A Democracia Ateniense é uma das grandes influências que os Gregos Antigos deixaram para nossa sociedade. Mesmo com mais de 2500 anos de distância, os princípios gerados ali norteiam o nosso modelo político-social.
Mas algumas delas não existem mais, pois faziam sentido apenas naquele contexto histórico. Por exemplo, algumas figuras que atuavam diretamente na estrutura da pólis grega. Saber mais sobre elas pode ajudar a resolver questões importantes no Enem.
Dentre as figuras presentes na Democracia Grega, temos os Arcontes. Mas o que são eles? Entenda a seguir de forma simples e acerte todas as questões que caírem sobre o tema no Enem.
O que é a figura do Arconte?
O Arconte é a figura do magistrado nas cidades-Estado gregas em que a democracia estava presente. Eram pessoas que tinham este cargo de forma vitalícia, mas a partir do século VII a.C., tinha uma periodicidade anual.
Eles eram eleitos nas Eclésias, as assembleias realizadas na pólis de Atenas e, depois, entre os escolhidos, eram sorteados os nove membros que formariam o colégio de magistrados.
Quais as funções do Arconte?
Para entender as principais funções do Arconte, é importante começarmos a entender sobre os tipos de Arcontes que existiam na Grécia Antiga. Vamos ver a seguir.
- Arconte Epônimo: é o magistrado supremo, também considerado uma espécie de Chefe de Estado. Ele deveria ser encarregado, portanto, de realizar a administração civil da pólis e, também, era responsável pela magistratura relacionada com as leis familiares e hereditárias;
- Arconte Rei: também chamado de Basileu, era o responsável pelos cultos religiosos na cidade e, também, era quem acolhida as denúncias de questões penais;
- Arconte Polemarco: responsável pelos exércitos, era considerado o chefe supremo militar. Após o século V, com a delegação do comando militar para os estrategistas da área, passa a ser responsável pelas menções honrosas aos sobreviventes de guerra;
- Arconte Tesmotetas: ajudava na preparação das leis e, também, atuava para que fossem devidamente executadas. Também eram responsáveis por administrar a justiça na cidade-Estado.
Após a finalização do período no qual os Arcontes exerciam seu cargo, eles começavam a compor o Areópago, que eram responsáveis por realizar o julgamento de um tipo específico de crime: o de sangue.
Só podiam se tornar Arcontes aqueles que eram considerados cidadãos legítimos de Atenas, ou seja, homens maiores de 18 anos, com pais atenienses e que tivessem nascido na cidade-Estado.
Qual a importância do Arconte na Democracia Grega?
O Arconte, em conjunto com outras figuras, fazia parte da estrutura de Democracia Grega, que deu as bases dos modelos democráticos que temos hoje. Outros que também tinham um papel ativo são:
- Estrategos: chefe de exército;
- Legisladores atenienses;
- Membros da Eclésia (ou seja, todos os participantes das Assembleias Populares).
Os Arcontes tinham um papel essencial na Democracia Grega e, portanto, o papel deles pode aparecer no Enem. Com esse resumo, você consegue resolver as questões em que eles apareçam, sem maiores problemas!
Tem alguma dúvida ainda sobre o papel dos Arcontes na Democracia Grega? Conte para gente nos comentários e vamos resolver isso juntos!
Perguntas Frequentes
A Grécia Antiga era politeísta, ou seja, contava com um panteão de deuses, semideuses, ninfas e outras entidades mitológicas. Eles eram cultuados tanto em público quanto nas residências e os Arcontes também eram responsáveis por organizar os cultos religiosos em Atenas.
O governo democrático grego funcionava com uma repartição em 6 partes principais e que eram importantes para o funcionamento do governo local. São eles a Eclésia (Assembleias Populares, onde ocorriam as votações), Bulé (criação das legislações), Arcontes (magistrados da cidade-Estado), Estrategos (chefes do poder militar), Areópago (supremo tribunal e que cuidava, também, de questões relacionadas com educação e ciência) e Helieia (tribunal popular que julgava todas as causas, fossem elas públicas ou privadas).
A Bulé era uma assembleia responsável, também, pela deliberação de questões importantes para a pólis da Grécia Antiga e podia ser frequentada por quem era considerado cidadão grego. Ou seja, homens maiores de 18 anos, nascidos na cidade e que também fossem filhos de pais nascidos naquela cidade.
Estavam excluídos de participação, portanto, as mulheres, estrangeiros, filhos de estrangeiros e escravos. E, claro, menores de 18 anos também não podiam fazer parte.