Você já parou para pensar no que era, até pouco tempo atrás, considerado como o “descobrimento do Brasil”? Era a chegada dos portugueses às nossas terras, certo? No entanto, mais recentemente, surgiu o questionamento: e os índios?
Pare para refletir, também, sobre os conteúdos abordados no estudo da “História Geral”: o surgimento dos Estados Nacionais europeus, guerras que aconteceram na Europa, o desenvolvimento industrial nessas nações… em que lugar podemos encontrar informações sobre os mesmos eventos em continentes como a Ásia ou a África?
Essa tendência se chama eurocentrismo, ou seja, a tendência de centralização do conhecimento no continente Europeu. Agora, é hora de falarmos sobre como esse tema pode ser cobrado nos vestibulares e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Bora!
O que é eurocentrismo?
Eurocentrismo é um conceito que afirma que a Europa é a protagonista da história da humanidade, sendo o centro dos acontecimentos mundiais e a responsável pelas mudanças vividas pelas sociedades até hoje. De acordo com esse pensamento, o continente europeu tem influência direta em todos os lugares do mundo.
Em qual matéria o eurocentrismo está inserido?
É possível observar o “dedo” do eurocentrismo em diversas matérias. No entanto, ele é mais notável nos conteúdos de História, Geografia, Sociologia e Filosofia. Ou seja: nas Ciências Humanas.
No entanto, hoje, o viés de estudo do eurocentrismo tem mudado. Com o passar do tempo, o conceito passou a ser criticado, como é possível observar em temas abordados em provas como a de Geografia no Enem e em outros vestibulares.
Como o conceito de eurocentrismo é aplicado?
Dois bons exemplos sobre o tema já foram abordados no comecinho da nossa conversa: a definição de “descobrimento do Brasil” e os temas estudados em História, que quase sempre têm relação com a história da Europa.
No entanto, o eurocentrismo também pode ser observado em nosso dia a dia. Exemplos disso são o racismo, o padrão de beleza eurocêntrico e até mesmo a supervalorização do que vem de fora.
Como estudar sobre eurocentrismo para o Enem e vestibulares?
O tema do eurocentrismo pode ser observado no preparatório do Enem ou pode fazer parte do seu dia a dia de estudos em casa. Para estudá-lo, você pode:
- entender o significado;
- observar exemplos;
- assistir a filmes e a séries sobre os processos de colonização e descolonização;
- ler obras literárias sobre o assunto, entre outros.
É importante salientar que esse tipo de assunto pode ser cobrado tanto em questões diretas (como a que veremos a seguir!) quanto na redação. Utilizar essas definições em sua produção de texto é uma boa forma de enriquecê-la.
Exemplo de questão sobre o assunto no vestibular
Para fechar o nosso bate-papo, separamos uma questão sobre o assunto que já caiu nos vestibulares. Assim, dá para treinar agora os seus conhecimentos!
(UEA 2019) Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, militares, missionários e exploradores seriam as principais fontes de conhecimento e representação da África dos séculos XV ao XVIII.
Essas representações associavam o continente africano à barbárie e à devassidão num movimento de contraposição às sociedades europeias. Nem mesmo o confronto com formações políticas hegemônicas como Reino do Kongo e Etiópia ou o contato com outros padrões urbanísticos, estéticos e cosmológicos, puderam alterar de forma efetiva o imaginário europeu acerca do continente.
(Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.)
As representações a respeito dos africanos, citadas no texto,
a) criaram modalidades distintas de escravidão para africanos oriundos de pequenas comunidades e de sociedades constituídas em Estados;
b) foram fundamentais para a legitimação da conquista europeia e da escravização dos povos da África;
c) restringiram a utilização do trabalho escravo africano às lavouras monocultoras e à mineração na América;
d) contribuíram para a formulação do pan-africanismo e para a libertação política das colônias africanas no final do século XVIII;
e) orientaram as ações dos jesuítas no sentido de condenar a escravidão dos africanos e defender a sua catequização.
Resposta: alternativa b, já que as declarações contribuíram para os estereótipos tanto do colonizador quanto dos escravos, como uma forma de domínio do primeiro em todos os sentidos.
Agora é com você!
Gostou de conferir esse resumo sobre eurocentrismo? É hora de caprichar nos estudos e compreender esse assunto de forma mais aprofundada. Assim, você amplia as chances de obter sucesso no vestibular!
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