A escravidão no Brasil teve início com a produção de açúcar no país e foi um sistema violento de trabalho forçado, vigorando entre os séculos XVI e XIX. A estrutura escravocrata utilizou a mão de obra africana como base e influenciou a política, a economia e a sociedade brasileira.
Tal influência pode ser vista, inclusive, nos dias de hoje, a partir das diferentes realidades existentes no país. Por isso, é essencial estudar o passado não apenas para contar com uma boa pontuação no vestibular, mas, também, para entender a sociedade em que vivemos.
Se você está se preparando para estudar para o vestibular sozinho, conte com as nossas dicas e entenda como o tópico sobre a escravidão no Brasil pode cair nas provas. Por aqui, você verá:
Como foi a época da escravidão no Brasil?
O trabalho escravo foi a base do chamado Brasil Colônia, iniciando em torno de 1530 pelos portugueses. Com a América portuguesa em terras tupiniquins, o objetivo dos portugueses era gerar lucro com a cultura de cana-de-açúcar — relação que baseava o pacto entre colônia (Brasil) e metrópole (Portugal).
Inicialmente, a opção utilizada foi a escravização de indígenas, mas ela logo foi substituída pela mão de obra africana com base em interesses financeiros. Como o tráfico negreiro passou a gerar possibilidade de lucro com a compra e venda de seres humanos, a coroa portuguesa resolveu realizar a troca de trabalhadores.
O resultado foi a desintegração de etnias africanas no continente e, ao longo de 300 anos de escravidão, mais de 4 milhões de africanos foram transportados ao Brasil. Com péssimas condições nos navios negreiros, aproximadamente 670 mil pessoas não resistiram e morreram durante a viagem.
Já em terras brasileiras, os escravos sofriam castigos físicos e recebiam uma alimentação muito pobre em nutrientes, situação que perdurou até meados de 1880.
Como o tráfico negreiro foi proibido em 1850 e com o surgimento de movimentos contrários à escravidão, a Lei Áurea finalmente foi assinada em 1888 pela regente do Brasil, a princesa Isabel, proibindo a escravidão.
Como esse tópico pode cair no Enem e vestibulares?
Por ser um tema extenso e que influenciou (e muito!) a construção da sociedade brasileira, o assunto é bastante encontrado em vestibulares, devendo ser incluído nos planos de estudo para o Enem. É preciso, dessa maneira, ficar atento às pegadinhas que podem ser feitas.
A primeira delas é em relação à escolha da mão de obra africana como forma de substituição do trabalho indígena, e a resposta para essa questão é dinheiro. Como a metrópole portuguesa buscava lucro, o uso de índios nas lavouras açucareiras não teria impacto financeiro: por isso, um sistema triangular de tráfico negreiro foi instaurado.
Nesse cenário, os grandes navios partiam de Portugal, viajavam até o continente africano, compravam africanos por preços baixíssimos e revendiam os seres humanos em terras brasileiras com um valor mais alto.
Também é preciso mencionar a influência da Igreja para facilitar a escravização de africanos. Na época, jesuítas pregavam a inocência dos povos indígenas e diziam que os povos africanos traziam as almas cheias de pecados, merecendo, portanto, o sofrimento da escravização.
Em relação aos nomes contrários à escravidão, é preciso lembrar dos chamados líderes abolicionistas Luiz Gama e Joaquim Nabuco. O primeiro foi advogado e conseguiu liberar diversos escravos com os aprendizados jurídicos, ao passo que, Joaquim, político, diplomata e historiador, divulgava ideais abolicionistas.
Por fim, o tráfico negreiro foi proibido no Brasil em 1850 e teve grande influência externa, principalmente da Inglaterra. O motivo por trás das razões britânicas não foi a empatia com o negro africano, mas, sim, a busca por maior mercado consumidor para a venda de seus produtos industrializados.
Qual é a relação da escravidão com o racismo?
A relação da escravidão com o racismo é bastante forte e gera consequências, inclusive, nos dias atuais. Mesmo após 132 anos da assinatura da Lei Áurea, muitas pessoas ainda carregam preconceito contra negros com base na falsa ideia de serem humanos inferiores — assim como acontecia durante o Brasil escravocrata.
A construção da estrutura geográfica das sociedades também teve forte influência do passado brasileiro. Com a libertação gradual dos escravos, o grupo passou a ter outros problemas: os ex-escravos não tinham dinheiro, bens materiais ou instrução de ensino para iniciar uma nova vida.
Como resultado, os negros recém-libertos tiveram que procurar terras afastadas dos centros, dando início ao conceito de marginalização. Marginalização, esta, simbolizada pela construção das favelas, por exemplo, já que o termo significa estar à margem da sociedade.
Com o passar do tempo e a pouca evolução de grande parcela da sociedade, algumas ideias do Brasil escravocrata ainda podem ser encontradas na atualidade, explicando a relação da escravidão com o racismo. Vale ressaltar que racismo é crime e prevê prisão para o criminoso.
O que fazer para estudar sobre esse tema?
Além do auxílio de livros e apostilas, é possível estudar esse tema de forma mais interativa. Veja, a seguir, duas boas dicas para potencializar a sua rotina de estudo.
Busque filmes sobre o assunto
A produção nacional Quanto Vale ou é por Quilo? faz uma análise entre o passado do país e a atual forma com que as mídias de marketing exploram a miséria, sendo um bom título para estudar a matéria. Já o filme Quilombo conta a história de Zumbi dos Palmares, um dos maiores nomes da resistência à escravidão africana.
Conte com o auxílio de páginas online
Estudar online para o Enem também é uma ótima ferramenta para quem se prepara para as provas. Conte com conteúdos de qualidade, busque vídeos e realize simulados online — a página Trilha do Enem reúne diversos materiais bastante interessantes.
A escravidão no Brasil foi um período de vergonha para o país, influenciando as estruturas da sociedade até a atualidade. No entanto, é necessário estudá-la para que possamos entender a construção de nosso país. Conte com as informações apresentadas em nosso artigo, estude os temas fornecidos e consiga uma ótima pontuação nas provas de vestibulares!
E aí, o nosso post foi útil para o seu plano de estudos para as provas? Veja, agora, o que estudar em História para o Enem e vestibulares!