Inscrição Fies: um guia completo sobre o assunto!

fies inscrição

Conquistar o diploma de Ensino Superior é o sonho de muitos brasileiros, sejam aqueles que serão os primeiros em sua família a conseguir alcançar essa conquista, seja para quem quer chegar à carreira dos sonhos.

O primeiro passo, muitas vezes, pode ser por meio da inscrição no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), uma das principais formas de acesso atualmente. Nesse momento, muitas dúvidas podem surgir e deixá-lo inseguro.

Então, vem com a gente e confira um passo a passo didático que vai ajudá-lo na hora de fazer sua inscrição no programa!

O que é o Fies

O Fies é o Fundo de Financiamento Estudantil. É um programa criado pelo Ministério da Educação (MEC), que visava aumentar as possibilidades de acesso para estudantes de baixa renda ainda no final do século XX, quando ainda nem existia o Sisu e tínhamos menos universidades públicas disponíveis em todo o país.

Assim, a ideia era viabilizar formas de que alunos pudessem fazer sua formação no Ensino Superior privado sem prejudicar o orçamento familiar. Esse é um dos seus diferenciais: a ideia é que o estudante comece a pagar a maior parte (ou o valor todo) do curso financiado apenas após sua formação.

Em outras palavras, esse é um programa que financia o valor total ou parcial de um curso superior em uma instituição privada, ou faculdade pública que tenha cobrança de mensalidade (como ocorre nas instituições municipais). 

Podem participar do Fies os candidatos que:

  • Tenham participado de alguma edição do Enem desde 2010;
  • A média da nota das 4 provas deve ser igual ou superior a 450 pontos;
  • Não pode zerar a redação;
  • Para o programa geral, a renda familiar bruta mensal per capita não pode ultrapassar 3 salários mínimos.
Rapaz estudando com revisão final do Enem
Para o FIES, a pessoa tem que ter participado de uma edição do Enem a partir de 2010

Passo a passo da inscrição no Fies

Ok, você pode participar do Fies e considera essa uma possibilidade para ingresso no Ensino Superior? Então esse é o momento de acompanhar o passo a passo para fazer sua inscrição.

Vale lembrar que o período de inscrições no programa acontece duas vezes por ano: geralmente uma no primeiro semestre e uma no começo do segundo semestre. O calendário acompanha geralmente o de outros programas (Sisu e Prouni).

Isso acontece porque, assim, os alunos que não foram contemplados com aprovação no Sisu e bolsa no Prouni podem decidir se querem se inscrever no Fies ou não. Então, fique atento quando esses programas começarem a lançar suas datas, pois provavelmente o lançamento do edital do Fies estará próximo!

Bom, então vamos a um passo a passo sobre como se inscrever no programa.

  1. Acesse o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, na aba do Fies. Se as inscrições estiverem abertas, você encontrará o botão “inscreva-se” disponível para ser acessado.
  2. Na próxima tela, acesse seus dados da conta Gov — a mesma utilizada para a inscrição no Enem. Mas, caso você tenha feito a prova em um ano em que o acesso não era assim e não tenha sua conta, faça o cadastro nesse momento.
  3. Fez o login? Então o sistema vai recuperar sua nota do Enem automaticamente, pois ela está vinculada ao seu CPF. Além disso, aparecerá seus dados cadastrais. Confira todas as informações e veja se elas estão corretas. Isso inclui seu endereço, dados de documentos, a própria nota do Enem, entre outros.
  4. Após a confirmação dos dados, o próximo passo é responder um questionário socioeconômico. Ele deve ser preenchido com cuidado, pois será o responsável por analisar se você está apto a participar do processo em busca do financiamento.
  5. Outra fase é inserir os dados da sua família, ou seja, nomes, CPFs, data de nascimento e quanto cada pessoa ganha. Então, antes de começar a sua inscrição, confira esses dados. Apenas quem for menor de 14 anos está dispensado de ser cadastrado nesse momento.
  6. Após a inserção dos dados familiares, você verá a tela com as informações para escolher o grupo de preferência do seu curso, podendo selecionar o estado, município e graduação desejada.
  7. Selecione até 3 opções de cursos. Lembre-se que isso é feito por meio de ordem de prioridade, então escolha a sua opção preferida primeiro, ok? Confira, também, os dados relacionados com o turno do curso e o local de oferta.
  8. Após selecionar as 3 opções, você verá uma tela com todas as informações de confirmação. Veja se está tudo certo e clique em “confirmar”.
  9. Ao selecionar suas opções de curso desejadas e confirmar, você verá a tela com a inscrição realizada. A partir desse momento, é possível acompanhar a sua classificação, nota de corte no grupo de preferência e as vagas disponíveis.
  10. Ao longo de todo o período de inscrições, é possível alterar sua opção de curso desejada. Esse é um ponto que é essencial ter atenção, para fazer as alterações considerando a possibilidade de aumentar suas chances de aprovação.
  11. No último dia, vale dar aquela conferida para garantir que não tem erros na sua inscrição. Valerá a sua escolha presente no portal no momento de encerramento das inscrições. Um erro muito comum, por exemplo, é escolher o turno errado. Então, de olho nisso, ok?

Feito isso? Sua inscrição está válida e agora é torcer pelo resultado! As datas estarão previstas no edital, então dê uma lida atenta no documento para conferir isso quando terminar o prazo.

Documentos necessários caso você seja aprovado

Saiu o resultado e você foi aprovado para o financiamento? Em primeiro lugar, parabéns! Agora é o momento de separar todos os documentos que serão essenciais para a validação do seu financiamento.

Separamos quais serão os itens necessários tanto para os estudantes quanto, também, para o fiador do financiamento. Confira a seguir!

Documentos do estudante

O aluno aprovado deverá apresentar, no ato da contratação do financiamento pelo Fies:

  • CPF;
  • documento de identificação oficial com foto;
  • comprovante de residência;
  • caso faça Prouni, levar o termo de concessão da bolsa parcial;
  • caso o aluno for menor de 18 anos, deve trazer os documentos de seu responsável;
  • caso o aluno for casado, levar a certidão de casamento, CPF e documento de identificação do cônjuge;
  • documento de Regularidade de Inscrição (DRI), emitido pela CPSA.
Moça segurando cartão de CPF
O CPF é um dos documentos obrigatórios para se inscrever no FIES

Documentos do fiador

O aluno deverá ter um fiador também para fazer o processo, ou seja, a pessoa que fica responsável pelo financiamento caso o estudante não consiga arcar com as parcelas. Essa pessoa deverá apresentar:

  • CPF;
  • documento de identificação oficial com foto;
  • comprovante de residência;
  • comprovante de rendimentos, caso haja fiança convencional;
  • caso o fiador for casado, levar a certidão de casamento, CPF e documento de identificação do cônjuge.

Vale lembrar que há alguns critérios que também devem ser observados na hora de escolher essa pessoa de confiança para ser seu fiador. As regras são:

  • não pode ser cônjuge ou companheiro do aluno;
  • não pode ter benefício no Programa de Crédito Educativo;
  • não pode ser alguém que já tenha dívida com o Fies;
  • não pode estar vinculado ao Fies.

O impacto do Fies na democratização do acesso ao Ensino Superior

Para quem está terminando o Ensino Médio agora e, portanto, nasceu após os anos 2000, talvez não saiba disso, mas por muito tempo, o acesso ao Ensino Superior no Brasil era extremamente difícil e elitizado. Era muito difícil que alunos de baixa renda conseguissem ter acesso a uma formação, seja nas universidades públicas ou particulares.

As universidades públicas tinham vestibulares próprios que, normalmente, eram bem difíceis. Além disso, cada instituição tinha uma prova diferente. Então, por exemplo, se o aluno queria fazer uma prova para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e para a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), ele precisava se preparar para dois exames completamente diferentes!

Nisso, você já consegue imaginar o quão desgastante era, mas não é só isso.

Como cada instituição tinha sua prova, era preciso viajar para a cidade em que a prova aconteceria. Por exemplo, um aluno de Minas Gerais que quisesse tentar os vestibulares da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) precisaria viajar para essas três cidades em datas, geralmente, muito próximas.

Assim, era comum que, ao final do processo, o aluno estivesse bem desgastado ou, então, nem conseguir fazer as três provas, já que, também, era um processo custoso.

Ainda corria o risco de que as provas fossem na mesma dará. Com isso, ainda havia esse risco de se preparar ao longo de todo um ano para um exame e não conseguir realizá-lo.

Mas, e as instituições particulares?

Antes da existência dos programas de universalização do acesso, as mensalidades eram bem mais inacessíveis para maior parte da população. Algumas instituições contavam com programas de bolsas, mas era bem mais reduzido do que o modelo atual. 

Além disso, tínhamos bem menos instituições disponíveis. Por isso, as vagas eram mais disputadas e poucos alunos conseguiam ter acesso.

Por isso, programas como o Fies e, também, o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) e Programa Universidade para Todos (ProUni) fizeram a diferença para aumentar a diversidade no Ensino Superior.

Com eles, ficou mais fácil o acesso de alunos de baixa renda, além de pessoas de grupos minoritários, como pessoas negras, pardas, indígenas, com deficiência, quilombolas, entre outras. Isso ajuda para que elas possam ter maior ascensão social — e isso ´é comprovado em pesquisa científica.

Graduar-se em um curso de Ensino Superior (seja bacharelado, licenciatura ou tecnólogo) proporciona ao brasileiro uma remuneração média 144% acima em comparação daqueles que tenham só o Ensino Médio concluído. Ou seja, esse é um importante instrumento de melhoria de qualidade de vida do aluno e, também, de toda sua família.

Fies, ProUni e Sisu: as diferenças entre eles

Como você viu anteriormente, temos três programas essenciais para democratização no acesso ao Ensino Superior: o Fies, Prouni e Sisu. Sobre o Fies, você já acompanhou os detalhes sobre ele e sua importância. Mas e os demais? Quais as diferenças entre eles?

Confira mais a seguir e veja qual deles é a melhor opção para seus sonhos!

Sistema de Seleção Unificado (Sisu)

O Sisu é a principal plataforma de acesso ao Ensino Superior público no Brasil. Ele foi criado em 2010 para unificar os processos de inscrição nas universidades e faculdades públicas do país.

Lembra-se o que falamos sobre a dificuldade de muitos estudantes em terem acesso aos vestibulares, justamente, porque eles eram distantes e o processo era muito custoso? A ideia do Sisu era, justamente, resolver essa questão.

Segundo Fernando Haddad, o Ministro da Educação no período de criação do Sisu, essa foi uma das maiores conquistas para os jovens. 

O Sisu foi criado para dar liberdade aos jovens. Mesma regra do Prouni, duas enormes conquistas da nossa gestão. Educação é liberdade.

Fernando Haddad, Ministro da Educação no período de criação do Sisu.

O programa ocorre em chamada única a partir de 2024, no começo do primeiro semestre. Ele utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério de seleção. 

Pessoa segurando celular com tela do Sisu
O SISU tem chamada única e usa a nota do Enem

O aluno pode escolher entre duas opções de cursos em instituições públicas que façam parte do sistema. A cada atualização, você consegue acompanhar a nota de corte e mudar sua escolha, caso ache que não será aprovado.

O Sisu é sempre o primeiro programa que tem edital publicado, em comparação com o Prouni e Fies. Então, é sempre bom ficar atento às datas dele quando o edital sair, até mesmo se você estiver pensando em contar apenas com os demais programas.

A maioria das instituições públicas fazem parte do Sisu — em 2024, foram 127 instituições que ofereçam vagas no programa. Algumas exceções, que contam com vestibulares próprios, são:

  • Universidade de São Paulo (USP);
  • Universidade de Brasília (UnB);
  • Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT);
  • Universidade Estadual do Tocantins (Unitins);
  • Universidade Federal de Rondônia (Unir);
  • Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO).

Programa Universidade para Todos (ProUni)

O Programa Universidade para Todos (ProUni) também está entre as políticas de universalização de acesso ao Ensino Superior criadas nos anos 2000. 

A ideia era facilitar a entrada em instituições privadas a pessoas que não teriam condições socioeconômicas para arcar com o valor das mensalidades.

Assim, ele promove bolsas parciais (50%) ou integrais (100%) para alunos que tenham feito o Ensino Médio em escolas públicas ou como bolsistas integrais. Além disso, a renda familiar precisa estar dentro dos parâmetros exigidos no edital.

É um programa que utiliza a nota do Enem para classificação dos alunos. As inscrições são abertas duas vezes no ano e o aluno pode escolher entre duas opções de cursos e instituições. 

Nesse ponto, ele funciona de forma parecida com o Sisu: você pode mudar sua opção de escolha até o momento de encerramento das inscrições, sendo que valerá aquela que estiver ativa no momento de fechamento. 

A instituição escolhida precisa fazer parte do ProUni, então vale a pena conferir as opções quando a plataforma estiver aberta.

Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)

Você já conheceu mais sobre o Fies ao longo deste guia, mas vamos apresentar rapidamente outras características dele. A ideia é que o estudante tenha apoio financeiro, por meio de financiamento, para fazer a sua formação, seja diretamente com o Governo Federal, seja com recursos de instituições privadas.

Tour pela prova do Enem

Resumido: as principais diferenças e semelhanças entre Sisu, ProUni e Fies

Ok, para você entender melhor as diferenças e semelhanças entre cada um deles, vamos fazer um resumo com tudo que você precisa saber para escolher entre cada uma das opções.

As principais semelhanças entre eles são:

  • Os três são iniciativas do Governo Federal para facilitar o acesso ao Ensino Superior;
  • Todos possuem edital publicado pelo Ministério da Educação, com cronograma completo;
  • Todos utilizam o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior para as inscrições;
  • Todos utilizam a nota do Enem como critério de seleção.

Já as principais diferenças são:

  • Sisu é voltado para instituições públicas, enquanto ProUni e Fies são para instituições particulares;
  • O aluno aprovado no Sisu não terá custos com mensalidade ao longo do curso. No ProUni, ele pode pagar nada (bolsa integral) ou 50% do valor da mensalidade (bolsa parcial). No Fies ele pode pagar uma parte da mensalidade ao longo do curso (Fies clássico) ou só começar a pagar o financiamento ao final da formação (Fies Social);
  • O Sisu é universal, então todo estudante, independentemente da sua condição, pode optar por ele. Já ProUni e Fies, o aluno precisa cumprir os requisitos que, geralmente, são ter estudado em escola pública ou ter sido bolsista integral no Ensino Médio (ProUni) ou cumprir os critérios socioeconômicos (ProUni e Fies).

Diferenciais do Fies

O Fies é considerado uma novidade importante, justamente, porque ele tem diversos diferenciais em comparação com outras modalidades de financiamentos que os estudantes poderiam fazer. 

Afinal, outras instituições financeiras também oferecem esse tipo de serviço para o estudante que não tem condições de arcar com o valor integral do curso. Você sabia disso?

O Fies se destaca delas pelos motivos que apresentaremos a seguir!

Facilidade no acesso

A maioria dos financiamentos, de modo geral, fazem análises de crédito e podem excluir pessoas que tenham algum tipo de pendência em seu nome. No caso do Fies, o estudante não passa por esse tipo de análise, ou seja, mesmo que ele tenha enfrentado dificuldades financeiras anteriormente, ele não será excluído do Fies por isso. 

Inclusive, ele é feito para, justamente, facilitar o acesso para pessoas que tenham renda familiar menor e, ainda, proporciona mais benefícios para aqueles que estejam em situação mais delicada, com o Fies Social.

Juros baixos

Um dos principais diferenciais do Fies e que o torna tão atrativo para os estudantes é a taxa de juros reduzida. Com isso, o pagamento do financiamento fica mais acessível, com parcelas mais baixas e sem comprometer o seu rendimento quando começar a trabalhar. 

Afinal, ao começar sua vida profissional, as coisas precisam fluir com maior tranquilidade enquanto tudo é muito novo, não é mesmo? As taxas menores ajudam a proporcionar conforto para que você possa dar esses primeiros passos de forma mais segura.

Blocos de madeira de diferentes tamanhos com porcentagens e seta decrescendo
O FIES tem juros e parcelas baixas que tornam a faculdade acessível

Carência

O aluno não precisa se desesperar para começar logo a trabalhar após sua formação, com medo da dívida. Após a conclusão do curso, ele terá um período de carência de 18 meses para começar a pagar o financiamento — esse é um prazo médio em que as pessoas demoram para conquistar seu primeiro emprego.

Possibilidade do Desenrola no futuro

Mesmo com 18 meses de carência, sabemos que muitas questões podem acontecer ao longo da jornada do aluno, que podem fazer com que ele não consiga arcar com os custos. Imprevistos acontecem e isso pode roubar seu sono por muito tempo, ainda mais com o aumento da dívida, mesmo com os juros baixos.

Pensando nisso, o Governo Federal lançou o Desenrola Fies. Em 2024, ele foi essencial para renegociação de milhares de estudantes que tinham dívidas do seu financiamento e conseguir diminuição dos juros incidentes sobre os valores. 

Em alguns casos, alguns alunos conseguiram até 99% de abatimento no valor da dívida e 100% dos juros, dependendo do caso. A expectativa é que esse programa continue acontecendo periodicamente. 

Então, se você tem medo de tentar o Fies, justamente, pensando nesse tipo de questão, não se preocupe: caso aconteça imprevistos, você poderá solucionar, conseguindo, até mesmo, parcelar a dívida em até 150 parcelas mensais e sucessivas.

Como surgiu o Fies

O Fies foi criado no ano de 1999, pelo Ministério da Educação, ainda durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, baseado no modelo de Crédito Estudantil. Porém, com a criação das políticas de universalização do Ensino Superior a partir de 2002, o programa passou a ter diversas alterações.

Isso porque, ao longo do tempo, tanto a criação de novas universidades públicas e faculdades particulares, bem como a criação do Programa Universidade para Todos (Prouni) exigiu que o programa de financiamento se adaptasse à nova realidade.

Inclusive, recentemente, ele passou por duas mudanças bem significativas:

  • Lançamento do Novo Fies, que foi adotado pelo MEC no ano de 2018;
  • Criação do Fies Social, que trouxe ainda mais benefícios para os alunos, lançado em 2024.

Como o segundo reformulou o Fies e pode ser atrativo para boa parte dos alunos, vamos explicar melhor sobre ele a seguir!

Fies Social

Em 2024, o Ministério da Educação anunciou o lançamento do Fies Social. A ideia é que o programa permita a estudantes com renda menor a conseguirem financiar 100% dos encargos, ou seja, não precisam pagar mensalidade ao longo de toda a sua formação.

Ele só pode ser acessado por pessoas que se enquadrem nas seguintes regras:

  • Renda per capita de até um salário mínimo e meio;
  • Estarem inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

São mais de 100 mil estudantes que poderão conquistar seu financiamento integral com essas regras. Além disso, o programa prevê, também, reserva de vagas para:

  • Estudantes de baixa renda;
  • Pessoas com deficiência;
  • Pessoas que se autodeclarem pretas, pardas e indígenas.

Desafios do Fies

Apesar de ser um programa de alto impacto social, o Fies também enfrenta diversos desafios para que ele possa continuar existindo. Por isso, ele passa por tantas reformulações ao longo do tempo, como uma forma de torná-lo sustentável.

Mas quais são elas? Confira a seguir mais sobre cada um dos pontos que impactam o programa.

Impacto econômico

Fato é que o retorno do Fies é de longo prazo, ou seja, a possibilidade de ter mais brasileiros com Ensino Superior, com maiores salários e gerando consumo, gera retornos para os cofres públicos em um tempo muito maior. 

Porém, o impacto imediato é relativamente alto. Por isso, um dos grandes desafios é mantê-lo sustentável a curto prazo até que os resultados comecem a ser sentidos socialmente.

Inadimplência

Outro ponto é que, muitas vezes, os estudantes possuem dificuldades em conseguir pagar as parcelas do financiamento, especialmente quando há uma maior dificuldade de acesso a vagas de emprego após 18 meses de formado, ou quando fica desempregado ao longo do processo.

Antes do Desenrola Fies, em 2024, as dívidas do programa somavam 11,51 bilhões de reais. Com a renegociação da dívida, foi possível ter retorno de mais de 508 milhões de reais nos cofres públicos só com o valor da entrada.

Além disso, a dívida também pode ser um impeditivo para que o estudante consiga novos empréstimos e financiamentos. Por isso, outro desafio é conseguir ter um modelo que diminua as chances de inadimplência a médio e longo prazo.

Moça preocupada olhando contas
A inadimplência é um dos desafios do FIES

Otimizar a diversidade nas instituições particulares

Mudanças no que diz respeito aos grupos que ganham reservas de vagas (pessoas com deficiência, pretas e pardas, indígenas e quilombolas) mostra como esse é um ponto ainda em andamento, que tem sido cada vez mais estudado pelo Ministério da Educação: como proporcionar maior diversidade nas instituições particulares por meio do Fies.

A experiência positiva do Fies

Ao longo de mais de 20 anos de existência do Fies no modelo atual, ele conseguiu, com outros programas, proporcionar mudanças significativas na vida de muitas pessoas. Por exemplo, entre 2012 e 2017, o Brasil registrou crescimento de 20% no número de alunos de baixa renda que se formaram em faculdades privadas. Sem o programa, talvez isso não fosse possível.

As mudanças trouxeram pontos positivos, até mesmo, para as mantenedoras de Ensino Superior, sabia disso? Por exemplo, no lançamento do Fies Social, as ações dos principais conglomerados de educação do país subiram, demonstrando a confiança do mercado tanto sobre o programa em si quanto nos impactos positivos que isso proporciona para as próprias universidades e faculdades particulares.

Além disso, o Fies é um modelo que tem chamado atenção, até mesmo, de outros países. É o caso de Moçambique, em que o modelo foi apresentado ao governo local pelo MEC e está sendo estudado como um case de sucesso.

Outros tipos de financiamento estudantil

Nós falamos anteriormente que o Fies era uma das mais importantes possibilidades de financiamento estudantil, mas não era o único. Pois é, apesar desse ser o mais conhecido, ainda é possível contar com as instituições financeiras para ajudá-lo nesse momento.

Então, caso você não seja aprovado no Fies, há a possibilidade de contar com essa opção para viabilizar sua formação. Conheça mais sobre elas a seguir!

Financiamento diretamente com bancos

Diversos bancos públicos e privados possuem linhas de crédito próprias para financiamento estudantil, que são independentes do Fies. Por exemplo, algumas permitem que você possa financiar as 12 mensalidades de um ano em até 24 meses — o que costuma ser uma opção interessante para quem está nos anos finais.

Porém, vale sempre comparar as taxas e prazos das instituições, já que, diferentemente do Fies, os contratos tendem a ser semelhantes à de um empréstimo tradicional, inclusive, no que diz respeito à análise de crédito. Os juros também tendem a ser maiores em comparação com o Fies.

Financiamento com empresas de crédito

O modelo é semelhante ao dos bancos, porém, é concedido por empresas especializadas em crédito. Inclusive, algumas delas são criadas, justamente, para este tipo de serviço específico. Sim, há empresas especializadas em fornecer crédito para estudantes de graduação, cursos técnicos e de pós-graduação.

Porém, diferentemente dos bancos, eles proporcionam algumas questões que podem ser diferenciais importantes. Por exemplo, alguns permitem utilizar o cartão de crédito para pagar as mensalidades. Com isso, o estudante consegue ter maior flexibilidade na hora de fazer o pagamento.

Saiba também: no Stoodi, confira dicas para gabaritar inglês no Enem!

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Conte com o Fies para cursar as melhores graduações na Anhanguera!

A Anhanguera é uma das instituições que fazem parte do Fies. Então, se você quer dar seu passo para conquistar a melhor formação e começar a profissão dos sonhos, vem com a gente!

Conte com uma longa história de experiência na formação dos melhores profissionais para o mercado de trabalho, com cursos com ótimas avaliações no IGC, Enade e Ranking Universitário Folha. 

Aprenda com professores experientes na área de atuação, conte com programas que vão ajudá-lo a conquistar seu primeiro emprego rapidamente e fique tranquilo para começar a pagar as primeiras parcelas do Fies.

Conheça nossas opções de curso e comece sua jornada rumo a realizar seus sonhos com os melhores cursos de Ensino Superior!

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