O Império Romano é considerado uma das maiores civilizações da história mundial. Seu domínio abrangeu toda a Europa, Oriente Médio, norte da África e, também, teve uma longa duração. Sua queda, inclusive, é um dos marcos da passagem para a Idade Média, de tão significativo que foi.
Contudo, antes desse momento, ocorreu uma cisão entre o Império Romano do Ocidente e do Oriente. E como isso pode aparecer em sua prova do Enem, é muito importante que você saiba tudo que precisa sobre o assunto. Vamos ver a seguir.
O que foi o Império Romano do Ocidente
O Império Romano do Ocidente surge a partir da cisão do território entre Ocidente e Oriente (cuja capital dessa segunda seria em Constantinopla). Isso aconteceu em 395, por meio do imperador Teodósio.
Surgimento do Império Romano do Ocidente
Mas por que um império tão importante decidiu passar por essa cisão? Nesse momento, o território do Império Romano estava sofrendo com as invasões bárbaras, realizadas por diversos povos, entre eles ostrogodos, visigodos, francos, saxões, anglos, alanos, entre outros.
Nesse momento, os ataques ainda não eram tão intensos e a ideia da separação era tentar manter a coesão entre Oriente e Ocidente e reduzir fragilidades militares, sendo uma estratégia de defesa contra essa pressão.
Contudo, o período de duração do Império Romano do Ocidente foi relativamente curto (se compararmos com a duração do período imperial como um todo). Isso porque no século V, as invasões bárbaras se tornaram ainda mais intensas.
Por exemplo, os visigodos conseguiram saquear Roma, a capital do Império Romano do Ocidente e, depois, dominar territórios importantes, como as regiões que hoje compõem Portugal e Espanha (a Península Ibérica).
Com isso, o curto Império Romano do Ocidente durou entre os anos 395 e 476, ou seja, menos de 100 anos.
Principais fatos do Império Romano do Ocidente
Alguns dos principais fatos históricos que fazem parte do período de duração do Império Romano do Ocidente são:
- dominação da Península Ibérica pelos visigodos;
- segunda onda de invasões a partir do século V, com a entrada dos ostrogodos, vândalos, suevos e hunos;
- queda de Roma, com os saques dos bárbaros, ocorrida em 410;
- brigas internas constantes, que também enfraqueceram o poder romano.
Como termina o Império Romano do Ocidente
O fim do Império Romano do Ocidente aconteceu no ano de 476, tendo como último imperador a figura de Rômulo Augusto. A intensificação dos ataques dos bárbaros minou as defesas imperiais, que não suportaram o momento no qual ocorreu o auge da violência na região.
Com medo da violência dos bárbaros, a estrutura centralizada do Império Romano do Ocidente rui e começa um novo sistema, voltado para a criação dos feudos: é quando se inicia a Idade Média e temos o começo do sistema de produção feudalista.
A ideia da migração das cidades para as propriedades rurais era uma tentativa de buscar maior segurança. Para aqueles que não tinham poder aquisitivo para sua propriedade, começou a existir o processo de servidão, ou seja, essas pessoas passavam a serem servos dos senhores feudais, mas esse é assunto para outro post!
Cabe lembrar que, enquanto o Império Romano do Ocidente ruía, o do Oriente durou até o ano 1453, com a queda de Constantinopla. Mas aqui ele ganha um novo nome: Império Bizantino, outro tema que também merece atenção nos seus estudos.
Ficou alguma dúvida sobre o Império Romano do Ocidente? Conte para gente e vamos ajudá-lo nisso!
Perguntas Frequentes
Muitas das características do Império Romano continuaram influenciando a sociedade ocidental e chegando, inclusive, nos dias atuais. Por exemplo, o Direito Romano é uma das bases, inclusive, do Direito Brasileiro.
A língua latina influenciou no surgimento dos idiomas latinos, derivados do praticado em Roma. É o caso do português, espanhol, italiano e francês. Outros pontos que influenciaram o ocidente foram a literatura, o calendário romano, arte, tecnologia, arquitetura, entre outros.
O Império Romano foi caracterizado por uma forte política expansionista, poder centrado na figura do imperador, arrecadação de impostos por meio de cobrança de taxas das províncias. A sociedade era patriarcal e hierarquizada, dificultando a ascensão social de quem estava nas classes mais baixas.
Na questão cultural, foi marcada pela Política do “Pão e Circo”, com a ideia de promover as famosas batalhas de gladiadores e oferecer alimentos para os mais pobres, para minimizar as revoltas sociais na região.
A ideia da cisão era proporcionar uma maior proteção diante das invasões bárbaras, já que o território era muito extenso e a centralização em Roma estava dificultando a gestão de tantos territórios.
Além disso, muitos problemas internos da sociedade romana também estavam impactando a gestão e, com isso, deixando o território suscetível ao ataque dos inimigos.