Sabe aqueles temas que são assuntos-chave, sempre presentes nas provas? Estatística é um deles! Isso porque esse é um tema muito importante no nosso dia a dia e está presente não só na Matemática, mas em, praticamente, todas as áreas de conhecimento.
Estudar Estatística pode fazer a diferença na pontuação necessária para sua aprovação! Vem com a gente para saber mais sobre o assunto e aumente suas chances de gabaritar as questões que peguem essa temática!
O que é Estatística?
Estatística é uma área dentro da Matemática que aborda a coleta, análise, interpretação e apresentação de dados numéricos, que podem indicar tendências e padrões daquele grupo. É um dos campos com maior importância, principalmente, porque tem aplicações práticas muito importantes.
A Estatística pode ser dividida em dois campos:
- Estudo da coleta de dados em si: nessa parte, estuda-se como capturar os dados que realmente representam a amostra desejada, identificando conceitos importantes como amostra, população, variável e tipo de variável;
- Estudo da análise dos dados: nessa parte, estudam-se os processos de análise de dados, identificando como extrair padrões dos dados coletados e identificar padrões e saber como apresentar os resultados da melhor forma.
Fundamentos da Estatística
Para que você domine tudo sobre Estatística, é importante começar compreendendo quais são os principais fundamentos e conceitos dessa área. Os conceitos básicos, quando bem definidos, podem fazer toda a diferença na sua compreensão sobre os temas.
Separamos os principais que deve dominar. Veja a seguir.
População
Você pode encontrar esse conceito também com o nome de “universo” e fala sobre o conjunto de todos os elementos que estão sendo representados. Esses elementos podem ser:
- Objetos;
- Plantas;
- Animais;
- Seres humanos;
- Outros seres vivos, entre outras possibilidades.
Por exemplo, uma análise estatística sobre o perfil dos estudantes de uma universidade considera que o número total de alunos é a população (ou universo) da análise. Outro exemplo: se estamos fazendo uma análise estatística de um determinado modelo de carros, todos os que foram produzidos são o universo da pesquisa.
Amostra
Também poderá ganhar o nome de “espaço amostral”, é o subconjunto da população (ou universo) que será analisado estatisticamente. Isso porque, na maioria das vezes, não é possível analisar todo o universo.
Pense nas pesquisas eleitorais: não é possível entrevistas todos os eleitores do país. Então, os institutos de pesquisa fazem uma análise com uma amostra representativa da população brasileira e, por isso, os resultados se aproximam do real na apuração.
Em outras palavras, a amostra é o conjunto de indivíduos (sejam eles seres vivos ou objetos) consultados na pesquisa estatística. Ela deve ser representativa do comportamento ou das principais características daquela população.
Variável
A variável é o objeto de pesquisa da análise estatística, ou seja, que motiva a pergunta que está sendo analisada. Elas podem ser divididas em:
- Qualitativa: a variável está em busca de uma característica específica prevalente naquele universo. Por exemplo, o grau de escolaridade de pessoas que possuem cargos de liderança em empresas;
- Quantitativa: a variável visa ter como resposta um valor numérico. Por exemplo, o número de veículos que sofrem defeitos na fabricação em uma indústria automobilística.
Rol
Quando é uma variável quantitativa, os dados (números) podem ser organizados em um rol, ajudando na catalogação e análise dos dados. Além disso, ajuda a encontrar dados mais facilmente.
Tabela de frequência
A tabela de frequência diz respeito a forma de organizar os valores das variáveis. Podem ser divididas em:
- Frequência absoluta: identifica o número de vezes absoluto em que um dado se repetiu nas respostas;
- Frequência relativa: identifica a porcentagem de frequência com que um dado se repetiu nas respostas.
Representação por gráfico
É a forma como a resposta das análises estatísticas pode ser representada, de forma gráfica, para deixar a visualização ainda mais fácil. Algumas das principais formas são:
- Gráfico de linhas;
- Gráfico de barras;
- Gráfico de pizza;
- Pictograma;
- Gráfico de setores.
Moda
A moda é a busca pelo valor mais frequente em um conjunto de dados. Pode ser um dado interessante para identificar, por exemplo, melhor dia de vendas em uma empresa, vendo qual o dia em que há um número maior de vendas.
Em uma planilha, podem ser inseridos cada venda com o dia em que ela foi realizada. A data que aparecer na amostra mais vezes é a moda da sua amostra.
Média
A média é a soma de todos os valores de um conjunto de dados numéricos e divididos pelo número de elementos que compõem a amostra. Seu uso é mais indicado para analisar estatisticamente quando há uma uniformidade nos dados, sem muitas discrepâncias, ou o resultado pode não representar bem as características do grupo de dados.
Pode ser calculada com a seguinte fórmula:
Me = X1 + X2 + x3 +… + xn/n
Em que:
- X1, X2, X3, …, Xn: valores de dados;
- n: número total de elementos do conjunto de dados.
Por exemplo, em um grupo com 4 amigos que possuem idades parecidas, é possível calcular a média dos envolvidos. O cálculo fica assim:
Me = 18 + 20 + 20 + 23 / 4
Me = 81/4
Me = 20,25
Mediana
A mediana é o valor que aparece exatamente no centro de um conjunto de dados, que deve estar organizado em ordem crescente ou decrescente. Por exemplo, pense em um conjunto de alturas de um time de crossfit com 5 pessoas:
1,72m; 1,65m; 1,64m; 1,82m; 1,87m
Nesse caso, os dados não estão organizados. Para poder encontrar a mediana, vamos colocar em ordem crescente:
1,64m; 1,65m; 1,72m; 1,82m; 1,87m
Agora que eles estão organizados, podemos encontrar a mediana, que é a altura de posição nº 3:
1,72m.
Como estudar Estatística?
Estatística é um tema que aparece recorrentemente em provas como Enem e vestibulares como Fuvest, segunda fase da UERJ, entre outros. Por isso, ter uma estratégia eficiente para estudar esse tema será fundamental para o seu sucesso nas provas e conquistar aqueles pontos que farão a diferença na sua aprovação.
Separamos algumas dicas que ajudarão a potencializar seus estudos e facilitar a memorização e aprendizagem dos temas relacionados com Estatística.
Faça um bom planejamento
O planejamento é o seu melhor parceiro para alcançar os objetivos e metas de estudos e conseguir não só estudar, mas rever tudo sobre Estatística até a data da prova. Ajuda, inclusive, a não chegar no dia do exame sem ter visto algum ponto e redirecionar rotas caso aconteça algum imprevisto (por exemplo, adoecer e não poder estudar por alguns dias).
Esse ponto vale para todo o edital do exame, não só para o que diz respeito à Estatística. É o primeiro ponto que deve ser realizado, para garantir que todas as disciplinas e matérias sejam devidamente estudadas, revisadas e treinadas com exercícios.
Considere no seu planejamento de estudos, também, o seu tempo livre para poder se divertir e um tempo disponível caso alguma coisa dê errado. Com isso, se você passar uns dias sem estudar, terá um tempo para poder retomar os estudos, sem precisar se sacrificar para correr atrás do prejuízo.
Conte com bons materiais
Outro ponto importante é ter bons materiais de apoio ao seu lado para poder estudar. Eles precisam ser de qualidade e de fonte confiável, para garantir que não terão imprecisões que poderão ensinar algo errado para você e, também, ter um conteúdo mais completo em mãos.
Imagine, por exemplo, descobrir que a apostila que você está estudando não ensina conceitos importantes e que podem cair na prova. A surpresa de abrir seu caderno de prova e ver algo que não estudou poderá prejudicar completamente seu psicológico e perder questões importantes por nervosismo.
Então, na hora de escolher o material para estudar, foque naqueles que foram produzidos por professores experientes em preparação para Enem e vestibulares. O ideal, nesses casos, é contar com os melhores cursinhos pré-vestibulares.
Os materiais (que vão muito além de apostilas) são feitos por quem realmente domina o assunto e de forma didática. E, também, com tudo que realmente cai na prova, sem deixar de fora pontos importantes do edital.
Segmente o seu estudo
Separe as áreas da Estatística em blocos, para estudar um pouco por vez. Tentar dar conta de todo o tema de uma vez só pode impedir que perceba pontos em que há mais dúvidas ou questões que possa não ter entendido tão bem.
Além disso, esses blocões únicos tendem a cansar bem mais do que quando você separa os conteúdos em pequenas partes, fazendo com que renda mais e identifique mais facilmente suas dúvidas e questões.
Faça grupos de estudos com amigos
Estudar em grupo é uma ótima forma de diversificar sua rotina e, também, ajuda a enfrentar a sensação de isolamento, muito comum em muitos estudantes na preparação para Enem e vestibulares, principalmente, para quem faz cursinho online e, portanto, não tem contato constante com outros colegas.
Organize grupos de estudos com amigos que estejam passando por essa fase junto com você. Aqueles que dominam mais o tema poderão ter um passo novo de aprendizagem ao explicar para os colegas, sendo uma importante estratégia de fixação.
Para quem está com dúvidas, os amigos auxiliando a tirar dúvidas e explicando de forma didática pode ajudar a ter uma melhor visão sobre o assunto. E, também, os grupos ajudam a manter a motivação e o foco, com cada colega ajudando o outro nos momentos em que o desânimo bater.
Não hesite em tirar dúvidas
Em Estatística, como em diversas outras áreas da Matemática, dúvida acumulada volta depois e você paga um preço caro por isso. Então, não deixe questões em aberto acumularem.
Ficou com alguma questão em sala de aula? Converse com seu professor. A dúvida veio no seu cursinho online pré-vestibular? Encaminhe ela para os monitores ou professores e converse. Não deixe o momento passar.
O mesmo vale se você estiver fazendo um exercício e perceber que não sabe como respondê-lo. Chame seu professor ou monitor e pergunte. Se mesmo com a explicação, ainda não tiver entendido, não hesite em perguntar novamente. É melhor insistir nesse momento do que perder uma questão importante na sua prova.
Estude com diferentes tipos de conteúdos
Hoje, com o mundo digital, ficou muito mais interessante e mais fácil estudar tanto Estatística quanto outras áreas: é possível contar com vídeos, mapas mentais em imagens, conteúdos interativos, entre outras possibilidades.
A variação nos estímulos ajuda com que seu cérebro não fique condicionado e esteja sempre estimulado. Por exemplo, reler sempre a mesma apostila pode levar a desconcentração, desmotivação e ficar entediado, lendo sempre o mesmo tipo de material.
Além disso, algumas pessoas possuem maior facilidade para aprender com conteúdos de vídeo e esse tipo de formato pode ser mais interessante. Outras se sentem mais confortáveis lendo apostilas e fazendo os exercícios de fixação. Por isso, ter uma gama de tipos de conteúdos permite, também, que possa escolher aquele que é o melhor e mais confortável para sua rotina.
Faça exercícios de fixação
A resolução de problemas práticos será fundamental para fixar seu conhecimento em Estatística. A cada desafio realizado, você entenderá melhor os conceitos dessa área, conseguirá enxergar novas formas de resolver os problemas propostos e conseguirá se sentir mais seguro para avançar a cada passo para fazer questões mais complexas.
Esse tipo de ação não apenas ajuda a consolidar seus conhecimentos, mas também permite a você vislumbrar como aplicar a estatística em questões no dia a dia. Ou seja, é um conhecimento que será importante para além dos seus exames.
Faça isso como uma prática diária: a cada dia que estudar sobre Estatística, faça um exercício de fixação. Disciplina será a sua maior aliada nesse momento.
Refaça questões antigas das provas
Além dos exercícios de fixação, pegue provas antigas de Enem e vestibular e refaça as questões que já caíram sobre Estatística. Além de facilitar a fixação, também ajuda a se acostumar com o modelo da prova.
O Enem é uma prova que tem um perfil diferente de outras e, por isso, pode causar uma certa estranheza de começo. Ao fazer as questões que já caíram na prova, vai vendo como é o estilo da banca e ajuda a aumentar suas chances de acertar as questões.
Estatística como profissão
Uma curiosidade interessante sobre essa área é que essa é uma possibilidade, inclusive, de profissão! Existe a graduação em Estatística, que permite ao profissional a trabalhar como estatístico no mercado.
Ou, ainda, você pode fazer outras graduações relacionadas com a área (por exemplo, Matemática, Ciências Econômicas, Ciências Sociais, entre outras) e completar sua formação com uma pós-graduação em Estatística Aplicada.
O estatístico é o profissional responsável pela coleta, armazenamento, tratamento e análise dos dados para encontrar padrões e extrair informações relevantes que serão úteis para pesquisas, tornar negócios mais eficientes, entre outras possibilidades.
Se você tem curiosidade no assunto ou, ainda, se essa pode ser uma possibilidade interessante de profissão, conheça mais sobre as principais funções do estatístico a seguir.
Planejar pesquisa
Muitos estatísticos atuam, em grupo, para fazer o planejamento de pesquisa completo. Isso porque a parte estatística pode ser apenas uma parte de todo o processo, que será importante para novos passos na investigação.
Por exemplo, no contexto de um negócio que está fazendo uma análise de mercado, o estatístico pode trabalhar levantando dados de comportamento de mercado, perfil de público. Já outros profissionais estarão olhando para outras questões que, ao final, quando todo o processo for concluído, poderá resultar em uma pesquisa ampla que apoiará o lançamento de um produto.
Desenhar amostras
Para que a pesquisa estatística tenha, de fato, os efeitos esperados, a amostra tem que ser bem desenhada. Caso contrário, os resultados podem não ter relação com a realidade mesmo.
Por exemplo, ao pensar em uma pesquisa sobre os hábitos de leitura da população de uma cidade, se o recorte da amostra não for alinhado com o perfil real, o resultado será bem discrepante da realidade.
Por isso, essa é uma função importante do estatístico, que conta com técnicas específicas para fazer essa escolha. E saber disso pode ser importante não só para a prova em si, mas para saber se é do seu interesse atuar como pessoa que desenha as amostras para análises estatísticas.
Desenhar instrumentos de coleta de dados
Desenvolver instrumentos de coleta de dados é uma das funções mais importantes que o estatístico realiza. Isso porque, dependendo da forma como esse trabalho for exercido, pode inserir viés na pesquisa e inviabilizar o uso dos dados.
Por exemplo, ao criar questionários para coleta de dados, é preciso pensar em como conseguir ter as respostas para as perguntas feitas anteriormente, mas, ao mesmo tempo, sem criar um viés que poderia prejudicar a pesquisa.
Essa é uma função de muita responsabilidade, pois um problema aqui pode comprometer completamente os resultados futuros. E, além disso, ele deve ter uma capacidade analítica apurada para identificar qual o melhor instrumento para cada investigação realizada.
Realizar a coleta de dados
Muitas vezes, o estatístico vai a campo realizar a coleta de dados dentro da amostra definida para aquela pesquisa. Por exemplo, se estamos falando sobre pesquisas de intenções de voto, esse profissional pode ser o responsável por fazer as entrevistas na rua, ou por ligação (se a decisão for por esse modelo).
Analisar e processar dados
E, por fim, o estatístico também é responsável por analisar e processar os dados coletados. Para isso, ele aplica métodos estatísticos e ferramentas analíticas para conseguir ter resultados significativos e que possam trazer as respostas para as perguntas realizadas.
Ele deve saber, em primeiro lugar, fazer uma avaliação crítica, sabendo identificar os dados desviantes, fazendo limpezas nos dados quando necessário, deixando tudo preparado para a fase de análise de fato. Ou seja, ele atua com a parte de modelagem de dados.
Além disso, como há diversas técnicas de análise existentes, o estatístico escolhe aquela que é mais adequada para aquela situação (testes de hipóteses, regressão, análise de variância, entre outras possibilidades).
Outro ponto importante é que o profissional também é responsável por escolher as melhores ferramentas para análise. Com o avanço das soluções de big data e análise de grande volume de dados, hoje é possível ter um alto volume de informações gerando insights de forma contínua. Mas, para isso, é preciso ter a melhor ferramenta ao lado e será esse profissional o responsável pela escolha.
Aplicações da Estatística no cotidiano
Tanto Enem quanto outras provas apresentam os conteúdos de forma contextual, na sua aplicação prática, mostrando como aquele conhecimento é aplicado no cotidiano, desde o dia a dia quanto, também, em algumas profissões.
Entender isso ajuda, inclusive, a identificar melhor quando o tema surgir em sua prova e arrasar na questão. Por isso, separamos algumas das principais aplicações práticas da Estatística no cotidiano.
Estatística em Pesquisa Científica
Esse é um dos campos mais importantes e nos quais a Estatística é mais utilizada no cotidiano. Muitas pesquisas científicas só são possíveis a partir da aplicação dos conhecimentos dessa área e só é possível termos alguns avanços importantes, com segurança, a partir disso.
Por exemplo, a estrutura dos testes na área de saúde é baseada, justamente, na Estatística. Pensemos a criação de medicamentos, que passam por três fases: só é possível que eles avancem, etapa a etapa, se eles se mostrarem seguros na fase anterior, estatisticamente falando.
Se os dados apontam que um medicamento pode ter uma alta taxa de efeito placebo, ou que não há correlação entre melhoria e o uso do remédio, ele não avança, pois não demonstrou segurança o suficiente.
A validade de muitos estudos científicos é baseada, justamente, no grau de confiança e robustez que a parte estatística apresenta. Se ela é fraca, é um estudo com pouca evidência e, por isso, seus resultados podem não ser tão representativos assim.
Mas não é só na área de saúde que a Estatística é uma aliada essencial na Pesquisa Científica. Ela ajuda, por exemplo, na compreensão de fenômenos importantes. Por exemplo, uma parte importante do processo do Projeto Genoma, que permitiu a decodificação do DNA humano, partiu, também, de analisar as similaridades estatísticas das descobertas, identificando quais eram um padrão e quais não eram.
Na área de Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas, não é diferente. Por exemplo, ela pode ser utilizada para identificar tendências de comportamento em um grupo social.
Estatística na Educação
A Estatística é uma aliada tão importante na área da Educação que o próprio Ministério da Educação (MEC) disponibiliza um material para ensinar os profissionais da área a adotá-la. E, também, é um importante instrumento de fornecimento de dados importantes para promover mudanças significativas nessa área.
Em uma esfera menor, por exemplo, a estatística pode ser importante para que professores identifiquem a performance média de uma turma em um período. Se uma turma inteira tirou notas relativamente baixas em um bimestre, pode ser sinal de que é necessário fazer uma intervenção, pois os processos de ensino e aprendizagem não estão sendo bem-sucedidos.
Em uma esfera um pouco maior, pensando na escola como um todo, corpo docente, diretoria e coordenação pedagógica pode utilizar os dados estatísticos do grupo de alunos para pensar em políticas e ações que sejam essenciais para a permanência dos alunos.
Por exemplo, se a maioria deles realiza a maioria das refeições no ambiente escolar, pode-se pensar em medidas para oferecer mais opções e manter os alunos engajados a continuarem frequentando o espaço. E isso é visto, justamente, com a análise estatística.
Em uma esfera macro, pensando nas políticas públicas de educação, elas são pensadas, justamente, a partir dos resultados das análises estatísticas feitas em todo o território nacional.
Por exemplo, dentro da Pesquisa Diversidade na Escola foi feita em 501 escolas de 27 Estados, respeitando a proporcionalidade das matrículas por região demográfica para definir a amostra. A partir de formulários, foi possível a chegar a resultados importantes, a fim de criar políticas públicas de combate ao preconceito no ambiente escolar.
Por exemplo, a pesquisa evidenciou um índice elevado de atitude preconceituosa de gênero (38,2%) e geracional (37,9%). E que o índice de conhecimento de práticas discriminatórias teve valores maiores nas situações em que a pessoa sofria preconceito por ser negro (19%), por ser pobre (18,2%) ou homossexual (17,4%).
Ou seja, em todas as escalas, desde questões pontuais e locais a análise da educação no Brasil como um todo, a Estatística se torna uma grande aliada para proporcionar informações o suficiente para gerar mudanças importantes nessa área.
Estatística e Tecnologia
Estatística e Tecnologia possuem uma relação muito mais próxima do que você imagina, sabia disso? O que não faltam são exemplos de como isso ocorre, mas vamos trazer alguns que estão mais próximos da sua realidade.
Quando um serviço de Streaming é acessado e você assiste um filme, ao final, receberá algumas indicações de outros conteúdos que possam ser interessantes. E quanto mais você usar, mais preciso esse sistema de recomendação vai ser.
Mágica? Não, estatística. Esses sistemas algorítmicos de modelos preditivos são baseados em Machine Learning (Aprendizado de Máquina). Esse processo permite analisar um alto volume de dados e predizer algumas situações de acordo com o comportamento do usuário.
O que o algoritmo faz é reconhecer seus padrões de uso (por exemplo, quais filmes assistiu até o final, quais desistiu, temáticas de interesse, a frequência com que utiliza o serviço, entre outros) e define, por aproximação, um perfil de uso – você é inserido em uma amostra.
Estatisticamente, pessoas que tenham um perfil próximo ao seu tendem a fazer caminhos parecidos com os que o algoritmo está recomendando. E quanto mais você e outros usuários utilizam o serviço, mais preciso ele fica, pois são mais informações sendo analisadas.
Outro exemplo, bem simplificado, é como funciona o algoritmo do Google para oferecer uma resposta para sua pergunta. O buscador possui diversos critérios complexos, mas essencialmente, os resultados que aparecem no topo são aqueles que possuem maior possibilidade de oferecer a resposta para sua questão.
Duas pessoas podem fazer a mesma pesquisa e vão encontrar resultados que podem ser diferentes. Por que isso acontece? Porque ambas estão incluídas em amostras diferentes no buscador.
Por exemplo, se você, aluno do Ensino Médio, pesquisa sobre “bala” no Google, ele provavelmente vai apresentar o doce nos primeiros resultados. Já para alguém que trabalha na área de segurança, pode encontrar como resposta o projétil utilizado nas armas.
Essa diferença é porque vocês estão em amostras diferentes e, estatisticamente, alunos do Ensino Médio estão muito mais propensos a buscar o doce quando fazem essa pesquisa. Essas análise são feitas em fração de segundos, por algoritmos sofisticados e de alta precisão.
Estatística e Big Data
Esse é um desdobramento do uso da Estatística na área de Tecnologia. O Big Data é uma tecnologia que permite a captura de um alto volume de dados, armazená-los, tratá-los e processá-los rapidamente.
Ele tem sido utilizado em diversas áreas e a tendência é que, com o desenvolvimento dessa área, ele continue ganhando ainda mais força. As análises que ele realiza são, justamente, estatísticas, já que extrai padrões do banco de dados que alimenta o sistema.
Por exemplo, ele tem sido utilizado para medicina de precisão, refinando os diagnósticos, principalmente aqueles que são mais difíceis, como casos em que há mais de uma condição presente não-diagnosticada e, por isso, o médico pode ter dificuldade de fechar um diagnóstico.
Com a análise dos dados do paciente e o uso do sistema, ele analisa um grande banco de informações de saúde que estão relacionados com os sintomas e sinais trazidos pelo paciente. E, com isso, consegue apontar, com precisão, o potencial diagnóstico com maiores chances estatísticas de acerto.
Outra área que também tem utilizado muito as análises estatísticas de Big Data é o marketing digital. Analisando os resultados de performance gerados a todo momento, de forma atualizada, os profissionais conseguem identificar cenários de crise e contorná-los rapidamente.
Estatística em Tomadas de Decisões
Com a popularização de softwares que trabalham com Big Data, as empresas, governos e organizações começam a querer trazer esses benefícios. Afinal, é possível ter uma análise de um volume muito maior de dados com maior precisão e em menos tempo e ter insights que não seriam possíveis de outra forma.
Por exemplo, uma empresa analisar os dados de vendas de centenas de filiais ao longo de um ano poderia ser demorado e custoso. Com o Big Data, essas informações são analisadas e atualizadas em tempo real.
Ou seja, um gestor consegue, por meio da Estatística, saber em tempo real se há um cenário de crise aparecendo e saber como agir mais rapidamente para evitar que prejuízos aconteçam. Assim, as tomadas de decisões se tornam muito mais eficientes, por meio da previsão de dados.
Existe até um termo para isso: Business Intelligence, ou seja, Negócios Inteligentes. Porém, por mais que esse termo esteja ligado com o mundo empresarial, o uso dos dados estatísticos de maior precisão tem sido utilizado em diversos cenários.
Eles ajudaram, por exemplo, para que muitos países conseguissem fazer um controle mais preciso da pandemia, identificando zonas de maior contágio e intervindo diretamente para minimizar os impactos no período.
Como Estatística é cobrada no Enem?
Bom, agora que você chegou até aqui, já domina bem mais o tema e é hora de saber como Estatística costuma ser cobrado no Enem. Esse é um tema que aparece de diversas formas:
- de forma indireta (ou seja, quando dados estatísticos são o ponto de partida de uma questão);
- na redação (quando a interpretação dos dados analisados são fonte importante para a elaboração da argumentação ou, então, para compor a competência 2, relacionada com seu repertório cultural);
- de forma direta (quando a questão pede que você utilize os conceitos de Estatística para resolução).
Nesse último ponto, podemos afirmar: é um tema que cai bastante, praticamente todo ano. Por isso, para quem está em busca de cursos concorridos, perder pontos dessas questões pode prejudicar seus resultados.
Ele pode cair com a presença de gráficos, pedindo que o aluno faça a análise e comparação dos dados. Outra forma é apresentar as informações dessa forma e, a partir dos padrões apresentados, indicar que o aluno faça a previsão do próximo ponto.
O histórico do Enem aponta, também, que sempre há presença de questões envolvendo média simples e média ponderada. Se tem dúvidas sobre esse tema, vale a pena dedicar um tempo maior para elas.
Outros dois conceitos que caem bastante é desvio padrão e variância. Mas relaxe! Não com o intuito que você calcule isso, pois tende a ser um conhecimento mais avançado para os padrões do Ensino Médio. Mas faz parte dessa temática saber interpretar valor de variância e desvio padrão.
Então vai aí uma dica: quanto maior for o valor de ambos, mais regulares são os dados. Isso poderá ajudá-lo em alguma questão interpretativa sobre o assunto.
Veja também: no Stoodi, descubra mais dicas de como estudar matemática para o Enem!
Dominar estatísticas ajuda a conseguir as melhores pontuações nos exames
Estatística é um conteúdo que não cai de forma complexa no Enem, então se você dominar o assunto, são pontos certos que terá em sua prova de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias. E, por isso, é importante ter um preparatório que ensinará tudo que precisa para arrasar no exame.
Com o Stoodi, você conta com professores altamente capacitados, monitores que estarão ao seu lado nesse momento, além de mais de 6 mil conteúdos exclusivos e 30 mil exercícios de fixação.
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