Durante os seus estudos, é provável que você já tenha se deparado com algum termo meio estranho, sobre o qual você nunca ouviu falar antes. Neste post, vamos falar sobre um desses exemplos: a palavra vizir.
Afinal, o que isso significa? Um spoiler: tem a ver com História! Continue a leitura e confira o significado dessa palavra, como ela pode ser cobrada no vestibular e no Enem e muito mais. Vamos lá!
O que é o vizir?
Vizir era uma figura muito importante no Império Persa, representando o ministro e o conselheiro do rei daquela região. A sua principal função era mediar a comunicação entre o povo e o governante.
Esse tipo de auxiliar do governo se tornou, também, um importante personagem de apoio aos governantes islâmicos e portugueses. Neste último caso, são conhecidos como “alvazil”.
Em qual matéria ele está inserido?
O termo vizir é comumente visto nas questões de História. No entanto, também podem aparecer em exercícios de Filosofia, Sociologia e até de interpretação, como veremos mais abaixo.
Exemplos práticos de sua aplicação
Atualmente, o cargo que mais se aproxima do de um vizir é o do primeiro-ministro. Essa pode ser uma boa forma de contextualizar o tema em uma questão dissertativa ou, quem sabe, em sua redação.
Como estudar o tema para o Enem e vestibulares?
Estudar palavras como vizir exige atenção para que o termo não fuja da sua mente bem na hora da prova. Uma dica é usar flashcards com esse e outros conceitos “diferentões”, a fim de ajudar na fixação. Esta é, também, uma boa forma de revisar!
Além disso, fazer exercícios ajuda muito na fixação dos conceitos. Continue a leitura e veja um exemplo!
Exemplo de exercício que cai na prova do Enem ou vestibular
Confira, agora, um exemplo de questão sobre o tema que já apareceu em uma prova de vestibular!
(Unifesp 2016) O tabuleiro de xadrez persa
Segundo o modo como ouvi pela primeira vez a história, aconteceu na Pérsia antiga. Mas podia ter sido na Índia ou até na China. De qualquer forma, aconteceu há muito tempo. O grão-vizir, o principal conselheiro do rei, tinha inventado um novo jogo. Era jogado com peças móveis sobre um tabuleiro quadrado que consistia em 64 quadrados vermelhos e pretos. A peça mais importante era o rei. A segunda peça mais importante era o grão-vizir – exatamente o que se esperaria de um jogo inventado por um grão-vizir. O objetivo era capturar o rei inimigo e, por isso, o jogo era chamado, em persa, shahmat – shah para rei, mat para morto. Morte ao rei. Em russo, é ainda chamado shakhmat. Expressão que talvez transmita um remanescente sentimento revolucionário. Até em inglês, há um eco desse nome – o lance final é chamado checkmate (xeque-mate). O jogo, claro, é o xadrez. Ao longo do tempo, as peças, seus movimentos, as regras do jogo, tudo evoluiu. Por exemplo, já não existe um grão-vizir – que se metamorfoseou numa rainha, com poderes muito mais terríveis.
A razão de um rei se deliciar com a invenção de um jogo chamado “Morte ao rei” é um mistério. Mas reza a história que ele ficou tão encantado que mandou o grão-vizir determinar sua própria recompensa por ter criado uma invenção tão magnífica. O grão-vizir tinha a resposta na ponta da língua: era um homem modesto, disse ao xá. Desejava apenas uma recompensa simples. Apontando as oito colunas e as oito filas de quadrados no tabuleiro que tinha inventado, pediu que lhe fosse dado um único grão de trigo no primeiro quadrado, o dobro dessa quantia no segundo, o dobro dessa quantia no terceiro e assim por diante, até que cada quadrado tivesse o seu complemento de trigo. Não, protestou o rei, era uma recompensa demasiado modesta para uma invenção tão importante. Ofereceu joias, dançarinas, palácios. Mas o grão-vizir, com os olhos apropriadamente baixos, recusou todas as ofertas. Só desejava pequenos montes de trigo. Assim, admirando-se secretamente da humildade e comedimento de seu conselheiro, o rei consentiu.
No entanto, quando o mestre do Celeiro Real começou a contar os grãos, o rei se viu diante de uma surpresa desagradável. O número de grãos começa bem pequeno: 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, 1024… mas quando se chega ao 64o quadrado, o número se torna colossal, esmagador. Na realidade, o número é quase 18,5 quintilhões*. Talvez o grão-vizir estivesse fazendo uma dieta rica em fibras.
Quanto pesam 18,5 quintilhões de grãos de trigo? Se cada grão tivesse o tamanho de um milímetro, todos os grãos juntos pesariam cerca de 75 bilhões de toneladas métricas, o que é muito mais do que poderia ser armazenado nos celeiros do xá. Na verdade, esse número equivale a cerca de 150 anos da produção de trigo mundial no presente. O relato do que aconteceu a seguir não chegou até nós. Se o rei, inadimplente, culpando-se pela falta de atenção nos seus estudos de aritmética, entregou o reino ao vizir, ou se o último experimentou as aflições de um novo jogo chamado vizirmat, não temos o privilégio de saber.
* 1 quintilhão = 1 000 000 000 000 000 000 = 1018. Para se contar esse número a partir de 0 (um número por segundo, dia e noite), seriam necessários 32 bilhões de anos (mais tempo do que a idade do universo).
(Carl Sagan. Bilhões e bilhões, 2008. Adaptado.)
Considerado em seu contexto, o trecho “A razão de um rei se deliciar com a invenção de um jogo chamado ‘Morte ao rei’ é um mistério.” (2o parágrafo) sugere que
a) o caráter misterioso das regras do xadrez decorre de sua ligação com a esfera política.
b) a satisfação do rei com um jogo que visa sua morte é algo difícil de ser explicado.
c) a alusão à morte presente no nome do jogo não foi compreendida pelo rei.
d) as origens do jogo de xadrez ainda precisam ser esclarecidas.
e) o próprio rei parecia desconhecer o funcionamento do jogo de xadrez.
Resposta: alternativa b
Agora é com você!
Gostou de saber o que é um vizir? Esse é um termo pouco conhecido e entender mais sobre ele é uma ótima forma de mandar bem no vestibular. Agora, não deixe de mandar ver nos exercícios e se preparar cada vez mais!
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