Economia é aquele tema que geralmente divide os estudantes em dois grupos: aqueles que amam e adoram mergulhar nos estudos sobre o assunto e quem pode não curtir muito o tema. Mas para quem está estudando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou para outros exames (como Fuvest), fato é: você precisará dominar o tema.
Afinal, com certeza cairá alguma questão que aborde direta ou indiretamente o assunto. Para ajudá-lo, separamos tudo que você precisa saber sobre Economia no Enem e as diferentes formas que ela pode aparecer na prova.
Vamos nessa!
O que é a Economia?
Em primeiro lugar, precisamos ter bem claro o que é, de fato, a Economia. Essa é a ciência voltada para analisar como os indivíduos, sociedade, empresas e governos tomam decisões sobre alocação de recursos e finanças públicas, para satisfazer necessidades e desejos.
Ou seja, ela está muito mais presente em nosso dia a dia do que imaginamos, não é mesmo?
De forma simplificada, esse campo pode ser dividido em duas áreas: microeconomia e macroeconomia.
Microeconomia
Essa área é voltada para analisar os comportamentos individuais tanto de consumidores quanto de empresas. Assim, os pesquisadores dessa área estudam como os agentes econômicos tomam decisões voltadas para consumo, produção e preço de bens e serviços.
Alguns dos temas que a microeconomia estuda são:
- Teoria da oferta e demanda: analisa as relações entre a quantidade de bens e serviços oferecidos pelos produtores e a quantidade demandada pelos consumidores e como isso pode determinar ou influenciar os preços no mercado;
- Teoria do consumidor: analisa como as pessoas tomam decisões relacionadas com gastar seu dinheiro, baseado em preferências e restrições orçamentárias.
Macroeconomia
Já a macroeconomia é voltada para analisar a estrutura econômica como um todo. Estuda campos que são mais complexos e envolvem mais questões, como crescimento econômico, inflação, desemprego e políticas monetárias e fiscal. Também pensam em como dar suporte para criação de políticas econômicas.
Alguns dos principais tópicos de macroeconomia são:
- Análise de crescimento ou queda de Produto Interno Bruto (PIB): esse indicador mede o valor total de bens e serviços produzidos em um país produzido em um determinado período (geralmente, ao longo de um ano);
- Economia internacional: como questões externas podem afetar o cenário interno e, também, questões relacionadas com comércio internacional;
Economia no Enem e vestibulares — o que preciso saber sobre o assunto?
Na Matriz de Referência do Enem — ou seja, o guia que contém todos os assuntos que podem cair no exame —, não temos um tópico específico sobre Economia. Isso porque, diretamente, esse realmente não é um tema abordado no Ensino Médio, mas sim nos cursos de Ensino Superior.
Na verdade, a palavra “economia” aparece apenas duas vezes no documento: ao falar sobre a economia agro-exportadora brasileira, na prova de Ciências Humanas e Suas Tecnologias.
Nos exames próprios de outras universidades (como Fuvest, Vunesp, entre outros), esse é um tema que também não aparece diretamente nos editais. Justamente, por ser um tema que não é muito aprofundado nessa fase de ensino.
Ok, mas então, por que eu preciso saber sobre esse assunto? Porque ele tangencia diversos outros temas que, aí, sim, podem aparecer na sua prova. Quer ver alguns exemplos? São eles:
- Globalização e os efeitos sobre a economia;
- Modelos teóricos econômicos que influenciaram movimentos históricos e sociais (liberalismo, neoliberalismo, marxismo, entre outros);
- Relação do ser humano com o meio ambiente e impacto das atividades econômicas;
- Crises econômicas que levaram a mudanças sociais;
- Transformações nas estruturas produtivas (como a Revolução Industrial);
- Mercado de trabalho, questões sobre desemprego e condições de trabalho;
- Porcentagem e juros na prova de Matemática;
Analisar gráficos e estatísticas econômicas para questões de Matemática.
Mas, além disso, tem outro ponto que exige sua atenção: a redação. Como esse é um ponto que sempre prioriza assuntos atuais, eventualmente pode, sim, cair um assunto que está direta ou indiretamente relacionado com Economia.
Por exemplo, em 2019, o tema da redação do Enem foi “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”. Nesse ano, você poderia abordar a questão por um viés que ligasse o acesso à cultura com a movimentação da economia, fortalecendo a indústria artística.
Como a Economia pode aparecer nos exames?
Como você pode perceber, a Economia é um tema que aparece indiretamente em muitas questões, sendo o pano de fundo de discussões importantes que poderão ser feitas nas questões (por exemplo, relacionadas com momentos históricos) ou, então, na redação.
Geralmente, ela vai aparecer de forma interdisciplinar, ou seja, correlacionado com outros temas, como sociologia, filosofia, história e geografia. Então, dê um gás nos seus estudos nessas disciplinas, ok?
Como são diversas as formas que esse campo pode aparecer, separamos alguns dos principais temas correlacionados e como eles podem aparecer no seu exame. Confira a seguir!
Noções básicas de Economia
Como a Economia não é uma área vista muito a fundo no Ensino Médio, o Enem não vai cobrar muitos conceitos pesados dessa área. Mas entender algumas noções básicas já pode ajudar a entender algumas questões que aparecerem na sua prova.
Isso pode, ainda, ampliar suas concepções sobre alguns temas e ajudar, até mesmo, em bons insights para sua prova de redação. Por exemplo, entender sobre o que é macroeconomia e microeconomia, como viu anteriormente, pode ser um ponto de partida para alguma redação que aborde sobre tecnologia e trabalho. O que acha?
Então, vamos a alguns conceitos a seguir que podem ajudá-lo.
Escassez e necessidades
Para algumas correntes da economia, a ideia de escassez é um conceito central. Isso porque os recursos disponíveis (como terra, trabalho, capital e energia) são finitos. Já as necessidades e desejos humanos não necessariamente são.
Assim, a função da economia é conseguir gerar esse equilíbrio para permitir a alocação de recursos com maior eficiência e conseguir satisfazer o maior número possível de necessidades humanas.
E se você pensou aqui sobre a importância da sustentabilidade quando falamos em escassez, está certo! A Economia também considera como é possível fazer isso sem prejudicar os recursos naturais para essa e para as próximas gerações.
Oferta e demanda
A oferta e demanda são considerados os pilares do mercado. O primeiro conceito fala sobre a quantidade de um bem ou serviço que estão disponíveis para venda ou contratação a diferentes preços.
Já a demanda representa a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores estão dispostos a comprar. Assim, o equilíbrio entre esses dois conceitos está ligado com o preço de mercado.
Para algumas correntes econômicas (não todas!), funcionaria da seguinte forma: quando a demanda é maior que a oferta, os preços tendem a subir; já quando a oferta é maior do que a demanda, os preços tendem a cair.
Modos de produção
Esse é um tema que aparece bastante ligado aos conteúdos de História, pois estão diretamente relacionados com determinadas épocas e fases. Os modos de produção estão relacionados com as formas como uma sociedade organiza a produção de bens e serviços.
Eles refletem as relações sociais e econômicas de um tempo e espaço e ajudam a entender não só a evolução econômica, mas também muitos fatos que ocorreram em sequência.
Por exemplo, a saída do modo de produção feudal para o capitalista está diretamente relacionado com a Revolução Industrial. Essas relações podem aparecer em suas questões, então atenção a isso!
Conheça a seguir mais sobre os principais modos de produção.
Modo de produção primitivo
Esse modo é caracterizado pela economia de subsistência, no qual as comunidades dependiam da caça, pesca e coleta para sobreviverem. Nesse momento, ainda não havia propriedades privadas e os recursos eram compartilhados entre todos. Já as relações sociais eram pautadas pela cooperação e divisão igualitária tanto do trabalho quanto dos bens.
Modo de produção escravista
A base econômica nesse período girava em torno do comércio de pessoas escravizadas. Elas eram consideradas propriedades de seus senhores e não eram consideradas indivíduos com direitos.
Esse modo de produção foi predominante em civilizações da Antiguidade, como a grega e a romana. A produção era voltada tanto para a subsistência quanto para acumulação de riqueza pelos proprietários de escravos.
Modo de produção feudal
Essa foi a base econômica principal do Feudalismo, sistema presente na Europa medieval. Nesse modo de produção, a principal fonte de riqueza era a terra, que estava no controle da nobreza.
Os camponeses (também chamados de servos) trabalhavam nas terras dos senhores feudais (os nobres) em troca de proteção e o direito de cultivar em parcelas de terra para sua subsistência. Assim, era um modelo regido por vínculos de servidão e obrigações mútuas entre senhores e servos.
Modo de produção capitalista
O modo de produção capitalista é caracterizado pela existência da propriedade privada dos meios de produção e, também, pela fabricação de bens e disponibilização de serviços para o mercado.
Os capitalistas (proprietários dos meios de produção) empregam trabalhadores assalariados para produzir mercadorias, com o objetivo de gerar lucro. Alguns dos elementos centrais desse modo são:
- Competição;
- Acumulação de capital;
- Inovação tecnológica.
Modo de produção socialista
Nele, os meios de produção são de propriedade coletiva (ou seja, são de toda a população) ou, então, pertence ao Estado. A proposta desse modo é eliminar as desigualdades econômicas e proporcionar bem-estar social para todos.
A produção, diferentemente do modo capitalista, é planejada centralmente e distribuída conforme a necessidade da população, sem gerar excessos.
Teorias econômicas fundamentais
As teorias econômicas são criadas por estudiosos da área, que tentam encontrar padrões que permitiriam a economia a funcionar em equilíbrio e gerar o bem-estar da sociedade. Muitas delas estão ligadas com o momento histórico em que foram criadas ou influenciaram em mudanças posteriores.
Vamos conhecer mais sobre as principais delas a seguir.
Teoria clássica
Também conhecida como “liberalismo”, ela foi desenvolvida por economistas como Adam Smith, David Ricardo e John Stuart Mill. O nome “liberalismo” vem, justamente, da ideia de que o mercado é autorregulado e, por isso, ele deve ser liberado de interferência para poder alcançar eficiência econômica.
Alguns dos seus princípios são:
- Livre mercado: quando ele não sofre interferências dos governos, ele alcança naturalmente um equilíbrio entre oferta e demanda;
- Lei das vantagens comparativas: cada região deve se especializar na produção dos bens em que possui vantagem comparativa, ajudando a promover o comércio internacional;
- Teoria do valor-trabalho: o valor de um bem é determinado pela quantidade de trabalho necessário para produzi-lo.
Teoria Keynesiana
Criada por John Maynard Keynes, ela contrapõe a teoria clássica, argumentando que a Economia nem sempre se autorregula de forma eficiente e que, em muitos momentos, será preciso sim uma intervenção governamental para estabilizar a situação, especialmente em cenários de crise.
O Keynesianismo (outro nome para essa teoria) fundamentou o Plano Marshall, criado para reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial. A ideia era que o Estado atuasse para controlar a inflação nos países que haviam sido destruídos no confronto.
Algumas de suas principais ideias são:
- Demanda agregada: a soma do consumo, investimento, gastos públicos e exportações líquidas é o principal motor da economia;
- Política fiscal: os governos devem atuar utilizando políticas fiscais (como ajustes de impostos e gastos públicos) para aquecer a economia e influenciar a demanda agregada, ajudando a combater recessões.
Teoria marxista
Ela analisa a economia a partir de uma análise materialista histórico-dialética, na perspectiva das classes sociais e das relações de produção. Ela influenciou, por exemplo, a Revolução Russa de 1917, com a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Estão entre seus principais conceitos:
- Luta de classes: a história da sociedade é marcada por lutas entre classes que são proprietárias dos meios de produção e de subalternos;
- Mais-valia: confronta a ideia da teoria clássica do valor-trabalho, apontando que existe uma diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago aos trabalhadores, que é apropriada pelos capitalistas;
- Crises do capitalismo: faz uma crítica ao capitalismo, definindo-o como instável e propenso a crises periódicas devido às suas contradições.
Teoria neoclássica
Criada no final do século XIX, ela considera que o indivíduo deve decidir como agir na esfera econômica consultando apena a si mesmo e que há uma autorregulação no mercado de trabalho. Estão entre seus principais conceitos:
- Utilidade marginal: o valor de um bem é determinado pela utilidade adicional que ele proporciona ao consumidor;
- Equilíbrio geral: os mercados tendem a um equilíbrio geral, no qual oferta e demanda se igualam;
- Racionalidade: os indivíduos são sempre levados a tomarem decisões racionais para maximizar a utilidade do bem ou serviço adquirido (no caso dos consumidores) ou, então, para potencializar seus lucros (no caso das empresas).
Economia e meio ambiente
Um dos temas mais em alta no momento, especialmente devido às questões relacionadas com mudanças e catástrofes climáticas, a relação entre Economia e meio ambiente pode aparecer de diversas formas na sua prova.
Uma delas é na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, abordando de forma contextual os impactos da economia sobre os biomas. Com isso, geralmente aparece relacionado com temas da área de Biologia.
Outra possibilidade é, também, aparecer na prova de Ciências Humanas e Suas Tecnologias, ao abordar a mesma correlação, mas a partir da geografia econômica. E, ainda, há uma terceira possibilidade, que é a mais provável: aparecer como tema de redação do Enem.
Vamos entender mais sobre essas correlações a seguir.
Economia e sustentabilidade
Economia e sustentabilidade, por muito tempo, pareceram serem inimigas uma da outra. Mas não é bem assim. A própria ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressalta isso:
A natureza tem valores que, muitas vezes, a forma e o estágio em que nos encontramos ainda não conseguiram alcançar. Em algum momento, vamos descobrir que esses valores existem e que talvez possam ser precificados.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
A sustentabilidade econômica busca um desenvolvimento que consiga atender às necessidades do presente, mas sem comprometer os recursos naturais e a existência dos seres no futuro. Ou seja, é voltada para o uso racional dos recursos naturais e medidas de redução de impactos ambientais.
Entra também nesse tópico o desenvolvimento sustentável, um conceito central nessa área. Ele fala sobre a adoção de práticas que permitam o uso eficiente dos recursos naturais, sem prejudicar o desenvolvimento econômico.
Estão entre as possibilidades o investimento em tecnologias limpas, geração de energia renovável, economia verde, recriação de biomas, entre outras possibilidades. Envolve, também, mudanças em padrões de produção e consumo e, também, políticas públicas que incentivem a inovação e a sustentabilidade.
Impacto econômico das questões ambientais
Outro potencial tema de redação e que correlaciona meio ambiente e Economia são os impactos econômicos diretos e indiretos gerados a partir das questões ambientais. Esse é um assunto que ganha ainda mais força após as catástrofes climáticas ocorridas no Rio Grande do Sul (RS) em 2024.
Mas, além dos danos diretos causados em situações de calamidade, ainda há circunstâncias em que os problemas ocorrem de forma indireta. É o caso, por exemplo, de como isso afeta a produtividade agrícola, redução de disponibilidade de água, entre outros pontos.
Impacto das políticas públicas na Economia
As políticas públicas desempenham um papel direto na orientação e funcionamento da Economia de um país. Elas podem interferir diretamente em pontos essenciais, tais como:
- Crescimento econômico;
- Distribuição de renda;
- Nível de emprego;
- Estabilidade macroeconômica.
A implementação de políticas públicas pode ajudar, também, no ponto anterior: a promover o desenvolvimento sustentável — inclusive, essa é uma dica interessante de intervenção em uma redação sobre o assunto. Já políticas que não sejam bem formuladas podem levar, justamente, ao problema oposto: desequilíbrios econômicos e sociais.
Confira a seguir algumas possibilidades que podem aparecer, nesse caso, especialmente na redação, mas, também, no seu caderno de Ciências Humanas e Suas Tecnologias.
Políticas fiscais
As políticas fiscais envolvem o uso de receitas e despesas do governo para influenciar a Economia. Muitas vezes, pode-se optar por aumentar seus gastos ou, então, reduzir impostos, como uma forma de estimular a economia.
Geralmente elas são adotadas em tempos de recessão, como uma forma de gerar empregos e incentivar o crescimento econômico. Ao mesmo tempo, também é possível contar com políticas fiscais de austeridade, como aumento de impostos ou corte de gastos. Nesse caso, o objetivo é tentar controlar a inflação, os gastos públicos e equilibrar o orçamento.
Políticas monetárias
Geralmente as políticas monetárias são controladas pelo Banco Central do Brasil (Bacen). Nesse caso, ele é responsável por regular a oferta de dinheiro e taxas de juros na economia.
Para você entender o impacto que isso pode causar: quando as taxas de juros são reduzidas, é uma forma de tornar empréstimos mais baratos e aumenta o consumo e investimento, aumentando a atividade econômica.
Já aumentar as taxas de juros podem ser uma forma de frear a inflação em momentos que ela está avançando muito, como uma forma de tentar preservar o poder de compra da população. Porém, também pode ser responsável pela desaceleração do crescimento econômico a longo prazo.
Políticas de distribuição de renda
Outra importância das políticas públicas é para a redistribuição de renda, visando reduzir a desigualdade econômica. Em outras palavras, estamos falando dos programas de bem-estar social que ajudam tanto no aumento do poder de compra de muitas pessoas quanto, também, para proporcionar serviços públicos gratuitos ou subsidiados.
No Brasil, estão entre alguns dos principais programas de bem-estar social:
- Bolsa Família;
- Programa Universidade para Todos (ProUni);
- Fundo de Financiamento Estudantil (Fies);
- Programa Minha Casa, Minha Vida, entre outros.
Essas políticas são voltadas não só para reduzir desigualdades, mas permite que muitas pessoas possam voltar a consumir, movimentando a macroeconomia.
Globalização econômica
Um tema que sempre aparece nos exames de acesso ao Ensino Superior, seja o Enem, seja os vestibulares próprios, é sobre a globalização. Com as tecnologias digitais, esse é um ponto que tem estado cada vez mais ganhando força, diminuindo cada vez mais as fronteiras entre países.
Questões relacionadas com a integração crescente das economias, o aumento do comércio internacional e das possibilidades de investimento direto estrangeiro podem aparecer, especialmente, na área de geografia econômica e, também, na proposta de redação.
O fenômeno da globalização tem profundas implicações tanto para as economias globais quanto, também, para as locais e elas podem ser tanto positivas quanto negativas. Veja a seguir alguns pontos que podem aparecer nas questões.
Aumento do comércio internacional
Os acordos de livre comércio e integração entre países pode aparecer, justamente, como um efeito da globalização e, consequentemente, o crescimento do comércio internacional. Isso tem levado à redução de barreiras comerciais e tem incentivado a exportação e importação de bens e serviços.
Tecnologias digitais e globalização
Outro ponto que pode aparecer é a relação entre as tecnologias digitais e a intensificação dos processos de globalização. O uso da internet e o aumento das tecnologias móveis, bem como também da economia digital podem ser temas abordados, por exemplo, em questões de geografia e na redação.
Intensificação das desigualdades e dependência econômica
A globalização não tem apenas efeitos positivos. Ela também pode ser responsável por exacerbar as desigualdades econômicas. Isso porque os seus efeitos não são sempre distribuídos uniformemente.
Além disso, um dos efeitos que pode ocorrer a partir desse desequilíbrio e intensificação das desigualdades é criar uma maior dependência econômica dos países do Sul Global em relação ao Norte Global. Isso também aumenta a vulnerabilidade de determinadas economias a eventuais choques externos.
Economia digital
A economia digital diz respeito às atividades econômicas que cada vez mais ocorrem exclusivamente no ambiente digital. Ela tem crescido bastante com a expansão da digitalização e com o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para a área financeira, como o blockchain e criptomoedas.
Um dos pontos que pode ser abordado aqui é sobre, justamente, as contradições entre liberdade e facilidade e segurança que ativos como criptomoedas podem proporcionar. Por serem irrastreáveis, elas possuem uma dupla característica: protegem a privacidade de muitas pessoas, ao mesmo tempo que é utilizada por muitos criminosos.
Outro ponto que merece atenção dentro desse contexto está relacionado com as discussões sobre regulação dos criptoativos. Por ser um tema bem recente e bastante controverso, ele pode aparecer na sua redação. Então, atenção ao assunto!
Quais são as melhores dicas para se preparar para os exames?
Mergulhar no mundo da Economia pode ajudar a conquistar pontos incríveis em suas provas e ser um passo importante para sua aprovação! Isso, junto com uma preparação de sucesso, poderá ajudar a conquistar a sua vaga dos sonhos.
Então, vem com a gente e confira dicas que ajudarão a chegar preparado para esse momento.
Entenda como a prova funciona
Uma primeira dica, que pode ajudar muito na hora de começar seus estudos é entender como é o modelo da prova que você fará. Isso porque cada uma delas pode ter características bem diferentes.
Por exemplo, o Enem é uma prova com abordagens bem diferentes da Fuvest (prova de acesso para a Universidade de São Paulo — USP), que também se diferencia bem da prova da Universidade Estadual Paulista — UNESP e da Universidade Estadual de Campinas — Unicamp.
Cada uma delas poderá exigir treinos diferenciados, exercícios voltados para o estilo da prova que fará, bem como também direcionará os simulados que fará. Por isso, antes de começar a planejar os estudos, veja provas anteriores e identifique como é o padrão delas.
Tenha um bom cronograma de estudos
O cronograma de estudos é um verdadeiro aliado tanto para sua disciplina quanto, também, para direcionar seu dia a dia e não o deixar perdido. Com ele, é possível saber quais são os temas que serão revisados naquele dia e garantir que conseguirá rever tudo até o dia da prova.
Ele deve ser baseado no edital da prova que fará. De preferência, consulte a última versão publicada. Isso porque, muitas vezes, eles podem mudar de um ano para o outro, incluindo novos temas.
Além disso, considere outros pontos essenciais para um cronograma de estudos equilibrado. Estão entre eles:
- Avalie seu tempo disponível: liste seus compromissos diários e, também, seus momentos de lazer. Eles não podem ficar de fora dessa lista;
- Defina metas e prioridades: quanto tempo você pretende estudar por dia? Essa meta precisa ser realista. Caso contrário, ao falhar, poderá desanimar e desistir dos estudos;
- Estruture bem seu cronograma: é importante que ele contemple diversos tipos de atividades, como sessões longas e curtas de estudos, revisões periódicas, resolução de questões de provas anteriores, entre outros;
- Inclua tempo para fazer simulados e redações periodicamente: isso ajudará tanto a se identificar com a estrutura de prova quanto, também, definir estratégias de gerenciamento de tempo para resolução das questões;
- Deixe um tempo destinado para descanso e lazer: não tente ocupar todos os tempos livres com estudos. Aproveite para relaxar também;
- Tenha espaços de ajustes: assim, caso você tenha algum imprevisto ou, por exemplo, fique doente, poderá reajustar rotas e manter sua preparação em dia.
Conte com resumos e mapas mentais
Diversificar os materiais de estudos pode ser uma ótima forma, também, de manter-se engajado nos estudos. E os resumos e mapas mentais são uma excelente forma de revisão prática, rápida e organizada.
Isso porque, muitas vezes, eles são feitos, justamente, para serem reconhecidos visualmente mais rapidamente, facilitando a memorização. Cada um deles possui um formato diferente, mas que poderá ser útil para sua jornada de estudos. Vamos conhecer mais sobre cada um deles a seguir.
Resumos
Os resumos são formados pelos principais pontos de um assunto em poucas palavras. Por isso, eles ajudam a focar nos pontos mais relevantes de um tema e evitar que você seja sobrecarregado com informações que não são tão importantes para seu exame.
Além disso, sabe quando você tem apenas aqueles 15 minutos para uma revisão rápida? Nesse caso, os resumos são uma excelente opção para acompanhar os principais pontos. Também são estratégicos para a revisão próximo à data da prova, especialmente na véspera, caso queira consultar alguma dúvida.
Há diversos modelos de resumos prontos de diferentes temas. Mas é sempre interessante que você escreva o seu, com as próprias palavras. Essa é uma estratégia que ajuda na retenção do conteúdo, além de ter uma maior personalização, focando nos pontos que, talvez, sejam de maior dificuldade para você.
Algumas dicas para fazer um resumo perfeito para os exames são:
- Primeiramente, identifique quais são as ideias principais daquele tema. Foque em conceitos-chave, definições e exemplos relevantes;
- Priorize palavras-chave, que serão facilmente visualizadas. Isso ajuda a reter melhor ideias mais complexas;
- Organize o resumo de forma lógica: siga uma ordem de tópicos e, se for preciso, divida em subtítulos para separar seções diferentes.
Mapas mentais
Já os mapas mentais funcionam como uma espécie de conexão entre diferentes assuntos que possuem correlação. Ele é ótimo para provas contextuais como o Enem, no qual há uma forte interdisciplinaridade nos assuntos.
Com isso, você consegue visualizar melhor conexões entre diferentes conceitos e assuntos. Essa estrutura ajuda a visualizar de forma clara como tópicos se relacionam e se complementam, de uma forma mais didática.
Além disso, esse recurso visual pode ajudar a recuperar informações importantes durante a prova. Se você for uma pessoa visual, esse recurso poderá ser excelente para sua preparação.
Outra vantagem dos mapas mentais é que eles convidam o aluno a estimular sua criatividade na hora de montá-los. Com isso, você pode quebrar uma rotina mais monótona e se engajar melhor no processo.
Algumas dicas para criar mapas mentais eficazes são:
- Inicie pelo tópico principal, que ficará no centro do mapa. A partir daí, você vai construindo as ramificações para cada subtema;
- Utilize cores e imagens. Separe, por exemplo, temas em comum com uma mesma cor de caneta. Isso ajuda, também, a visualizar melhor as conexões existentes;
- Nos mapas mentais, menos é mais. Use palavras-chave e frases curtas. A ideia é que você bata o olho e consiga visualizar todos os pontos sem maiores dificuldades.
Crie um local de estudos atrativo
O local de estudos precisa ser favorável para aumentar a concentração e aumentar a produtividade. Ao mesmo tempo, um local que não ajude muito nisso pode ter muitos estímulos e impedir uma boa fixação do conteúdo.
Por isso, antes de começar a estudar, avalie como é o seu espaço atual e faz as mudanças necessárias para melhorar suas chances de sucesso. Algumas dicas que ajudarão nisso são:
- Escolha um local tranquilo e que não tenha muitas distrações. O ideal é que seja em um ambiente no qual não passe pessoas o tempo todo, que pode chamar sua atenção ou fazer ruídos que tirem sua concentração;
- Iluminação adequada: sempre que possível, prefira luz natural, optando por uma mesa próxima à janela. Quando não for o suficiente, conte com uma iluminação branca e brilhante, semelhante a da luz do dia. Isso ajuda a manter o foco e atenção;
- Móveis confortáveis: quando for possível, invista em cadeiras e mesas ergonômicas, com suporte adequado para suas costas. Com isso, você não sentirá dores ou desconfortos em longas rotinas de estudos e ajuda a manter uma boa fixação dos conteúdos;
- Organização: é preciso manter o espaço de estudos organizado para aumentar a sua produtividade. Para isso, tenha sempre todos os materiais que serão necessários para sua rotina. Conte com organizadores de mesa, que ajudarão a deixar todas as canetas, lápis, acessórios e post-its sempre à mão;
- Decoração motivacional: deixe o espaço confortável, o que ajudará a mantê-lo motivado. Quadros de anotações, fotografias, plantas, entre outros, ajudarão a deixar o espaço mais aconchegante para longas rotinas.
Deixamos uma dica especial para o final: seu ambiente precisa ser a prova de distrações. Para isso, o ideal é que as notificações dos aplicativos sejam desligadas, o celular fique em modo avião ou, preferencialmente, fora do espaço.
Treine a redação
A redação, seja no Enem, seja em outros exames, é sempre uma das partes mais desafiadoras e importantes do exame. Afinal, ela possui um peso significativo na nota final.
Por isso, é fundamental treinar periodicamente a produção dos textos dissertativos-argumentativos, que geralmente é o modelo cobrado nos exames. Mas afinal, como começar?
Em primeiro lugar, entenda a estrutura da redação. Ela deve seguir um esquema de:
- Introdução: deve apresentar o tema e a tese (ou seja, o seu ponto de vista sobre o assunto);
- Desenvolvimento: desenvolva seus argumentos em dois ou três parágrafos, apresentando justificativas e dados que embasem sua tese;
- Conclusão: retome a tese inicial e apresente uma proposta de intervenção precisa e possível para resolver o problema discutido.
Outro ponto é ver no edital quais são as competências que serão avaliadas. Cada uma das provas possui critérios específicos de correção. Saber isso ajuda a entender o que você precisa trabalhar melhor nos textos para alcançar a nota máxima.
Uma dica que pode ajudar bastante é praticar tanto com temas atuais, que podem ser prováveis possibilidades que vão surgir na prova, quanto com temas anteriores que já foram cobrados, seja no Enem, seja em outros tipos de exames.
Com isso, você vai se familiarizando com a abordagem da prova e aumenta mais suas chances de fazer um bom texto e sair a frente dos concorrentes.
Outra dica é deixar que seu texto seja corrigido por outra pessoa — preferencialmente, alguém especializado em correção de redações. Esse especialista poderá ajudar com feedbacks, sugestões de melhorias e pontos que ajudarão na sua evolução até o dia do exame.
Tenha disciplina
Estudar para as provas pode ser bastante cansativo ao longo do tempo. Afinal, são três anos de conteúdos sendo revisados e pode ser que, algum dia, bata um cansaço e você não queira estudar. Cuidado com isso!
Mesmo que seja uma revisão rápida, de 15 minutos, tente manter uma disciplina no seu dia a dia. Isso poderá ser fundamental para deixá-lo já condicionado para seguir uma rotina quanto, também, para não “perder o ritmo”.
É claro que, caso esteja se sentindo mal, o ideal é descansar e refazer o cronograma. Não exija demais de si nesse momento e respeite seus limites.
Outro erro comum nesse tipo de situação é estudar, por exemplo, 8 horas seguidas no final de semana e depois passar o restante da semana sem fazer uma revisão, mesmo que curta. Nesse caso, é mais produtivo estudar um pouco por dia e descansar por mais tempo aos sábados e domingos.
Isso porque longos períodos de estudos podem ser exaustivos e, ao final, você não conseguir mais absorver o que está lendo. Então, é melhor ir aos poucos todos os dias do que fazer uma longa maratona em poucos dias.
Algumas dicas que ajudam a melhorar a disciplina são:
- Estabeleça, dentro do possível, um horário fixo de estudos para desenvolver disciplina;
- Defina metas claras e alcançáveis para cada sessão de estudos (por exemplo, resolver 3 questões de provas antigas, terminar um capítulo ou revisar um conteúdo específico);
- Utilize técnicas de gestão de tempo, como a técnica Pomodoro (estude por 25 minutos seguidos, sem interrupções, e depois descanse por 5 minutos).
Descanse e cuide do seu lazer
Estudar para os exames de acesso ao Ensino Superior pode ser semelhante a uma maratona. Porém, até mesmo grandes atletas descansam entre treinos. Então, por que você também não pode relaxar um pouco?
Não ocupe sua agenda toda com os estudos. Deixe um tempo para poder dormir o necessário e, também, para estar com seus amigos e sua família. Afinal, sabemos o quanto estudar para essas provas pode ser desgastante para sua saúde mental.
Esses momentos funcionam como uma espécie de “recarga da bateria”. Com isso, você consegue voltar, até mesmo, mais motivado para mais uma rotina de revisões e estudos.
Algumas dicas que ajudarão a relaxar durante essa jornada são:
- Mantenha um sono de qualidade, dormindo entre 7 a 8 horas por noite;
- Faça higiene do sono, para ficar mais fácil pegar no sono quando for descansar;
- Faça atividades físicas, pois isso ajuda tanto para sua saúde física quanto mental;
- Mantenha um tempo para seus hobbies preferidos, como pintura, música, escrita, artesanato, entre outros;
- Faça pequenas pausas durante os estudos para poder descansar um pouco.
Não se cobre tanto
Por fim, tente relaxar um pouco até mesmo dentro da sua própria cabeça e não se cobre tanto. Com as dicas anteriores, é possível ter um percurso consistente de preparação para as provas que desejar fazer, seja ela o Enem ou vestibulares próprios.
Então, quando sentir que a autocobrança está forte, respire fundo. Você está fazendo o melhor possível para conquistar a sua aprovação e isso voltará em bons resultados no futuro!
Veja também: aprenda sobre economia mineradora no Stoodi!
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