Você já se pegou olhando para formações rochosas e tentando entender como elas surgiram no mundo? Muitos cientistas se dedicaram a essa questão e formaram um campo de estudo que atrai atenção de muitas pessoas: a Geologia.
Além de ser uma boa oportunidade de profissão, ela é uma das subáreas que estão presentes tanto no edital do Enem quanto em outros vestibulares bem disputados do país. Então, mergulhar nos estudos dessa área ajuda a dar um up importante na sua nota na área de Ciências Humanas e Suas Tecnologias e facilitar sua aprovação!
Esse é um tema extenso, que abrange muitas questões. Então, se você quer conhecer mais sobre o mundo das rochas, minerais, terremotos e muitas outras questões interessantes, vem com a gente! Separamos as principais informações para preparar um conteúdo de sucesso! Boa leitura.
- 1 O que é a Geologia
- 2 Formação e tipos de rochas
- 3 Processos geológicos internos
- 4 História geológica e fósseis
- 5 Dinâmica das placas tectônicas
- 6 Vulcanismo e atividades vulcânicas
- 7 Terremotos e prevenção de riscos
- 8 Evolução da vida e paleontologia
- 9 Propriedades e classificação de minerais
- 10 Processos erosivos e geomorfologia
- 11 Ciclo hidrológico e hidrogeologia
- 12 Geologia e meio ambiente
- 13 Oceanografia Geológica
- 14 Técnicas geofísicas de exploração
- 15 Exploração de recursos naturais
- 16 Geologia aplicada à construção
- 17 Prepare-se para o Enem e vestibulares e saiba tudo sobre Geologia!
O que é a Geologia
A Geologia é a ciência responsável por explorar os segredos da Terra. Investiga desde sua origem até, também, as dinâmicas atuais responsáveis por moldar a superfície terrestre. E com isso, tem um campo amplo de conhecimento a ser explorado.
Por exemplo, ao estudar fósseis, geólogos conseguem reconstruir a história da vida no planeta, oferecendo uma janela para o passado distante. É possível conhecer, por exemplo, qual era a composição do solo em algumas regiões, saber se havia animais que hoje já são extintos, hábitos de vida sobre eles e muito mais.
Por isso, apesar de ser da Geografia, é uma área com uma pegada interdisciplinar bem bacana com História e Biologia. E, também, caminha lado a lado com os colegas da Física e Química.
Além disso, a Geologia, mais especificamente, a Geologia Ambiental tem um papel crucial na busca por soluções para problemas ambientais, na prevenção de desastres naturais e na exploração sustentável de recursos.
Este campo de estudo abre caminhos para entender melhor, por exemplo, a idade da Terra, como ela funciona e como podemos viver de maneira mais harmoniosa com nosso ambiente, ajudando a preservar a natureza para as próximas gerações!
Ela investiga como as rochas e os minerais são formados, a atividade vulcânica, os movimentos tectônicos, e muito mais! Você verá um pouco mais sobre tudo isso ao longo deste guia completo sobre o tema, mas cada um deles possui muitos detalhes que merecem sua atenção e um tempo dos seus estudos preparatórios para as provas.
Formação e tipos de rochas
Adentrando mais no campo da Geologia e indo para as subáreas específicas, vamos começar falando sobre como as rochas se formam e suas características. Essa subárea faz parte do campo da Geomorfologia.
O processo de formação em si é uma ação contínua: ou seja, ele continua acontecendo. Porém, ocorre de forma muito lenta e não vemos ao longo do tempo. Mas ele começou logo com a formação da Terra e nunca terminou.
A formação de rochas ocorre por transformações de materiais em condições variadas. E cada tipo de rocha conta uma parte da história geológica da Terra. Elas contam não só como os processos ocorreram, mas também as condições ambientais presentes em cada fase histórica do planeta em determinada região.
Além disso, também é importante conhecer mais sobre os tipos de rochas, pois isso pode ser pedido no Enem. A divisão é feita conforme a formação rochosa de cada uma delas. Veja mais a seguir.
Ígneas (ou magmáticas)
Essas são as rochas originadas do resfriamento do magma, que pode ocorrer tanto na superfície terrestre (rochas vulcânicas, como o basalto) quanto em profundidade (rochas plutônicas, como o granito). Sua textura e composição mineral depende do processo de cristalização do magma.
E, por isso, analisar isso pode ser uma pista para saber como isso aconteceu. Muitos cientistas atuam, justamente, realizando esses processos! Interessante, não é mesmo?
Sedimentares
Elas se formam a partir de possíveis três processos de sedimentação: deposição, compactação e cimentação. Os sedimentos podem ser originados por processos erosivos que desgastam as rochas, restos de organismos ou precipitação química.
Alguns exemplos, como o calcário (formado principalmente a partir de fragmentos de conchas e corais) e o arenito (composto por grãos de areia cimentados) mostram como esse processo pode ser completamente diferente caso a caso.
Metamórficas
Essas rochas são o resultado da transformação de outras que já existiam (ígneas, sedimentares ou até outras metamórficas). As mudanças ocorrem sob condições de alta pressão e temperatura, sem que ocorra fusão.
O processo, conhecido como metamorfismo, altera a composição mineral e a textura da rocha original, resultando em novas formações como o gnaisse, derivado do granito, e o xisto, que pode originar-se de uma variedade de rochas sedimentares.
Processos geológicos internos
Outra área dentro da Geologia que aparece bastante nas provas são os processos geológicos internos. Nos exames, podem cair algumas descrições sobre eles e pedir para identificar quais estão presentes, ou características de alguns deles.
Mas afinal, o que são os processos geológicos? Eles são forças dinâmicas que atuam no interior da Terra, responsáveis por um alto número de fenômenos dessa área. Eles incluem o movimento do magma, a atividade sísmica e vulcânica, e os movimentos das placas tectônicas.
Cada um deles, separadamente ou em conjunto com outros (por exemplo, como as atividades sísmicas impactam nas movimentações de magma e erupções de vulcões), são responsáveis por moldar a superfície terrestre, influenciam o clima e podem impactar tanto a vida humana quanto, também, de outras espécies de animais e mexer com a flora local.
Separamos algumas informações sobre os principais processos geológicos internos que caem nas provas.
Movimento do magma
O magma é o protagonista de muitos processos geológicos internos. Ele é caracterizado por ser rocha fundida (ou seja, em estado líquido) encontrada no interior da Terra.
Sua movimentação está diretamente ligada com a formação de rochas ígneas e atividades vulcânicas — sim, os eventos que você vê acontecer em algumas regiões, como o que aconteceu na Islândia em dezembro de 2023, são derivados desse tipo de movimentação.
Quando o magma ascende à superfície terrestre através de fissuras ou vulcões, ele esfria e solidifica, formando rochas vulcânicas como o basalto. Em profundidade, o resfriamento lento do magma gera rochas plutônicas, como o granito.
Atividade vulcânica
Em primeiro lugar, vamos entender o que são os vulcões. Eles são aberturas na superfície da Terra, por onde o magma, gases e cinzas são expelidos. Quando eles ficam ativos, é quando ocorrem as atividades vulcânicas.
Quando isso acontece, é um indicador importante de processos geológicos internos, contribuindo para a formação de novas rochas, ilhas e alterações na atmosfera. Hoje temos ainda muitos vulcões ativos em algumas regiões do mundo, principalmente no Havaí, Itália e Islândia.
Isso mostra a capacidade da terra em continuar seu processo de remodelagem, ainda que um dia isso acabe, como relata um especialista no tema, professor da USP.
“Fatalmente todos os vulcões acabarão extintos em determinado período” — Caetano Juliani, professor do Instituto de Geociências da USP.
Tem curiosidade para ver como isso acontece? Separamos um vídeo da erupção de um vulcão na Islândia, gravado por drones, com uma boa proximidade.
Atividade sísmica
As atividades sísmicas também são conhecidas popularmente como terremotos. Eles são vibrações da Terra provocadas pela liberação repentina de energia acumulada ao longo de falhas geológicas.
Esses eventos podem ser causados por movimentos tectônicos, atividades vulcânicas ou, até mesmo, por eventuais colapsos de cavernas. Investigar de perto essas movimentações são essencial para a Geologia. Isso porque os padrões e tendências desse fenômeno indicam como funciona a estrutura interna do planeta e os processos dinâmicos que ali acontecem.
Movimento das placas tectônicas
Em primeiro lugar, precisamos falar sobre a teoria tectônica de placas. Essa ideia fala que a Terra é formada por grandes placas que compõem a superfície do planeta e que não estão estáticos, ou seja, elas se movimentam com o tempo, mesmo que lentamente.
Essa movimentação seria a responsável por formação de montanhas e cordilheiras, fossas oceânicas, terremotos e atividades vulcânicas. Por exemplo, a Cordilheira dos Andes seria formada, justamente, por estar em uma região de borda de uma placa.
Segundo essa teoria, elas se movem devido ao calor do interior do planeta, criando correntes de convecção no manto e arrastando as placas em várias direções. A interação entre as placas pode ser construtiva, como na formação de cordilheiras, ou destrutiva, como na subducção de uma placa sob outra. E, no choque delas, é quando ocorrem alguns dos principais terremotos.
História geológica e fósseis
Está gostando dessa jornada pela Geologia? Se você é uma pessoa apaixonada por História, então vai amar essa parte! A Terra possui uma longa e complexa história geológica, desde o começo de sua formação. Porém, alguns detalhes só podem ser investigados e descobertos por processos, quase como um detetive investigando os indícios de um crime.
E as pistas são fornecidas por registros presentes em rochas e, também, nos fósseis. Vem com a gente entender mais sobre essa parte.
Estratigrafia
A estratigrafia é o estudo das camadas rochosas (estratos) e sua sequência temporal. A ideia é, literalmente, fazer uma linha do tempo da história do planeta a partir da análise das rochas presentes na superfície.
Essa disciplina ajuda geólogos a entender a cronologia dos eventos geológicos e a história da Terra. As camadas de rochas sedimentares, em particular, são como páginas de um livro, cada uma contendo pistas sobre as condições ambientais, climáticas e biológicas de sua época.
Através desse campo, é possível reconstruir a sequência de eventos que moldou a superfície terrestre, desde a formação de grandes montanhas até a deposição de sedimentos em antigos leitos marinhos.
Fósseis
Estamos falando sobre fósseis ao longo de algumas partes desse conteúdo, mas você sabe o que eles são, de fato? Trata-se de impressões de organismos ou sedimentos orgânicos que ficaram fixados e preservados em rochas.
São como as pegadas mais visíveis de uma vida pré-histórica, que nós, humanos, não tivemos acesso. Inclusive, eles fornecem muitas informações não só para a Geologia, mas, também, para Biologia (ajudando a compreender os processos de evolução) e História.
Além de revelar a aparência de organismos extintos, os fósseis ajudam cientistas a entender as mudanças nas comunidades vivas ao longo do tempo e a reconstruir antigos ecossistemas. O campo de estudos desses rastros é a paleontologia e, inclusive, é uma profissão bastante interessante para quem tem interesse no assunto.
Eventos de extinção em massa
Ao longo da história geológica da Terra, muitas espécies de plantas e animais passaram por aqui e não existem mais. Muitos desapareceram em fases de extinção em massa, quando boa parte das espécies simplesmente desapareceu abruptamente. Mas como isso é descoberto?
Esses eventos são identificados no registro fóssil e estão frequentemente associados a mudanças catastróficas no ambiente, como vulcanismo em larga escala em uma determinada região, impactos de asteroides e mudanças climáticas drásticas.
A compreensão desses eventos ajuda a estudar a resiliência e a vulnerabilidade da vida na Terra, além de oferecer perspectivas sobre a dinâmica da evolução e a interação entre a biosfera e os processos geológicos. Interessante, não é mesmo?
Era dos dinossauros
E um dos estudos mais fascinantes e que atraem atenção tanto de especialistas quanto de leigos são os estudos sobre a era dos dinossauros. Eles dominaram os ecossistemas terrestres por mais de 160 milhões de anos e é possível conhecer mais sobre eles por meio dos fósseis.
Esses itens não só capturam a imaginação, mas também fornecem informações valiosas sobre a diversidade da vida no passado e as condições ambientais da época. O estudo dos dinossauros e seu súbito desaparecimento no final do Cretáceo ilustra a conexão entre a vida e os grandes eventos geológicos.
Dinâmica das placas tectônicas
Nós já falamos um pouco sobre esse assunto ao abordar sobre os processos geológicos internos. Porém, as dinâmicas das placas tectônicas são complexas, influenciam em muitas questões e, como caem bastante nas provas, merecem um capítulo a parte.
Conceito de placas tectônicas
As placas tectônicas são grandes blocos da litosfera (a camada mais externa da Terra) que se movem sobre a astenosfera, uma camada mais fluida e viscosa abaixo. A superfície do planeta é dividida em várias dessas placas, cujos movimentos são guiados por correntes de convecção no manto.
Como você viu antes, essa é a teoria da tectônica de placas, estudada na área de Sismologia. Ela revolucionou o entendimento dos processos geológicos ao explicar como e por que ocorrem terremotos, vulcões, e a formação de cadeias montanhosas.
Limites entre placas
A relação entre os limites das placas é fundamental para compreender como ela interfere em outros fenômenos geológicos. Eles são classificados em três tipos principais:
- Divergentes: as placas se afastam uma da outra, como se observa no assoalho oceânico do Atlântico, onde a dorsal mesoatlântica promove a formação de nova crosta oceânica;
- Convergentes: uma placa se move em direção a outra, podendo resultar na formação de montanhas ou em processos de subducção, que geram atividade vulcânica intensa e terremotos;
- Transformantes: as placas deslizam lateralmente uma em relação à outra, causando terremotos quando a tensão acumulada é liberada.
Placas tectônicas e a formação de montanhas
A colisão entre duas placas continentais em um limite convergente pode levar à formação de grandes cadeias montanhosas. Um dos grandes exemplos é o Himalaia, que surgiu, segundo a teoria, do encontro entre a placa Indiana e a placa Euroasiática. Esse processo é acompanhado pelo enrugamento e dobramento da crosta terrestre.
Placas tectônicas e atividades vulcânicas
O vulcanismo é outra consequência direta das dinâmicas de movimentação das placas tectônicas. Muitos vulcões se localizam em zonas de subducção. Nelas, uma placa oceânica é forçada para baixo da borda de uma placa continental ou oceânica.
Isso leva à fusão parcial do manto e à formação de magma. E, com isso, surgem os arcos vulcânicos, como o Círculo de Fogo do Pacífico.
Vulcanismo e atividades vulcânicas
Ao longo de todo esse guia, você viu algumas vezes algumas informações essenciais sobre o vulcanismo e atividades vulcânicas e já está craque no assunto até aqui. Então, vamos priorizar alguns assuntos extras que podem aparecer em sua prova, como os tipos de erupções vulcânicas. Vem com a gente!
Tipos de erupções vulcânicas
Existem vários tipos de erupções vulcânicas. Sua classificação é feita conforme a viscosidade do magma, o conteúdo de gás e a maneira como o material é expelido.
As erupções efusivas são caracterizadas pelo fluxo de lava relativamente fluido, criando grandes campos de lava e vulcões com forma de escudo. É o caso dos encontrados no Havaí.
Já em outro tipo, as erupções explosivas, com magma mais viscoso, podem lançar cinzas, gases e rochas a grandes altitudes, formando vulcões compostos ou estratovulcões, como o Monte St. Helens nos Estados Unidos.
Vulcanismo intrusivo
Você sabia que há atividade vulcânica que não vemos na superfície da terra? Pois é, há, também, o vulcanismo intrusivo. E eles são fundamentais na formação geológica da terra.
Esse processo envolve a solidificação do magma abaixo da superfície da Terra, formando estruturas como sills, dikes e plutões. Essas formações intrusivas, como o famoso domo de granito de Yosemite, revelam muito sobre a história geológica e são fundamentais para a compreensão dos processos tectônicos.
Benefícios do vulcanismo
O que passa na sua cabeça quando falamos sobre vulcanismo? Muitas pessoas ficam com medo e consideram esses fenômenos assustadores e perigosos. Bom, além dos riscos naturais, o fato é que eles também proporcionam benefícios, sabia?
Os solos derivados de cinzas vulcânicas são extremamente férteis, suportando ecossistemas ricos e agricultura produtiva. Áreas vulcânicas frequentemente abrigam fontes geotérmicas, que podem ser exploradas como uma fonte de energia renovável. Além disso, o estudo de vulcões e suas erupções mostram evidências bem bacanas para a pesquisa científica em vulcanologia, permitindo melhor compreensão dos processos internos da Terra.
Terremotos e prevenção de riscos
Basicamente já zeramos tudo que pode ser cobrado sobre terremotos, mas faltou um ponto importante que você verá aqui: as mitigações de risco. Você já deve ter visto casos em que um problema desses acontece, mas os danos são mínimos.
Isso acontece porque regiões que são mais suscetíveis a abalos sísmicos (como o Japão) implementam tecnologias e ferramentas de prevenção de riscos. Algumas delas são:
- Sistemas de alerta precoce: o uso de tecnologias avançadas permite a detecção de sinais que indicam chances de terremotos. Com isso, sinais de necessidade de proteção são emitidos, o que pode salvar vidas e reduzir danos;
- Construção antissísmica: muitos países desenvolveram uma área da engenharia e arquitetura voltada para resistência sísmica. Isso inclui o uso de materiais flexíveis, estruturas reforçadas e técnicas de isolamento de base, evitando desmoronamentos nesses momentos;
- Educação e preparação da comunidade: programas de educação sobre como agir antes, durante e após um terremoto são vitais para a população saber exatamente como agir para cuidar de si e dos demais. Isso inclui treinamentos de evacuação, primeiros socorros e a criação de kits de emergência.
Evolução da vida e paleontologia
A paleontologia estuda os fósseis para entender o passado da vida no planeta. Essa disciplina é fundamental, também, para desvendar o processo de evolução. Por isso, é um campo interdisciplinar, que une Biologia, Geologia e Ecologia, proporcionando insights sobre como a vida evoluiu desde suas formas mais simples até a complexidade atual.
Origens da vida
Segundo os estudos da paleontologia, a origem da vida remonta a pelo menos 3,5 bilhões de anos. Esse dado foi identificado por meio das primeiras evidências de organismos vivos encontradas em rochas antigas.
Esses primeiros seres vivos eram provavelmente simples, células unicelulares que existiam em ambientes aquáticos. A compreensão dessas origens é baseada em estudos de biomarcadores, estruturas microscópicas e análises químicas das rochas.
Explosão cambriana
Um dos eventos mais significativos na história da vida foi a Explosão Cambriana. Ela ocorreu há cerca de 541 milhões de anos, quando a maioria dos principais grupos de animais apareceu no registro fóssil.
Esse evento é marcado por uma rápida diversificação de formas de vida. Isso levou a um aumento significativo na complexidade dos organismos e nos ecossistemas marinhos.
Transição para a Terra
A conquista do ambiente terrestre por plantas e animais foi outro marco evolutivo, permitindo a expansão da vida além dos oceanos. Plantas terrestres surgiram por volta de 470 milhões de anos atrás, seguidas por animais, incluindo artrópodes e anfíbios.
Essa transição é analisada por meio dos fósseis. Os estudos sobre eles mostram adaptações a ambientes terrestres, como sistemas de raízes em plantas e membros em animais.
Propriedades e classificação de minerais
Agora vamos para outro panorama na Geologia, que são os estudos sobre minerais. Um primeiro passo é conhecer mais sobre as propriedades deles e como são classificados. Vamos a um guia completo nessa jornada a seguir.
Propriedades dos minerais
Cada mineral possui um conjunto único de propriedades que o distingue, entre eles:
- Cor;
- Traço;
- dureza (medida pela escala de Mohs);
- clivagem e fratura;
- lustre;
- densidade e peso específico.
Classificação dos minerais
A classificação mineral é baseada na composição química e na estrutura cristalina. Os principais grupos incluem:
- Silicatos: formam a maior e mais importante classe de minerais da crosta terrestre. Se destacam pela presença do grupo silicato (SiO₄). Exemplos incluem quartzo, feldspato e micas;
- Óxidos: minerais nos quais o oxigênio está ligado a um ou mais metais, como a hematita (Fe₂O₃) e a magnetita (Fe₃O₄);
- Sulfetos: compostos de enxofre e metais. Alguns exemplos são a pirita (FeS₂) e a galena (PbS);
- Carbonatos: minerais que possuem o grupo carbonato (CO₃), como a calcita (CaCO₃) e a dolomita (CaMg(CO₃)₂);
- Haloides: formados pela evaporação de soluções ricas em certos íons, incluindo o halita (NaCl) e a fluorita (CaF₂).
Processos erosivos e geomorfologia
A geomorfologia é o estudo das formas da superfície terrestre e dos processos que as moldam. Os processos erosivos, fundamentais para esse campo, desempenham um papel crucial na modelagem das paisagens, influenciando a topografia e o desenvolvimento de ecossistemas.
Vamos entender mais sobre questões relacionadas a esse campo a seguir.
Erosão: agentes e mecanismos
A erosão é o processo de desgaste, transporte e deposição de materiais da crosta terrestre. Ele pode ser causado por diferentes agentes, estando entre os principais a água, vento, gelo e a atividade humana.
Esses agentes removem sedimentos e solos de uma localidade e os transportam para outra. Isso ajuda a formar características geográficas diferenciadas, como vales, cânions e deltas. Vamos conhecer mais sobre os principais agentes erosivos a seguir:
- Água: é o agente erosivo mais intenso, esculpindo a paisagem através da chuva, rios, ondas e geleiras. Rios, por exemplo, criam vales e cânions ao longo do tempo. Já a ação das ondas forma falésias e praias;
- Vento: ele transporta partículas finas por longas distâncias, modelando desertos e formando dunas;
- Gelo: as movimentações das geleiras levam ao arrastão de rochas e sedimentos, criando vales em forma de U e fiordes.
Geomorfologia: formação de paisagens
A geomorfologia analisa como esses processos erosivos interagem com a litosfera, hidrosfera, atmosfera e biosfera, criando e mudando as paisagens existentes. Essa interação complexa resulta em uma diversidade de formas de relevo, desde montanhas majestosas e planícies extensas até costas recortadas e desertos vastos.
Ciclo hidrológico e hidrogeologia
E não são só as rochas e minerais que fazem parte do campo da Geologia. Os ciclos hidrológicos, que fazem parte do campo da hidrogeologia, também podem aparecer no seu exame neste campo. Então, vamos entender melhor sobre isso!
O ciclo hidrológico é um processo contínuo e dinâmico. Ele descreve a circulação da água na Terra e abrange a evaporação dos oceanos e superfícies de água doce, sua transpiração pelas plantas, a condensação na atmosfera formando nuvens, e o subsequente retorno ao solo através da precipitação.
Esse ciclo é fundamental para sustentar a vida, regular o clima e moldar a geomorfologia terrestre. Por isso, vamos entender mais sobre ele a seguir.
O ciclo hidrológico
A água é um agente transformador, capaz de esculpir paisagens através da erosão, transporte e deposição de sedimentos. A precipitação que cai sobre a terra pode infiltrar-se no solo, alimentando lençois freáticos e aquíferos (processo conhecido como infiltração).
Ela pode, ainda, escoar sobre a superfície terrestre, formando rios e lagos que eventualmente retornam aos oceanos. Este movimento constante da água entre diferentes estados e reservatórios é o que mantém o ciclo hidrológico em ação, influenciando clima, vegetação e padrões de erosão em todo o planeta.
Hidrogeologia: águas subterrâneas
A Hidrogeologia é o ramo da Geologia que estuda as águas subterrâneas. Esse campo foca na distribuição, circulação e interações dessa água com as rochas do subsolo. Os aquíferos, camadas de rochas porosas e permeáveis que armazenam e conduzem água subterrânea, são pontos-chave neste estudo.
Esse campo é fundamental, por analisar, também, como realizar uma gestão sustentável dos recursos hídricos subterrâneos. Isso é essencial não apenas para o abastecimento de água potável, mas também para a irrigação, indústrias e manutenção de ecossistemas aquáticos.
Geologia e meio ambiente
Há uma relação muito forte entre Geologia e Meio Ambiente e isso, inclusive, pode ser cobrado no Enem por uma perspectiva interdisciplinar. E, por isso, separamos um pouco mais sobre essa intersecção, com conteúdos que podem ajudá-lo em sua prova.
Impacto dos processos geológicos no ecossistema
Os processos geológicos, como a erosão, a sedimentação e o vulcanismo, desempenham papeis cruciais na modelagem de nossos ambientes naturais. Eles determinam a formação de solos, a distribuição de recursos hídricos e a disponibilidade de nutrientes essenciais para a vida.
A erosão e a sedimentação, por exemplo, estão intrinsecamente ligadas com a criação de paisagens férteis. Porém, também podem levar à perda de solo e à degradação de terras cultiváveis, quando não gerenciadas adequadamente.
Geologia e mudanças climáticas
A Geologia também oferece insights valiosos sobre as mudanças climáticas, por meio do estudo de registros fósseis e formações geológicas que revelam padrões climáticos passados.
Compreender essas dinâmicas ajuda os cientistas a antever mudanças futuras e a avaliar o impacto da ação humana sobre o clima. Além disso, esse campo proporciona estudos sobre medidas essenciais para mitigar danos sobre o clima, como o sequestro de carbono em formações geológicas.
Oceanografia Geológica
Ainda dentro das disciplinas na Geologia, temos um campo que atrai a curiosidade de muitos estudantes: a Oceanografia Geológica realiza estudos sobre os oceanos, que cobrem boa parte do planeta.
É uma área que se dedica a compreender a formação, estrutura, e evolução das bacias oceânicas, bem como os processos físicos e químicos que moldam o assoalho oceânico.
Ao desvendar os segredos guardados nas profundezas dos oceanos, a Oceanografia Geológica fornece insights valiosos sobre a dinâmica da Terra, desde a tectônica de placas até os ciclos biogeoquímicos globais, desempenhando um papel crucial na compreensão das interações entre os oceanos e a geosfera.
Formação das bacias oceânicas
As bacias oceânicas são formadas e modificadas por processos tectônicos, incluindo a expansão do assoalho oceânico e o movimento das placas tectônicas. A expansão do assoalho oceânico é um processo que ocorre em dorsais meso-oceânicas
Ele cria uma nova crosta oceânica à medida que as placas se afastam, ao longo de sua movimentação. Os estudos sobre esse fenômeno ajudam a entender a distribuição dos oceanos e continentes ao longo do tempo geológico.
Sedimentação marinha
A sedimentação marinha é outra área importante da Oceanografia Geológica e envolve o acúmulo de sedimentos no fundo do mar. Eles podem ter origem:
- Terrígena (transportados por rios e ventos para o oceano);
- Biogênica (resultantes da acumulação de restos de organismos marinhos);
- Química (precipitados diretamente da água do mar).
Processos erosivos submarinos
A erosão submarina, causada por correntes oceânicas e atividades tectônicas, desempenha um papel significativo na modelagem do relevo submarino. Isso inclui, por exemplo, a formação de cânions submarinos e aplainados abissais. Esses processos permitem entender a dinâmica das bacias oceânicas e o ciclo dos sedimentos marinhos.
Recursos minerais marinhos
O assoalho oceânico é rico em recursos minerais. Entre eles, temos os nódulos polimetálicos, crostas de cobalto e depósitos de sulfetos hidrotermais, que contêm metais importantes para a economia global, como o cobre, níquel, cobalto e elementos de terras raras.
Impactos das mudanças climáticas
A Oceanografia Geológica tem grandes contribuições nas investigações sobre o impacto das mudanças climáticas nos oceanos. Estuda, por exemplo, as variações no nível do mar e a acidificação dos oceanos.
Técnicas geofísicas de exploração
Este campo da Geologia é voltado para o estudo sobre o uso de métodos físicos para investigar a estrutura e composição da Terra. Com isso, é possível ter informações importantes para a exploração de recursos naturais, avaliação de riscos geológicos e compreensão da dinâmica terrestre.
Vamos conhecer algumas das principais técnicas aplicadas a seguir.
Sísmica de reflexão e refração
Ele utiliza ondas sísmicas geradas artificialmente para mapear estruturas subsuperficiais. É importante na Geologia do petróleo e sua exploração, gás natural e na investigação da estrutura da crosta terrestre.
Gravimetria
Essa técnica realiza a medição das variações no campo gravitacional da Terra causadas por diferenças na densidade das rochas. É aplicada na identificação de depósitos minerais e na exploração de petróleo.
Magnetometria
Essa técnica ajuda a detectar variações no campo magnético da Terra, que podem indicar a presença de minerais magnéticos ou alterações na crosta. É usada na busca por depósitos de ferro, níquel e outros minerais magnéticos.
Eletrorresistividade e tomografia elétrica
É uma técnica que realiza a medição da resistividade do solo e da rocha para identificar variações na composição e na estrutura do subsolo. Auxilia na localização de água subterrânea, contaminação do solo e estudos de engenharia.
Radar de Penetração no Solo (GPR)
Ela usa ondas de rádio para obter imagens do subsolo, identificando camadas de rocha, água, cavernas e objetos enterrados. É muito utilizada nos estudos em arqueologia, mapeamento de solos e detecção de utilidades subterrâneas.
Métodos eletromagnéticos
Esse campo inclui técnicas que medem a resposta eletromagnética do subsolo à indução de campos elétricos ou magnéticos. São úteis na exploração de minerais metálicos e na avaliação ambiental.
Exploração de recursos naturais
Na área prática, a Geologia pode andar de mãos dadas com a exploração de recursos naturais, buscando formas sustentáveis de utilizar esses insumos sem que eles se esgotem. Isso envolve a identificação, extração e processamento de materiais úteis da Terra, essenciais para a economia global e para o sustento da sociedade.
Conheça a seguir alguns dos principais recursos que a Geologia ajuda a explorar de forma racional.
Minerais e metais
A busca por depósitos minerais é fundamental para diversos segmentos, principalmente para a indústria, tecnologia e construção. Técnicas avançadas de mapeamento geológico e geofísico permitem localizar reservas subterrâneas de metais preciosos (ouro, prata), metais industriais (ferro, cobre) e minerais estratégicos (lítio, terras raras).
Combustíveis fósseis
Estão entre os combustíveis fósseis mais buscados para exploração o petróleo, gás natural e carvão. Eles são obtidos, principalmente, por meio de perfuração e mineração.
Métodos geofísicos, como a sismologia, ajudam a identificar estruturas subterrâneas que podem conter esses recursos. A extração segura e eficiente é fundamental para minimizar o impacto ambiental.
Água subterrânea
A Hidrogeologia estuda as reservas de água subterrânea para uso em abastecimento, agricultura e indústria. Técnicas como perfuração de poços e avaliação de bacias hidrográficas são essenciais para o manejo sustentável desse recurso, reduzindo as chances de esgotamento.
Geologia aplicada à construção
Outra área na qual a Geologia contribui bastante e pode aparecer no seu exame é com a construção. Ela permite oferecer insights essenciais para garantir a segurança, a sustentabilidade e a eficiência das obras. Também ajuda a otimizar os projetos, minimiza riscos e permite explorar recursos naturais de forma eficaz.
Algumas aplicações da Geologia na construção são:
- Seleção do local: estudos do solo, da rocha subjacente e da Hidrogeologia ajudam a determinar a estabilidade do terreno, a presença de água subterrânea e os potenciais riscos geológicos, como deslizamentos de terra e atividade sísmica;
- Materiais de construção: ela permite encontrar os materiais essenciais para a área, incluindo areia, argila, calcário e granito. A qualidade e a disponibilidade desses recursos em uma região podem influenciar significativamente o custo e a estratégia de construção;
- Projeto de fundação: em áreas com solos moles ou altamente compressíveis, podem ser necessárias fundações profundas, como estacas, para distribuir o peso da estrutura sobre uma área maior e garantir a estabilidade. E os Geólogos ajudam nisso;
- Gestão de águas subterrâneas: realiza o planejamento para drenagem, impermeabilização e prevenção de problemas de umidade, que são essenciais para a longevidade das estruturas;
- Avaliação de riscos geológicos: analisa, identifica e mitiga riscos geológicos, como terremotos, deslizamentos de terra e subsidência, é vital para a segurança das construções.
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