência pelas oportunidades. Assim, caso você preencha os requisitos, as chances de conquistar uma bolsa de estudos aumentam, e muito!
No conteúdo abaixo, explicamos como funciona o sistema de cotas do Prouni e o que você precisa fazer se quiser concorrer por essas oportunidades. Continue a leitura e fique mais próximo de conquistar a sua bolsa de estudos!
Quais são os tipos de cotas do Prouni?
As cotas do Prouni estão previstas para pessoas com deficiência (PCD), pretos, pardos e índios. No caso de PCD, a comprovação ocorre por meio de laudo médico, indicando o grau de deficiência. Já os pretos, pardos e índios precisam apenas realizar a autodeclaração, assinando um documento em que afirmam preencher os requisitos.
Quem concorre pelas vagas de cotas do Prouni participa de dois processos seletivos. Isto é, a escolha por disputar as bolsas destinadas em condições especiais não exclui a inscrição da ampla concorrência, que são as oportunidades abertas a todas as pessoas.
Outra característica importante é que os demais requisitos de renda e escolaridade precisam ser preenchidos. Não se deve confundir o que é a cota do Prouni com a liberação de requisitos do processo seletivo, uma vez que elas apenas criam um sistema de concorrência para vagas específicas, sem influenciar nos critérios de inscrição do benefício.
Qual é o número de vagas para as cotas no Prouni?
O critério para definir o número de cotas do Prouni é o percentual de participação de pretos, índios e pardos na população, sempre considerando o censo mais recente do IBGE. Além disso, a fração considerada verificada nos Estados, logo, pode variar de acordo com a localidade.
No momento de realizar a inscrição, o próprio sistema do Prouni facilitará a sua escolha, indicando a nota de corte do curso escolhido. Fique atento tanto à pontuação mínima para cotas como para a ampla concorrência. Afinal, você pode concorrer por ambas, se preencher os requisitos.
Quem pode concorrer às vagas de cotas do Prouni?
O interessado em concorrer pelas oportunidades de cotas deve preencher os limites de renda máxima para participar do Prouni e demais requisitos do programa, além de pertencer aos grupos que têm direito ao processo seletivo diferenciado. Resumidamente, os requisitos do Prouni são os seguintes:
- não ter diploma de nível superior;
- ter concluído o ensino médio em escola pública ou como bolsista em escola particular (total ou parcialmente);
- aprovação no Enem mais recente, com 450 pontos na prova objetiva e acima de zero na redação;
- renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo para bolsa integral no Prouni;
- renda familiar per capita de até 3 salários mínimos para bolsa parcial.
As pessoas com deficiência dispensam os requisitos relacionados ao estudo em escola pública. Além delas, os professores da rede pública têm algumas condições especiais, especialmente para os cursos de Licenciatura, nos quais não precisam comprovar renda.
Caso você preencha todos os requisitos e consiga a vaga no processo seletivo, a comprovação das características da cota ocorre em conjunto com a entrega dos demais documentos do Prouni. No caso do PCD, como visto, será entregue laudo médico, e no dos pretos, pardos e índios, declaração escrita.
Se você tiver dúvidas sobre os requisitos do Prouni, o quiz interativo do Vestibulares pode ajudar a entender os requisitos. Nele, você saberá qual é o programa público ou privado em que há mais chances de conquistar uma bolsa ou crédito estudantil, além de explicar as condições para concorrer às vagas.
Existe cota para pessoas de baixa renda no Prouni?
Diferentemente do Sisu, as cotas do Prouni não utilizam o critério de renda familiar. O motivo é que todas as vagas do programa são destinadas a pessoas de baixa renda, deixando a seleção preferencial para os casos indicados anteriormente.
Por isso, basta preencher os requisitos das bolsas integrais ou parciais, sem se preocupar com outras variações de renda para concorrer pelo benefício. Igualmente, não há cotas para quem estudou em escola pública, aplicando-se a mesma lógica das diferenças de ganhos mensais.
O maior benefício do programa é justamente dar acesso ao ensino superior para quem não tem condições de pagar a faculdade. E, ao longo dos anos, as melhores faculdades privadas aderiram ao Prouni, abrindo um leque considerável de opções.
Uma dica interessante é utilizar a ferramenta de busca do Vestibulares para conhecer as opções de curso superior no seu estado. Depois, ir ao site da faculdade escolhida e verificar as condições de bolsa e crédito estudantil.
Quais são as opções para quem não conseguir o Prouni?
Vale ressaltar que, caso você não consiga a bolsa do Prouni e tenha dificuldades de renda, existem outras opções para facilitar o acesso ao ensino superior. Além do FIES, que é oferecido pelo próprio Governo Federal, as próprias faculdades criam alternativas para que as pessoas consigam o diploma do ensino superior.
Lembre-se, também, de que uma boa nota no Enem dos últimos três anos possibilita a dispensa do vestibular nas faculdades listadas no site Vestibulares.
Agora que você já conhece o sistema de cotas do Prouni e as demais formas de ingresso, lembre-se de que nada impede a inscrição em todas as opções disponíveis. Dessa forma, caso a bolsa de estudos do Governo não seja obtida, ainda assim haverá excelentes opções para fazer a sua faculdade e melhorar a sua condição financeira.
Então, faça a sua inscrição no vestibular e escolha a opção de bolsa e crédito mais adequada ao seu perfil!
*Sujeito a alteração