A Antropologia é uma das áreas mais conhecidas dentro das Ciências Sociais e, inclusive, é um campo bem fascinante. Afinal, você já pensou em como o ser humano se desenvolveu ao longo do tempo e como nossa sociedade foi constituída? Ou, ainda, como determinados povos tiveram um desenvolvimento tão diferente do nosso?
Essas questões todas, além de pontos essenciais, como o respeito à diversidade, estudos sobre gênero e sexualidade, análise da cultura, fazem parte desse campo do saber. Então, se está curioso, vem com a gente!
Continue lendo e saiba mais sobre a Antropologia, um dos campos mais importantes das Ciências Sociais.
O que é a Antropologia
Em primeiro lugar, entender o que é a Antropologia é um passo importante para entender mais sobre esse campo do saber. Ela estuda, teoriza e sistematiza o conhecimento sobre a humanidade em todas as suas dimensões.
Isso passa desde a como ela se desenvolveu fisicamente a, também, como ela desenvolveu sua cultura ao longo do tempo, em diferentes contextos no tempo e espaço. Além disso, também é um campo de investigação de diferentes sociedades e, também, as implicações de fenômenos sociais e políticos sobre os seres humanos.
Campos da Antropologia
Como a maioria das áreas, a Antropologia tem diversas “especialidades” internas. Em um paralelo, é como a Medicina, com suas especializações (ortopedia, dermatologia, entre outras possibilidades).
Então, que tal conhecer mais sobre as principais delas? Confira a seguir!
Antropologia Cultural
A Antropologia Cultural é uma das principais “subdisciplinas” dentro desse campo. Ela é focada na criação e desenvolvimento da cultura humana, em suas diferentes manifestações.
Por exemplo, ela é responsável em como pessoas, em diferentes sociedades, conseguem organizar suas vidas, crenças, valores, práticas, criação artística, costumes, leis e linguagem e como isso é transmitido entre os membros daquela sociedade.
A ideia é conseguir compreender os padrões culturais, diferenças e semelhanças entre grupos humanos tanto ao longo do tempo, em povos diferentes e em diversos lugares.
Com isso, você já consegue entender como essa área está diretamente ligada com respeito à diversidade, não é mesmo?
Antropologia Física ou Biológica
Também conhecida como Bioantropologia, é um campo que foca nos estudos relacionados com os aspectos biológicos e evolutivos dos seres humanos, ou seja, está diretamente ligado à Teoria da Evolução.
Como você já pode ter percebido, essa é uma área bastante interdisciplinar, não é mesmo? Nela, estão presentes estudos das áreas de Ciências Sociais, Biologia, Física, Geologia, entre outras possibilidades.
Assim ela permite analisar a compreensão da evolução humana e, também, compreender a variabilidade biológica presente entre as populações.
Fazem parte desse campo as áreas:
- Paleoantropologia: pesquisa os registros fósseis, explorando como nossos ancestrais se desenvolveram e se adaptaram ao longo da história;
- Primatologia: pesquisa os primatas não-humanos, que possuem semelhanças com a nossa espécie. A ideia é analisar características físicas, comportamentos e estruturas sociais para identificar possibilidades de como esse processo aconteceu com a nossa espécie;
- Bioarqueologia: é um campo que pesquisa, dentro dos sítios arqueológicos, características ligadas com seres vivos e que podem ter afetado os seres humanos (por exemplo, doenças, dietas e outros aspectos da vida);
- Antropologia genética: analisa a evolução da genética humana, por meio de técnicas moleculares;
- Antropologia forense: nesse caso, utiliza os conhecimentos da Biologia para analisar como se dão questões legais em contextos modernos e históricos (por exemplo, identificar como determinados modos de punição corporal eram aplicados ao longo da história).
Antropologia Arqueológica
Essa área analisa, especificamente, rastros passados, para que os pesquisadores possam analisar como, por meio de artefatos e materiais, é possível reconstituir a história de determinadas populações.
Assim, é um campo que combina métodos de arqueologia e antropologia. Com isso, os pesquisadores conseguem explorar, recuperar e analisar artefatos, podendo reconstruir a vida, costumes, economias e interações sociais de sociedades antigas e que, muitas vezes, já nem existem mais.
Antropologia Linguística
Esse é um campo que desperta muita curiosidade, pois ele é pouco conhecido. Ele explora o papel da linguagem nas sociedades humanas e como, ao mesmo tempo, ela também é influenciada pela cultura, sociedade, identidade e até mesmo pela cognição das pessoas.
Ela também analisa como diferentes grupos linguísticos conseguem perceber e descrever o mundo ao seu redor. Também investiga como a linguagem é utilizada como ferramenta de poder e controle social, principalmente, no contexto do colonialismo.
Assim, é uma área interdisciplinar, que pode ser estudada tanto por cientistas sociais, antropólogos quanto, também, por pesquisadores da área de Letras.
Principais Aspectos da Antropologia Linguística:
O que um Antropólogo faz?
Agora você já sabe o que faz parte da Antropologia. Quem atua nessa área é o Antropólogo. E o que ele faz? Quais são as atividades que esse profissional exerce? Se você tem interesse, inclusive, em ter uma formação nessa área, esse é um ponto que merece atenção.
Esse especialista pode exercer várias funções importantes nos estudos das sociedades humanas. Algumas de suas principais funções são:
- Realizar pesquisas de campo, coletando dados sobre o seu campo de estudo;
- Fazer a análise dos dados obtidos, para investigar as estruturas sociais, linguagem, religião e outros aspectos que estão diretamente ligados a diferentes áreas de atuação.
- Pode dar aulas, inclusive, em universidades, compartilhando seus conhecimentos;
- Prestar consultorias, atuando junto tanto aos órgãos e agências governamentais quanto, também, para Organizações Não-Governamentais (ONGs) e, até mesmo, para empresas privadas. Nesse caso, pode fornecer insights sobre questões sociais e culturais que afetam políticas públicas, auxiliar na criação de programas de desenvolvimento, adoção de políticas de apoio à diversidade, entre outros.
Quais são os principais intelectuais da Antropologia?
Como você viu até aqui, essa é uma área que atua bastante com a interseção entre teoria e prática e, por isso, ela dialoga bastante com muitos intelectuais que ajudaram, inclusive, a construir o campo da Antropologia.
Vamos conhecer um pouco mais sobre os principais nomes a seguir!
Franz Boas
Ele é considerado o “pai da Antropologia americana moderna”. Sua importância deve-se ao fato de ter sido um dos grandes nomes da ideia de “relativismo cultural” e rejeitou as noções raciais de hierarquia. Com isso, ele se tornou um dos grandes expoentes da corrente culturalista nesse campo.
Em seus estudos, ele também enfatizou a importância da coleta de dados etnográficos detalhados, sendo um dos pioneiros nessa área e introduziu a prática da antropologia de campo.
O próprio Franz Boas ressalva a importância de como a Antropologia seria fundamental para termos um olhar mais tolerante para as diferenças:
“Os dados da antropologia nos ensinam uma maior tolerância às formas de civilização diferentes da nossa, que devemos aprender a olhar sobre as corridas estrangeiras com maior simpatia e com a convicção de que, como todas as raças contribuíram no passado para o progresso cultural, de uma forma ou de outra, elas serão capazes de fazer avançar os interesses da humanidade se nós só estivermos dispostos a dar-lhes uma oportunidade justa.” — Franz Boas
Bronisław Malinowski
Esse intelectual é um dos fundadores da antropologia social britânica. Ele é famoso por seus estudos etnográficos intensivos nas Ilhas Trobriand. Foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento do método de observação participante, uma das mais importantes no trabalho de campo antropológico.
Margaret Mead
Ela é reconhecida pelo seu trabalho sobre as dinâmicas de gênero e sexualidade nas sociedades do Pacífico Sul. Ela ajudou a inovar esse campo pelo fato de que seus estudos questionaram as visões ocidentais sobre sexo e gênero.
Claude Lévi-Strauss
Ele foi um antropólogo francês, um dos maiores nomes da antropologia estruturalista. É conhecido por revolucionar o estudo dos mitos, costumes e línguas indígenas. Uma de suas teorias mais conhecidas é a da estrutura subjacente dos sistemas culturais.
Inclusive, caso tenha interesse para conhecer mais sobre o trabalho do antropólogo, vale a pena conferir o documentário completo “Lévi Strauss — Saudades do Brasil”, presente no canal da TV Senado.
Geertz Clifford
Ficou conhecido pela sua abordagem interpretativa da antropologia. O autor defendia que a cultura deve ser entendida por meio da interpretação de símbolos e significados. Seu trabalho enfatizou a profundidade da descrição etnográfica, que ele chamou de “descrição densa”.
Os campos de investigação da Antropologia
Você já pensou em como as relações humanas são complexas e repletas de variáveis diferentes? Pois é, os antropólogos percebem isso. Por isso, esse é um campo que possui diversas áreas de investigação.
Em geral, esse tipo de pesquisador se especializa nos estudos de uma delas ou, ainda, na intersecção entre elas. Afinal, até aqui, já ficou bem claro que a Antropologia é uma área bastante interdisciplinar, já que alguns campos interferem em outros.
Quer ver um exemplo? Os estudos sobre globalização inevitavelmente vão passar pela área de tecnologia e sociedade. Afinal, você já pensou em como a internet, o desenvolvimento das redes sociais, o uso de aparelhos móveis como smartphones ajudou a acelerar ainda mais esse processo?
Que tal conhecer mais sobre as diferentes áreas que a Antropologia estuda? Vem com a gente e vamos mergulhar mais fundo ainda nesse amplo universo.
Análise de sociedades
Esse é um dos pontos centrais da Antropologia, já que boa parte dos estudos se concentram nas análises sobre como as sociedades são criadas e se estruturam ao longo do tempo e, também, como se diferenciam uma das outras.
Nessa área, os antropólogos se dedicam a pesquisar sobre as estruturas sociais, práticas culturais, e dinâmicas relacionais dentro de diferentes comunidades ao redor do mundo. É um campo essencial, inclusive, para avançarmos no respeito à diversidade.
Alguns dos focos desse campo de estudo são:
- Estrutura social: os pesquisadores investigam como as sociedades se estruturam. As pesquisas analisam divisões em classes sociais, castas, clãs, e outras divisões sociais. Também analisam como essas estruturas influenciam as relações de poder.
- Normas e valores culturais: analisam como valores, normas e códigos morais são estabelecidos, mantidos e transformados dentro de cada sociedade. Também investigam como esse conjunto ético afeta os comportamentos, as práticas sociais e a tomada de decisão dentro do grupo.
- Relações de parentesco: estudo das redes de parentesco e suas funções na organização social. Nesse caso, os antropólogos investigam as próprias concepções de famílias em diferentes sociedades, como elas são formadas e como essas estruturas afetam desde a herança de propriedade até as obrigações sociais e apoio mútuo.
- Rituais e religião: analisam as práticas religiosas e dos ritos e como eles atuam na coesão social, na relação daquela sociedade com o tempo e, também, na mediação das relações entre o indivíduo e o cosmo.
- Economia e subsistência: pesquisam como são as formas econômicas naquela sociedade e como se formam os sistemas de subsistência. Isso inclui, também, a análise de como as pessoas produzem, distribuem e consomem recursos.
- Política e Governo: identifica as formas de governança e organização política e as influências dessa questão na vida diária das pessoas.
Estudo das relações humanas
Outra área importante é o estudo das relações humanas e é um dos pilares fundamentais da Antropologia. Ele foca em como os indivíduos e grupos interagem, se comunicam e estabelecem conexões uns com os outros dentro de diferentes contextos sociais e culturais.
E isso vale para todos os tipos de relações humanas, sabia? Vale para aquelas dos âmbitos: familiares, dinâmicas de poder, relações entre empregador e empregado, amizades, relações afetivas, entre outras possibilidades.
Nesse campo, alguns aspectos-chave analisados são:
- Comunicação e linguagem: analisa como a linguagem é usada para negociar, persuadir, e estabelecer normas e valores dentro de grupos sociais. Lembra-se do trabalho da Antropologia Linguística? Aqui ela tem uma função-chave!
- Dinâmicas de poder: os pesquisadores investigam como o poder é distribuído e exercido nas comunidades. São analisadas, também, as hierarquias sociais, controle de recursos e como a autoridade é constituída nesses contextos.
- Normas sociais e papeis: identifica como as normas sociais influenciam nos papéis que os membros daquela sociedade exercem. Também analisa como ocorrem as expectativas de papéis sociais em determinados grupos (por exemplo, diferenças do que é esperado entre homens e mulheres, crianças e adultos, entre outros).
- Relações de parentesco e casamento: identifica como as famílias e sistemas de parentesco funcionam. Os estudos dessa área analisam questões como padrões de casamento, linhagens, e a transmissão de herança e status.
- Rituais e cerimônias: analisa como os rituais possuem um papel central para demarcar eventos importantes da vida individual e da comunidade, reforçar laços sociais e transmitir tradições culturais. Analisam, por exemplo, as cerimônias de passagem, rituais religiosos e festividades comunitárias.
- Cooperação e conflito: analisa como os grupos gerenciam cooperação para o bem comum, além da resolução de conflitos internos ou externos. Também investiga sobre os mecanismos de resolução de conflitos daquele grupo e as estratégias para manter a ordem social.
Estudos sobre identidade
Uma das áreas de estudo mais em alta no momento, as pesquisas sobre identidade possuem um papel central na Antropologia. Essa área explora como as pessoas entendem a si mesmas e aos outros dentro de diversos contextos culturais e sociais.
É uma área desafiadora, pois a identidade é uma construção complexa e dinâmica. Afinal, pense nisso em relação à sua individualidade: a sua identidade é influenciada por diversos fatores em conjunto:
- Etnia;
- Gênero;
- Classe social;
- Nacionalidade;
- Religião;
- Orientação sexual, entre vários outros fatores.
A análise antropológica da identidade procura investigar como essas variáveis são expressas, negociadas e vivenciadas pelas pessoas em suas vidas diárias.
Entre as possibilidades de estudo, estão:
- Formação de identidade: analisa como as identidades são formadas ao longo do tempo. Além disso, também vê quais são os processos sociais, culturais e psicológicos que interferem na existência de um indivíduo, fazendo com que ele desenvolva uma noção de si mesmo e de pertencimento a determinados grupos.
- Identidade e poder: investiga como as identidades podem ser utilizadas para estabelecer, justificar ou contestar relações de poder em uma sociedade.
- Interseccionalidade: um dos campos com maior expansão em estudos atualmente. Investiga como diferentes áreas atravessam e interferem na identidade de uma pessoa (como raça, gênero, classe), e como criam experiências únicas de privilégio e opressão para diferentes grupos.
- Identidade e globalização: analisa como a globalização afeta as identidades locais e individuais, incluindo o impacto de migrações, mediações culturais e o fluxo transnacional de informações e bens.
- Performance e expressão de identidade: analisa como, após a constituição dessas identidades, de que forma elas são expressas em diferentes contextos, tais como rituais, festivais, práticas religiosas e nas mídias sociais.
Estudos sobre etnicidade
As questões relacionadas com etnicidade e racialidade são tão fundamentais que são estudados também de forma separada do campo de identidade, já que também é atravessada por questões relacionadas às estruturas sociais e relações sociais.
A etnicidade se refere a um grupo de pessoas que se identificam entre si com base em características culturais comuns como língua, ancestralidade, práticas, tradições, história ou nacionalidade.
Fazem parte das análises desse campo:
- Construção da identidade étnica: analisa como essas identidades são socialmente construídas e como os indivíduos geram sensações de pertencimento.
- Interseccionalidade e racialidade: investiga como a etnicidade interage com outras categorias sociais, como classe e gênero, atravessando a experiência de indivíduos e grupos. Isso ajuda a entender a complexidade que compõe as identidades racializadas e as diversas maneiras como a discriminação e a exclusão podem ocorrer.
- Etnicidade e migração: investigações sobre como as identidades étnicas são mantidas, negociadas ou transformadas quando há processos migratórios (sejam eles espontâneos ou forçados).
Cultura e sociedade
Esse é um dos campos mais procurados por quem vai atuar em Antropologia, justamente, porque é um dos campos com maior número de pesquisas. Essa área pesquisa como os seres humanos organizam suas vidas, constroem suas identidades e moldam suas interações sociais dentro de contextos específicos.
A cultura abrange questões relacionadas com valores, crenças, práticas, normas, linguagem, arte, rituais e tecnologias que caracterizam um grupo de pessoas. Inclusive, uma das áreas que tem dominado as teorias nessa área são as dos Estudos Culturais, em conjunto com Decolonialidade.
Alguns dos principais pontos trabalhados nos estudos de cultura são:
- Sistemas de valores e crenças: está relacionado com a forma que crenças e valores são formados a partir da cultura de determinada sociedade e como eles são mantidos dentro das comunidades a partir disso. São estudos que abrangem questões relacionadas com religião, ética e sistemas morais.
- Normas sociais e papeis: analisa como as normas são estabelecidas e em como elas influenciam como determinados comportamentos são vistos como apropriados e esperados dentro de determinada cultura. Também aborda as questões relacionadas com papéis sociais, como visto anteriormente.
- Linguagem e comunicação: analisa como a linguagem é utilizada não só para comunicação, mas uma forma de organização do mundo e dos indivíduos no meio social. Abrange essa área também os dialetos, jargões e outras formas de expressão não-verbal.
- Arte e expressão cultural: investiga como a arte e outras formas de expressão cultural refletem e influenciam a identidade social e cultural de um grupo. Para isso, são analisadas a música, dança, arte visual, literatura e mídia. Inclui, também, como novas formas de expressão artística podem representar, justamente, mudanças culturais importantes.
Diversidade de gênero e sexualidade
Outro campo que tem tido bastante destaque na Antropologia são as pesquisas relacionadas com diversidade de gênero e sexualidade. Esse é um campo crucial, que investiga como diferentes culturas interpretam, expressam e regulamentam identidades de gênero e orientações sexuais.
Ok, não ficou tão claro? A concepção de gênero e sexualidade não é a mesma em todas as sociedades. Os estudos de Antropologia tanto descobriram essas diferenças quanto, também, sistematizam como essa variedade de experiências e expressões ocorre.
Alguns dos pontos que fazem parte desse campo são:
- Análise de como a concepção de gênero é construída: analisa como gênero é socialmente construído e as diversidades encontradas em diferentes sociedades. Esses pesquisadores investigam como as definições de gênero são formadas, mantidas e modificadas, e como elas influenciam a vida das pessoas daquela sociedade.
- Identidades e expressões de gênero: sistematiza como as identidades de gênero podem escapar do binário masculino/feminino em diferentes sociedades. Também analisa como são definidas as identidades transgênero, não-binárias, e genderqueer em diferentes contextos culturais.
- Sexualidade e práticas sociais: estudam a diversidade de experiências e expressões da sexualidade. Inclui, também, as múltiplas possibilidades de orientações, como heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade, e assexualidade e como elas são aceitas (ou não) na sociedade. Também abrange práticas e normas relacionadas ao casamento, namoro, e outras formas de relação.
- Políticas de gênero e sexualidade: analisa como leis, políticas e movimentos sociais influenciam e são influenciados por questões de gênero e sexualidade. Abrange, também, os estudos relacionados com direitos LGBTQIA+, legislação anti-discriminação, e o impacto de políticas públicas na vida das pessoas.
- Interseccionalidade: investiga como as expressões de gênero e sexualidade são atravessadas por outras categorias, como raça e classe, além de identificar como as experiências de privilégio e opressão interferem nessas questões.
Globalização e suas implicações
Muitos temas, não é mesmo? E não para por aí! Até aqui, você viu muito sobre como questões regionais influenciam em questões de cada sociedade. Mas aí temos um fenômeno importante que também faz parte do campo da Antropologia: a globalização.
Esse é um processo complexo, que envolve um movimento intensificação das interações e integrações globais nas áreas econômicas, culturais, políticas e sociais. Por exemplo, hoje a nossa economia é muito mais integrada hoje com outros países do que há 30 anos.
Para a Antropologia, esse campo é essencial para entender como as conexões transnacionais moldam e são moldadas pelas comunidades locais. Os pesquisadores investigam e sistematizam as dinâmicas de troca cultural, as desigualdades que a globalização pode perpetuar ou mitigar, e as formas como as identidades locais são negociadas em resposta a influências globais.
Alguns dos pontos que fazem parte dessa área de investigação são:
- Fluxos culturais: analisa como a cultura é transmitida, adaptada e modificada (ou, ainda, resistida) a partir das fronteiras. Inclui, por exemplo, estudos sobre fãs, criação e consumo de música, cinema, comida e moda. Também analisa como esses elementos são incorporados em contextos locais.
- Economia global: identifica como as práticas econômicas têm se integrado a nível global e como isso afeta as economias globais. Isso pode envolver estudos sobre a influência de corporações multinacionais, a dinâmica de trabalho em contextos transnacionais, e os impactos da migração laboral. Também há muita troca com as Ciências Sociais nesse caso.
- Identidade e resistência: analisa como as pessoas reagem à globalização mantendo suas identidades culturais ou adaptando novas identidades. Também explora movimentos de resistência que surgem como resposta às pressões da globalização.
- Migração e diáspora: investiga os movimentos migratórios de pessoas ou de etnias completas por meio das fronteiras, analisando como as redes diaspóricas funcionam e como esses povos buscam manter sua unidade, mesmo distantes fisicamente do seu lugar de origem.
- Tecnologia e comunicação: analisa como as sociedades utilizam as tecnologias de informação e comunicação, facilitando novas formas de interação e compreensão intercultural. Também pode investigar tanto os desafios quanto resistências relacionadas à privacidade, vigilância e desigualdade no acesso à tecnologia.
Impacto da tecnologia na sociedade
Claro que os estudos sobre tecnologia e sociedade não poderiam deixar de ser analisados pelo olhar da Antropologia, não é mesmo? Afinal, com certeza sua vida social e pessoal foi muito afetada pelo uso das ferramentas digitais.
Quer ver um exemplo? Como suas relações de amizade mudaram ao longo dos anos? O quanto o uso de ferramentas como WhatsApp e redes sociais mudaram essas questões? Pois é, analisar essas mudanças, os impactos e as formas de sociabilização faz parte da Antropologia!
Os antropólogos estudam como o uso das tecnologias influenciam e, também, são influenciadas por contextos culturais. Com isso, analisam tanto as oportunidades quanto os desafios que surgem com a inovação tecnológica.
Esse é um campo cada vez mais importante. Por exemplo, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2023, quase 100% dos brasileiros nas classes mais ricas possuem internet em casa. Porém, nas classes D e E fica em 69%. Além disso, 16% das residências compartilham internet com vizinhos.
Com isso, você já imagina como isso representa desigualdades. Por exemplo, como isso impacta o acesso aos estudos em modalidades de Ensino à Distância (EaD) ou, então, para trabalho remoto. Esse é um importante campo de estudos para os antropólogos.
Alguns dos temas de estudo desses profissionais são:
- Comunicação e relacionamento: analisa como as tecnologias mudaram as formas de comunicação e como, também, essas novas demandas também têm moldado o surgimento de novas tecnologias. Analisam as interações em redes sociais, aplicativos de mensagens, plataformas de vídeo, entre outros. Eles também investigam como isso afeta as relações familiares, amizades e redes profissionais, além de examinar como as identidades são construídas, negociadas e alteradas no universo virtual.
- Trabalho e economia: identifica como a automação, inteligência artificial e outras tecnologias disruptivas estão reformulando tanto o mercado de trabalho quanto, também, as formas de trabalho em si. Esses pesquisadores investigam as consequências dessas mudanças para as práticas laborais, a distribuição de empregos, e a disparidade econômica, tanto local quanto globalmente.
- Privacidade e vigilância: como as tecnologias estão interferindo direta e indiretamente tanto na privacidade e vigilância em si e em como as sociedades alteram as suas percepções sobre o tema ao longo do tempo.
- Acesso e desigualdade: os antropólogos investigam como alguns grupos passam por processos de desigualdade no acesso às tecnologias e de que forma isso pode ampliar as diferenças sociais e econômicas. A antropologia analisa como a divisão digital afeta a inclusão social e econômica em diferentes comunidades ao redor do mundo.
- Educação e aprendizado: as tecnologias educacionais têm mudado a forma como o ensino e a aprendizagem estão acontecendo. Estudos antropológicos nesse campo exploram como diferentes grupos sociais adaptam-se a essas mudanças.
- Cultura e lazer: outro campo de análise é identificar como as tecnologias têm transformado as formas de entretenimento e expressão cultural, desde o processo de produção ao consumo, além do surgimento de novas formas de arte digital e interativa.
Relações de poder e conflito
Outra área central para a Antropologia são os estudos sobre relações de poder e conflito, pois muitas vezes esse campo permeia, justamente, todos os outros temas que você viu até aqui. Isso é até fácil de ser visualizado, sabia?
Por exemplo, como as relações de poder geram opressões em processos de discriminação de gênero e reforçam privilégios? Como o uso de determinadas tecnologias podem reforçar determinadas estruturas de poder?
Algumas das áreas de foco de estudos são:
- Definição das estruturas de poder: os pesquisadores analisam como o poder criado, distribuído e exercido em diferentes contextos sociais. Isso desde as microestruturas de poder, como a família, comunidades, organizações a, também, estruturas maiores, como estados e sistemas globais.
- Dinâmicas de dominação e resistência: investiga como determinados grupos ou indivíduos mantêm sua relação de dominação sobre outros e como quem está em posição de subjulgação definem suas ações de resistência. Isso pode envolver o estudo de movimentos sociais, ciberativismo, revoluções, protestos e outras formas de resistência civil.
- Conflitos sociais e violência: estuda como os conflitos surgem, se desenvolvem e são resolvidos. Envolve diferentes tipos de conflitos, desde os baseados em diferenças étnicas, religiosas, de classe, e outras identidades sociais, bem como a análise de conflitos armados e violência.
- Negociação e mediação: os pesquisadores analisam como são definidas as estratégias que indivíduos e grupos utilizam para tentar negociar seus interesses e como tentam mediar conflitos.
- Poder e identidade: investiga como o poder em algumas sociedades pode estar entrelaçado com questões de identidade, incluindo gênero, raça, nacionalidade e outras categorias.
- Leis e instituições: investiga como a proposição, criação e imposição de leis e instituições refletem e reforçam relações de poder e como são usadas para gerenciar ou mitigar conflitos. Também analisa como mudanças nesse campo podem ser reflexos de mudanças sociais importantes.
Estudos sobre religião e espiritualidade
Outra área interessante de estudos da Antropologia é sobre religião e espiritualidade. Ela investiga como as crenças e práticas religiosas e espirituais influenciam e são influenciadas pelas experiências humanas, culturas e sociedades ao longo do tempo.
Nesse caso, a religião em si é vista não apenas como um conjunto de crenças sobre o divino ou o sobrenatural. Ela também é vista como um complexo sistema cultural que influencia a moral, as leis, as tradições e as interações sociais.
São focos de estudo nessa área:
- Sistemas de crenças: investiga as diversas crenças religiosas e espirituais, de que forma são interpretadas e vividas pelos adeptos. Passa, também, pelas análises dos textos sagrados de cada religião, mitos, dogmas e doutrinas.
- Práticas religiosas: analisa como as atividades cotidianas e ritos das religiões estão relacionadas com a rotina das sociedades. Envolve estudos sobre orações, meditações, serviços religiosos e festivais.
- Organizações religiosas: analisam como as estruturas organizacionais de grupos religiosos, incluindo a liderança, hierarquia, e a administração de instituições religiosas como igrejas, templos, mesquitas e sinagogas. Também analisam como essas organizações podem ter uma relação de poder importante dentro das sociedades.
- Religião e identidade: analisa como esse campo pode estar relacionado diretamente com a formação de identidades individuais e coletivas. Identifica, também, como ela pode estar relacionada com questões sobre nacionalidade, a etnicidade e outras formas de identidade social.
- Religião, cultura e mudança social: investiga como a religião influencia e é influenciada por outras dimensões culturais (como arte, música, e normas sociais). Também analisa como ela responde às mudanças sociais e culturais.
- Diálogo inter-religioso e ecumenismo: identifica os esforços dos entes religiosos e espirituais nos diálogos com outras religiões e como elas atuam de forma colaborativa. Da mesma forma, também investiga as relações conflituosas entre algumas religiões e como esses processos são mediados.
Migração e fronteiras
Em um mundo cada vez mais globalizado e, também, com aumento no número de conflitos, as migrações aparecem como um ponto central de investigação. É uma área que analisa os movimentos de pessoas entre regiões, países e continentes, e os complexos fenômenos sociais, políticos e culturais que acompanham esses fluxos.
Um ponto interessante é que a Antropologia da migração não olha apenas para a parte física da movimentação, ou seja, o fluxo de pessoas em si. Mas, também, analisa como isso leva a implicações de identidade, as transformações culturais para esses povos, entre outros pontos.
Alguns dos principais campos de estudo nesse caso são:
- Motivações para a migração: analisa quais são os contextos sócio-históricos, econômicos e políticos que fazem com que pessoas saiam de seus territórios para outras regiões. Analisa se isso está relacionado com busca por melhores oportunidades de emprego até a fuga de conflitos, perseguições ou desastres naturais. Atualmente, tem ganhado maior destaque pela tendência de surgimento de refugiados do clima, devido às mudanças globais.
- Impacto das migrações: analisa os efeitos das migrações nas comunidades de origem e, também, no local de destino. Esse ponto inclui questões como mudanças demográficas, alterações culturais, econômicas (como dinâmicas de trabalho para imigrantes e refugiados) e sociais. Também analisa como as identidades dos imigrantes pode se transformar, de forma pessoal e coletiva, ao longo do tempo.
- Políticas de migração e legislação: analisa as políticas governamentais que regulam a migração e o impacto delas nas vidas dos imigrantes. Envolve a análise de leis de imigração e eventuais mudanças, asilo e refúgio, bem como as práticas de detenção e deportação. Também inclui as políticas públicas relacionadas com esse assunto.
- Fronteiras e identidades: estuda como as fronteiras são construídas e contestadas, tanto física quanto simbolicamente, e como elas afetam as identidades dos indivíduos que as atravessam. Isso inclui o estudo das fronteiras nacionais, mas também de fronteiras étnicas, culturais e sociais.
- Experiências dos imigrantes: realiza a documentação e análise das experiências vividas pelos indivíduos e grupos, incluindo os desafios da integração, as estratégias de sobrevivência e adaptação, e a manutenção de laços com suas comunidades de origem.
- Diásporas e redes transnacionais: estuda as comunidades diaspóricas e como elas tentam manter conexões culturais, econômicas e sociais com as comunidades de origem.
- Refugiados e solicitantes de asilo: foca nos grupos forçados a migrar, devido a questões relacionadas com conflitos ou perseguir grupos específicos. Os pesquisadores examinam suas rotas, políticas de acolhimento nos países de destino e desafios que os grupos enfrentam.
Quais são os métodos que a Antropologia utiliza
Como você viu, a Antropologia possui muitas possibilidades de estudos diferentes, o que torna essa área instigante. Afinal, você pode seguir por diferentes possibilidades de pesquisa.
A Antropologia pode utilizar diversos métodos que fazem parte de outras áreas das Ciências Humanas e Sociais. Porém, há dois deles que são muito utilizados nesse campo: a observação participante e a etnografia.
Vamos conhecer mais sobre eles a seguir!
Observação participante
Um dos principais métodos utilizados na Antropologia, a observação participante é caracterizada pela presença do antropólogo na sociedade ou no grupo que está sendo estudado e participando ativamente dos processos ali existentes.
Por exemplo, um antropólogo que esteja pesquisando sobre grupos de Slam participará das batalhas, acompanhará como os participantes desenvolvem seu processo criativo, entre outras possibilidades.
Nesse processo, o pesquisador aproveita para coletar dados de maneira mais direta, íntima e com contato direto com os membros daquele grupo. Ele participa das atividades diárias dos sujeitos que estão sendo estudados, observando suas interações e comportamentos dentro do contexto cultural daquele espaço.
Algumas das características desse método são:
- Imersão cultural: o pesquisador vive e interage diretamente com a comunidade por um período prolongado, o que pode variar de vários meses a anos. Essa imersão profunda ajuda a entender a complexidade das práticas culturais e sociais do grupo.
- Participação ativa: ela envolve um engajamento ativo nas atividades cotidianas do grupo estudado. Isso pode incluir participar de cerimônias, trabalhar junto com membros da comunidade, e participar de eventos. Com isso, ele consegue ter uma compreensão ativa e mais profunda do grupo.
- Flexibilidade e adaptabilidade: o antropólogo precisa ser flexível e ter uma boa capacidade de adaptação para lidar com circunstâncias adversas que podem surgir no campo. Mesmo em investigações mais simples, podem ocorrer situações inesperadas e poderá ser necessário que o pesquisador ajuste seus métodos e focos de estudo.
- Documentação: durante a observação participante, o profissional precisa manter um registro detalhado das observações, reflexões e experiências. Diários de campo, gravações de áudio, fotografias e anotações são típicos e ajudam na análise dos dados ao final do trabalho de campo.
- Postura ética e respeitosa: o antropólogo deve manter um alto padrão ético, garantindo que a presença e as atividades de pesquisa não prejudiquem os membros da comunidade. Isso inclui o respeito pela privacidade, consentimento informado e a sensibilidade às questões culturais.
Etnografia
Outro método central na Antropologia é a etnografia. Ela é o estudo detalhado e sistemático das culturas através da observação direta e participação na vida diária das pessoas.
Inclusive, a etnografia pode abranger a observação participante e ir até mesmo além dela. Ela inclui a coleta e análise de dados para entender as normas, comportamentos, rituais e estruturas sociais de uma cultura.
Além dos pontos que você já viu sobre o método anterior, ela também abrange:
- Poder mesclar métodos qualitativos e quantitativos: ainda que a etnografia seja predominantemente qualitativa (envolvendo técnicas como entrevistas detalhadas, grupos focais e observação participante), ela também pode incluir métodos quantitativos para coletar dados sobre padrões de comportamento, distribuições demográficas ou outras medidas quantificáveis.
- Relatórios detalhados: etnógrafos produzem relatórios detalhados que não apenas descrevem as práticas observadas, mas também interpretam essas práticas em um contexto cultural mais amplo.
Como entrar no campo da Antropologia
E aí, com todas essas informações, o que você achou da Antropologia? Muitas pessoas acham esse campo fascinante e é uma excelente opção de formação, inclusive. Mas afinal,
Aproxime-se mais do dia a dia da Antropologia
Se você está em busca ainda de conhecer mais sobre áreas do conhecimento para saber se é uma boa possibilidade profissional, é interessante se aproximar mais sobre como é o dia a dia da Antropologia.
Por ser um campo fascinante e com diversos relatos produzidos pelos antropólogos, há diversos materiais que ajudam a mostrar como é a rotina nesse trabalho. Os livros dos intelectuais que você viu antes nesse guia completo pode ser um excelente ponto de partida.
Algumas indicações de livros que podem ajudar a conhecer mais sobre essa área são:
- Investigando a Cultura: uma Introdução Experimental à Antropologia — Carol Delaney e Deborah Kaspin;
- O que faz o brasil, Brasil? — Roberto da Matta;
- Comunidades Imaginadas — Bennedict Anderson.
Além desses livros, os documentários podem ajudar a ter uma outra perspectiva. Um exemplo interessante é o “Antropologia — documentário completo”, que está disponível completo no YouTube. Vale a pena conferir!
Conheça mais sobre Ciências Sociais
Algumas universidades possuem o curso específico de Antropologia. É o caso, por exemplo, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unila).
Porém, outro caminho para chegar nessa profissão é por meio do bacharelado em Ciências Sociais (que pode ser encontrado, também, com o nome de Sociologia). Esse é um campo amplo de estudo que engloba, também, a Antropologia em sua formação.
Assim, quem faz esse curso sai preparado tanto para ser um sociólogo quanto um antropólogo ou, ainda se especializar em outras áreas interdisciplinares. Então, é interessante, também, conhecer mais sobre essa formação, suas características e o que você aprenderá no curso.
Alguns dos campos que você terá contato na formação em Ciências Sociais são:
- Antropologia: você já viu tudo que engloba esse tema ao longo deste guia;
- Sociologia: examina a estrutura social, incluindo grupos, instituições e problemas sociais, focando em como as sociedades são organizadas e suas mudanças ao longo do tempo.
- Psicologia Social: analisa como os indivíduos são influenciados por suas interações sociais e pelo contexto social, analisando tudo desde a conformidade e influência até as dinâmicas de grupo.
- Economia: analisa as dinâmicas que influenciam na economia geral e na microeconomia. O aluno estudará questões relacionadas com modelos econômicos, produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
- Ciência política: estuda os sistemas políticos, teorias políticas, relações internacionais e o processo político. Foca tanto nas instituições políticas tradicionais quanto o comportamento político.
- Estudos culturais: estuda os aspectos culturais da sociedade, incluindo arte, literatura, e mídia, e como estes refletem e influenciam questões sociais e políticas.
Escolha as melhores opções de cursos para sua formação
Seja nas Ciências Sociais ou em graduações específicas de Antropologia, é fundamental escolher os cursos mais bem avaliados e instituições com uma boa nota nos principais rankings.
Afinal, isso impacta diretamente na sua formação, além de também abrir portas no futuro com um bom nome no currículo.
Mas como escolher as melhores opções? Uma dica legal é analisar alguns índices bastante utilizados por candidatos para achar a melhor graduação para seu futuro. Estão entre as principais que você pode consultar:
- Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade): exame aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ele visa avaliar como é o processo de aprendizagem dos estudantes ao longo da formação. Pode mostrar se o seu curso escolhido realmente consegue ensinar os alunos as competências necessárias para formar bons profissionais. A nota máxima é 5 e os melhores cursos possuem nota 4 ou 5.
- Índice Geral de Cursos (IGC): é a avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC), que considera não só o Enade, mas, também, outras avaliações realizadas pela instituição para pontuar os cursos especificamente e a instituição como um todo. Com nota máxima 5, você pode optar por formações com nota 4 e 5, que vai se sair bem!
- Ranking Universitário Folha (RUF): avaliação feita pela Folha de São Paulo, que analisa diversos critérios para ranquear todas as universidades e faculdades, públicas ou privadas, do país. Ela considera tanto o Enade, IGC e ainda realiza outras avaliações independentes para construir o ranking.
Prepare-se para o Enem e vestibulares
Escolheu o melhor curso para sua formação? Então é hora de começar a preparação para o Enem e vestibulares. Afinal, tal como você, com certeza outros alunos interessados nessa área também disputarão vagas em instituições de excelência.
Para ter um bom rendimento nas provas e conquistar sua vaga dos sonhos, algumas dicas fundamentais são:
- Entenda o formato das provas: quanto mais familiarizado você estiver tanto com o formato do Enem quanto dos vestibulares, maiores as chances de tirar boas notas. Então, dedique um tempo para entender os tipos de questões, os temas mais frequentes, e o tempo que você precisará para lidar com cada sessão.
- Crie um plano de estudos: esse plano deve ser personalizado conforme a sua rotina, considerando também o tempo paro seu lazer e descanso. Divida seu tempo entre as diferentes matérias e dedique um tempo para revisar conteúdos antigos e aprender novos tópicos. A disciplina será sua maior aliada, então tente estudar um pouco todos os dias. Dedicar-se por 15 minutos pode fazer uma grande diferença!
- Materiais de estudo: estude com materiais atualizados e bem produzidos. Também é importante utilizar diferentes formatos de conteúdo: podcasts, mapas mentais, apostilas, videoaulas, entre outras possibilidades. Com isso, você não cansa de um determinado formato e arrasa na prova!
- Faça questões anteriores: para entender como funciona a prova e se familiarizar com o modelo, uma estratégia é fazer provas de anos anteriores. Isso ajuda, inclusive, a gerenciar melhor o tempo durante o exame e evitar o desconforto de precisar chutar algumas questões porque a prova já está encerrando.
- Cuide da sua saúde mental e física: um erro comum é dedicar todo o seu tempo para os estudos e deixar de lado seu descanso e diversão. Não deixe de lado seus exercícios físicos, alimentação e esteja com os amigos. Isso ajuda a manter a saúde mental em dia até o dia do exame.
- Estude em grupo: estudar sozinho pode ser muito solitário. Ao criar grupos de estudo com os amigos, é possível aumentar a motivação de todo mundo e apoiar mutualmente. Além disso, explicar um conteúdo é, também, uma excelente forma de aprender, sabia?
- Entre em um curso preparatório: os cursos preparatórios são aliados essenciais para ajudar na sua organização para as provas. Com isso, você consegue ficar relaxado e só focar na sua preparação. Além disso, é uma opção interessante para ter acesso a conteúdos voltados para as provas específicas, treinar redação e ter um feedback do seu texto, além de poder fazer simulados e acompanhar seus resultados.
Ah, e uma curiosidade interessante: muitos dos pontos que listamos aqui nesse guia fazem parte da prova dos Conteúdos Programáticos do Enem e dos vestibulares, sabia?
Por exemplo, a questão das identidades, migrações, etnocentrismo, comunicação digital e o respeito às diversidades costumam aparecer com certa frequência nas provas. Além, claro, da Sociologia como um todo estar presente na prova de Ciências Humanas e Suas Tecnologias. Então, fique de olho nisso!
Confira também: no Stoodi, entenda melhor sobre Antropologia!
Comece já sua preparação para Enem e vestibulares
Para conseguir sua vaga nos melhores cursos de Ciências Sociais para poder mergulhar no mundo da Antropologia, é preciso arrasar tanto no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) quanto para os vestibulares próprios. Um bom cursinho preparatório ajudará nessa jornada!
Conte com um cursinho que entrega uma experiência personalizada, até mesmo, na criação de cronograma para seus estudos. Aprenda com aulas atualizadas e com professores experts em ensinar os assuntos até mais complexos com uma didática incrível. Tudo isso e mais benefícios você encontra no Stoodi!
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