Tudo sobre a Insulina: o hormônio que regula a glicemia e ajuda no controle da Diabetes

mulher com seringa aberta

Antes de falar da Insulina precisamos apresentar a Diabetes. Afinal a insulina é a coadjuvante, uma forma de tratar a Diabetes. 

A Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz.

Classificação da Diabetes

A Sociedade Brasileira de Diabetes adota a seguinte classificação

  • Diabetes Tipo 1: Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença.

O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

  • Diabetes Tipo 2: O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia.

Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.

Como evitar a Diabetes?

Estar atento à sua saude, manter os exames em dia e o peso saudável já fazem uma grande diferença. Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes): 

“A maioria das pessoas não sabe o que é pré-diabetes. Uma pesquisa feita pela SBD em parceria com o laboratório farmacêutico Abbott apontou que apenas 30% dos pacientes tinham informações sobre essa condição.

O termo pré-diabetes é usado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de Diabetes Tipo 2. Obesos, hipertensos e pessoas com alterações nos lipídios estão no grupo de alto risco.

É importante destacar que 50% dos pacientes nesse estágio ‘pré’ vão desenvolver a doença. O pré-diabetes é especialmente importante por ser a única etapa que ainda pode ser revertida ou mesmo que permite retardar a evolução para o diabetes e suas complicações.

Por que existe essa preocupação? Muitos pacientes, ao serem comunicados de que têm pré-diabetes, não enxergam ali uma oportunidade. Deixam para ‘cuidar’ quando o proble-ma se agravar. Só que o pré-diabetes pode prejudicar nervos e artérias, favorecendo diversos outros males, a exemplo de infarto e derrames (veja em Complicações)

A mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são os principais fatores de sucesso para o controle. No entanto, para 60% dos pacientes, a dieta é o passo mais difícil a ser incorporado na rotina. Ao todo, 95% têm dificuldades com o controle de peso, dieta saudável e exercícios regulares. Lembre-se: ninguém morre de diabetes, e sim do mau controle da doença.

De acordo com a International Diabetes Federation, entidade ligada à ONU, existem no mundo mais de 380 milhões de pessoas com diabetes. Na maioria dos casos, a doença está associada a condições como obesidade e sedentarismo, ou seja, pode ser evitada. É possível reduzir a taxa de glicose no sangue com medidas simples. Perder de 5 a 10% do peso por meio de alimentação saudável e exercícios faz uma grande diferença na qualidade de vida. “

casal cozinhando legumes
A alimentação saudável ajuda a perder peso e ter mais qualidade de vida

Fatores de risco para o pré-diabetes:

Assim como Diabetes Tipo 2, o pré-diabetes pode chegar à sua vida sem que você perceba. Ter consciência dos riscos e buscar o diagnóstico é importante, especialmente se o pré-diabetes for parte do que nós chamamos de ‘síndrome metabólica’:

  • Pressão alta
  • Alto nível de LDL (‘mau’ colesterol) e triglicérides; 
  • E/ou baixo nível de HDL (‘bom’ colesterol)
  • Sobrepeso, principalmente se a gordura se concentrar em torno da cintura

A alimentação saudável faz toda a diferença para a qualidade de vida e evitar a diabetes. O nutricionista tem papel fundamental na saúde das pessoas. 

Veja aqui:  as matérias que caem no vestibular de nutrição

O que é a Insulina?

A insulina é um hormônio essencial para a regulação da glicose no corpo humano. Produzida pelas células beta do pâncreas, a insulina facilita a absorção da glicose pelas células, especialmente nos músculos e tecidos adiposos, permitindo seu uso como fonte de energia ou armazenamento na forma de glicogênio no fígado. Além disso, a insulina inibe a produção de glicose pelo fígado e promove a síntese de proteínas e lipídios.

Mecanismo de Ação da Insulina

Quando ingerimos alimentos, especialmente carboidratos, eles são digeridos e transformados em glicose, elevando os níveis de açúcar no sangue. Em resposta, o pâncreas libera insulina na corrente sanguínea. A insulina se liga aos receptores nas superfícies das células, permitindo que a glicose entre nelas. Sem insulina, a glicose se acumula no sangue, levando à hiperglicemia, uma condição característica do diabetes.

Importância da Insulina no Metabolismo

A insulina desempenha um papel crucial no equilíbrio energético do corpo. Ela não só facilita o uso da glicose como fonte de energia imediata, mas também promove o armazenamento de energia para uso futuro. 

Nos músculos, a insulina estimula a síntese de proteínas e glicogênio;

No tecido adiposo, promove a formação de triglicerídeos, que são armazenados como gordura.

No fígado, além de incentivar a síntese de glicogênio, a insulina inibe a gliconeogênese, processo pelo qual o fígado produz glicose a partir de compostos não-carboidratos.

Tipos de Insulina e Suas Diferenças

Existem vários tipos de insulina disponíveis, cada um com diferentes tempos de início, pico de ação e duração. Esses diferentes tipos permitem uma personalização da terapia insulínica para melhor controle glicêmico.

Insulina de Ação Rápida

Insulinas de ação rápida, como a insulina lispro, aspart e glulisina, começam a agir em cerca de 15 minutos, atingem o pico em 1-2 horas e duram de 3 a 5 horas. São usadas para controlar o aumento rápido de glicose no sangue após as refeições.

Insulina de Ação Curta

A insulina regular, ou de ação curta, começa a agir em 30 minutos, atinge o pico em 2-3 horas e dura de 6 a 8 horas. É usada para o controle das refeições e pode ser administrada por injeção de insulina por via subcutânea ou intravenosa em situações de emergência.

Insulina de Ação Intermediária

A insulina NPH (Neutral Protamine Hagedorn) é uma insulina de ação intermediária. Ela começa a agir em 1-2 horas, atinge o pico em 4-12 horas e dura cerca de 12-18 horas. É frequentemente usada em combinação com insulinas de ação rápida ou curta para fornecer controle basal.

homem aplicando insulina na barriga
A insulina intermediária pode agir entre 12 e 18 horas

Insulina de Ação Prolongada

Insulinas de ação prolongada, como a glargina, detemir e degludec, têm uma duração de 24 horas ou mais, sem pico pronunciado, oferecendo um nível basal de insulina ao longo do dia. Elas são administradas uma vez ao dia e são ideais para manter níveis constantes de insulina entre as refeições e durante a noite.

Insulina Pré-Misturada

As insulinas pré-misturadas combinam insulina de ação rápida ou curta com insulina de ação intermediária, fornecendo tanto controle basal quanto de refeições em uma única injeção. Exemplos incluem misturas de insulina lispro protamina/lispro e insulina aspart protamina/aspart.

Métodos de Administração de Insulina

A insulina pode ser administrada de várias maneiras, cada uma adequada para diferentes necessidades e preferências dos pacientes. Sempre sob orientação médica de acordo com o histórico e condições de saúde individual; Veja os métodos mais comuns:

Injeção Subcutânea ou Intravenosa

O método mais comum de administração de insulina é através de injeções subcutâneas, geralmente aplicadas no abdômen, coxas, nádegas ou braços. As seringas e as canetas de insulina são as formas mais tradicionais, com as canetas oferecendo maior conveniência e precisão.

Em situações de emergência, como cetoacidose diabética, a insulina pode ser administrada por via intravenosa para um controle rápido e eficaz dos níveis de glicose no sangue.

Bombas de Insulina

A SBD explica que A Bomba de Infusão (BI) é um dispositivo eletrônico, parecido com os antigos bips, que fica conectada ao corpo através de um cateter, ligado à um reservatório com insulina, e uma cânula flexível inserida no tecido subcutâneo. A orientação é que todo o conjunto de infusão seja trocado a cada 48 a 72 horas, para evitar inflamação ou infecção local. Os locais que podem ser utilizados para aplicação são os mesmos da injeção: abdome, braços, coxas, flancos e glúteos.

O tipo de insulina usado na BI é a insulina análoga de ação ultra- rápida. Sua infusão é feita em micro doses, simulando o funcionamento fisiológico do pâncreas através da infusão de insulina basal e bolus. A insulina basal é a quantidade de insulina administrada durante às 24 horas e a insulina bolus é a quantidade de insulina administrada para correção da glicemia (hiperglicemia) e para as refeições, utilizando a técnica de contagem de carboidratos. Isso aumenta a flexibilidade no estilo de vida e melhora do controle glicêmico.

A insulina precisa de conhecimentos específicos para ajudar os pacientes:

Veja alguns cursos de Graduação na área da saúde.

Efeitos Colaterais da Insulina

Embora a insulina seja vital para o tratamento do diabetes, ela pode causar efeitos colaterais que variam de leves a graves. Aqui, trazemos os principais:

Hipoglicemia

A hipoglicemia, ou baixos níveis de glicose no sangue, é o efeito colateral mais comum da terapia com insulina. Pode ocorrer se a dose de insulina for muito alta em relação à ingestão de alimentos ou atividade física. Sintomas incluem tremores, sudorese, confusão, palpitações e, em casos graves, convulsões e perda de consciência.

Reações Alérgicas

Alguns pacientes podem desenvolver reações alérgicas à insulina ou demais substâncias presentes nas formulações. Essas reações podem variar de erupções cutâneas leves a reações anafiláticas graves.

mulher coçando braço avermelhado
Quem tem alergia à insulina pode ter erupções cutâneas

Lipodistrofia

A lipodistrofia é a alteração no tecido adiposo subcutâneo, ocorrendo no local das injeções frequentes de insulina. Pode se manifestar como lipoatrofia (perda de gordura) ou lipohipertrofia (acúmulo de gordura), afetando a absorção da insulina.

Edema Insulínico

O edema insulínico é a retenção de líquidos que pode ocorrer no início da terapia com insulina, geralmente resolvendo-se com o tempo.

Protocolos de Dosagem de Insulina

Os protocolos de dosagem de insulina são personalizados para atender às necessidades individuais de cada paciente, levando em consideração fatores como tipo de diabetes, estilo de vida, dieta e resposta à insulina.

Dosagem Baseada no Peso Corporal

A dosagem inicial de insulina geralmente é baseada no peso corporal do paciente, com ajustes feitos com base no monitoramento dos níveis de glicose no sangue.

Regimes de Insulina Basal-Bolus

O regime basal-bolus combina insulina de ação prolongada (basal) para manter os níveis de glicose entre as refeições e insulina de ação rápida (bolus) para controlar os aumentos pós-prandiais.

Ajustes Baseados no Monitoramento Glicêmico

O acompanhamento contínuo dos níveis de glicose no sangue é crucial para ajustar a dosagem de insulina e evitar tanto a hiperglicemia quanto a hipoglicemia. Isso pode incluir a medição frequente da glicose capilar e o uso de sistemas de monitoramento contínuo de glicose (CGM).

Monitoramento Contínuo de Glicose

O monitoramento contínuo de glicose (CGM) é uma ferramenta valiosa para o controle do diabetes, fornecendo dados em tempo real sobre os níveis de glicose no sangue.

Como Funciona o CGM

Os sistemas de CGM consistem em um sensor subcutâneo que mede a glicose no fluido intersticial a cada poucos minutos, transmitindo os dados para um dispositivo receptor ou um aplicativo de smartphone. Isso permite que os pacientes e profissionais de saúde identifiquem padrões e ajustem a terapia insulínica de maneira mais eficaz.

Benefícios do CGM

O CGM oferece vários benefícios, incluindo a detecção precoce de hipoglicemia e hiperglicemia, redução da variabilidade glicêmica e melhoria no controle geral do diabetes. Ele também permite a personalização dos ajustes de dosagem de insulina com base em dados precisos e contínuos.

Desafios e Limitações do CGM

Embora o CGM seja uma ferramenta poderosa, pode apresentar desafios como o custo elevado, a necessidade de calibração regular e a possível irritação no local do sensor. Além disso, a precisão pode ser afetada por fatores como desidratação e variações de temperatura.

Insulina e Controle Dietético

A dieta desempenha um papel crucial no controle do diabetes e na eficácia da terapia com insulina. Saiba algumas formas de manter a qualidade de vida para conviver harmoniosamente com a diabetes e diminuir o impacto dela no dia a dia.

Os pacientes devem planejar suas refeições para equilibrar a ingestão de carboidratos com a administração de insulina. Contar carboidratos e entender o índice glicêmico dos alimentos pode ajudar a manter os níveis de glicose no sangue estáveis.

Dietas como a dieta mediterrânea, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, e gorduras saudáveis, têm mostrado benefícios significativos para pacientes diabéticos. A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) também é recomendada, pois ajuda a controlar a pressão arterial e os níveis de glicose.

mulher segurando placa com a palavra dash
A dieta DASH é uma opção para controlar a glicose

Proteínas e gorduras também influenciam os níveis de glicose no sangue. As proteínas podem retardar a digestão dos carboidratos, enquanto as gorduras podem afetar a absorção da glicose. Um equilíbrio adequado de macronutrientes é essencial para o controle eficaz do diabetes

Insulina e Atividade Física

A atividade física regular é um componente vital do manejo do diabetes, complementando a terapia com insulina. A manutenção do peso ajuda na longevidade e qualidade de vida. Isso não é novidade. Vejamos agora quais os beneficios diretamente relacionados à diabetes.

Segundo aa Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes:

 Para pessoas com Diabetes Mellitus Tipo 2, a  prática de exercícios combinados resistidos  (pelo menos 1 ciclo de 10 a 15 repetições de 5 ou mais exercícios, duas a três sessões por semana, em dias não consecutivos) e aeróbicos (no mínimo 150 minutos semanais de moderada ou equivalente de alta intensidade, sem permanecer mais do que dois dias consecutivos sem atividade) promovem reduções significativas da HbA1c

Tour pela prova do Enem

Benefícios da Atividade Física

O exercício melhora a sensibilidade à insulina, facilita o controle do peso e reduz o risco de complicações cardiovasculares. A atividade física regular também ajuda a manter os níveis de glicose no sangue mais estáveis e reduz a necessidade de insulina.

Os pacientes devem ajustar suas doses de insulina e a ingestão de carboidratos antes e depois do exercício para evitar a hipoglicemia. Isso pode incluir a redução da dose de insulina bolus antes de atividades intensas ou o consumo de carboidratos adicionais para manter os níveis de glicose.

Tanto o exercício aeróbico (como caminhar, correr, nadar) quanto o exercício anaeróbico (como musculação) são benéficos para diabéticos. Um programa de exercícios equilibrado deve incluir ambos os tipos para maximizar os benefícios de saúde.

Avanços na Terapia Insulínica

A terapia insulínica está em constante evolução, com novos avanços tecnológicos e farmacológicos aprimorando o controle do diabetes.

Os análogos de insulina são modificações da insulina humana, projetados para melhorar a farmacocinética e farmacodinâmica. Exemplos incluem insulinas de ação ultrarrápida e prolongada, que oferecem maior flexibilidade e controle.

As bombas de insulina de circuito fechado, também conhecidas como pâncreas artificiais, combinam bombas de insulina com CGM para automatizar a administração de insulina para os pacientes com diabetes tipo 2. Esses sistemas ajustam a dosagem em tempo real com base nos níveis de glicose monitorados continuamente. 

Novas formas de administração de insulina, como insulina inalatória e sistemas de liberação transdérmica, estão sendo desenvolvidas para melhorar a conveniência e adesão à terapia.

A Revista Veja  em matéria de Paula Félix, cita um estudo sobre o pâncreas artificial, publicado na Nature Medicine:

 “os pesquisadores testaram o equipamento em um grupo de 26 pacientes com a condição. O pâncreas artificial é composto por um monitor de glicose e uma bomba de insulina ligada a um aplicativo chamado CamAPS HX, executado por um algoritmo capaz de prever a quantidade de insulina que o o organismo precisa para manter a glicose nos níveis adequados. O dispositivo funciona de forma totalmente automática.”

Educação para o Paciente Diabético

A educação é um componente crucial para o manejo eficaz do diabetes e o sucesso da terapia com insulina. Principalmente por envolver mudanças na alimentação e a necessidade do uso da insulina quando indicada.

Programas de educação para diabéticos fornecem informações sobre controle glicêmico, administração de insulina, planejamento de refeições e atividade física. Eles também ensinam técnicas de monitoramento e ajustes de dosagem.

moça medindo insulina com equipamento
Os programas de educação informam sobre controle glicêmico, administração de insulina, entre outros

A Sociedade Brasileira de Diabetes tem vários Ebooks educativos sobre a doença:

Gravidez

Orientações Nutricionais

Cuidados com os pés

Auto cuidado

Entre outros

Vale conferir aqui

O apoio emocional e psicossocial é vital para ajudar os pacientes a lidar com o estresse e as exigências do manejo diário do diabetes. Grupos de apoio e aconselhamento individual podem ser extremamente benéficos.

Insulina em Crianças e Adolescentes

O manejo do diabetes em crianças e adolescentes apresenta desafios únicos devido às suas necessidades nutricionais e desenvolvimento contínuo. Inclusive a rotina familiar e escolar são amplamente afetadas. O que leva, consequentemente, à necessidade de informação para os pais e na escola.

As crianças em crescimento podem precisar de ajustes frequentes nas doses de insulina para corresponder às suas mudanças metabólicas.  Por isso é tão importante acompanhar as taxas de insulina bem como a qualidade da alimentação com profissionais capacitados.

Desafios Psicológicos

Os jovens diabéticos podem enfrentar desafios psicológicos significativos, incluindo o estigma social e dificuldades em aderir ao regime de tratamento. O apoio psicológico é fundamental para ajudá-los a lidar com esses desafios com autonomia.

Ensinar crianças e adolescentes a gerenciar seu próprio diabetes é vital para sua independência futura. Programas educacionais devem ser adaptados para suas idades e níveis de compreensão.

Insulina na Gestação

A gestação é um período crítico para mulheres, especialmente as diabéticas, exigindo um controle rigoroso dos níveis de glicose para evitar complicações maternas e fetais. Por outro lado, algumas mulheres podem se tornar diabéticas após a gestação mesmo sem nunca ter tido alterações na sua glicemia.

 Diabetes Gestacional

Durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudanças em seu equilíbrio hormonal. A placenta, por exemplo, é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glico-se pelo corpo. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro.

Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intrauterino, há maior risco de crescimento excessivo (macrossomia fetal) e, consequentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta.

Como eu percebo que estou com diabetes gestacional?

O diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher e nem sempre os sintomas são identificáveis. Por isso, recomenda-se que todas as gestantes pesquisem, a partir da 24ª semana de gravidez (início do 6º mês), como está a glicose em jejum e, mais importante ainda, a glicemia após estímulo da ingestão de glicose, o chamado teste oral de tolerância a glicose.

mulher grávida comendo salada de frutas
A partir do sexto mês de gestação é importante verificar se a mulher tem diabetes

Quais são os fatores de risco?

Idade materna mais avançada;

Ganho de peso excessivo durante a gestação;

Sobrepeso ou obesidade;

Síndrome dos ovários policísticos;

História prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional;

História familiar de diabetes em parentes de 1º grau (pais e irmãos);

História de diabetes gestacional na mãe da gestante;

Hipertensão arterial na gestação;

Gestação múltipla (gravidez de gêmeos).

Tratamento da Diabetes Gestacional

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes

“A base do tratamento do DMG (Diabetes Mellitus Gestacional) é uma alimentação saudável, atividade física e controle das glicemias capilares. As refeições, por exemplo, devem ser fracionadas ao longo do dia e as gorduras dar lugar às frutas, verduras, legumes e alimentos integrais. Se não houver contraindicação do obstetra, exercícios físicos moderados também devem fazer parte da rotina. Se, apesar de todos esses cuidados os níveis de glicose continuarem altos, o médico pode indicar insulina para manter a glicose no nível desejado (no jejum < 95 mg/dl e 1 hora após a refeição < 140 mg/dl). “

Insulina e Qualidade de Vida

A terapia com insulina pode impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes diabéticos. Veja os benefícios da terapia com insulina:

A adesão ao regime de insulina é crucial para manter a saúde e bem-estar. A educação adequada e o suporte contínuo são essenciais para promover a adesão. Por isso a conscientização é tão importante.

Um controle glicêmico eficaz reduz o risco de complicações a longo prazo, como doenças cardiovasculares, neuropatia e retinopatia, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes.

A terapia com insulina pode afetar a vida social e emocional dos pacientes. É importante que os pacientes recebam apoio para lidar com esses aspectos, garantindo uma vida ativa e satisfatória.

Insulina e Saúde Mental

A relação entre diabetes e saúde mental é bidirecional, com cada uma influenciando a outra de forma significativa. Afinal as adaptações alimentares e sociais podem interferer na qualidade de vida e com isso comprometer o equilibrio emocional

O manejo do diabetes pode ser estressante e levar a problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade. A carga do autocuidado diário e o medo de complicações a longo prazo podem afetar o bem-estar psicológico. Isso sem contar que o estado emocional também pode afetar a produção de insulina e com isso um stress pode elevar ou reduzir os níveis de glicemia e com isso provocar mal estar.. Dai a importancia das terapias.

Intervenções psicológicas, como terapia cognitivo-comportamental e técnicas de manejo do estresse, podem ajudar os pacientes a lidar melhor com o impacto emocional do diabetes. O suporte contínuo de profissionais de saúde mental é fundamental.

Um modelo de cuidado integrado, que aborda tanto os aspectos físicos quanto mentais do diabetes, é ideal para melhorar os resultados gerais de saúde dos pacientes.

Inovações em Tecnologia de Insulina

As inovações tecnológicas continuam a transformar a terapia insulínica, oferecendo novas oportunidades para melhorar o manejo do diabetes

Dispositivos de administração de insulina inteligentes, como canetas de insulina conectadas e bombas avançadas, permitem uma personalização precisa das doses e melhor integração com os sistemas de monitoramento contínuo de glicose.

O uso de inteligência artificial e algoritmos avançados para analisar dados de glicose e insulina permite previsões mais precisas e ajustes automáticos na terapia, melhorando o controle glicêmico.

A pesquisa contínua em novos análogos de insulina, métodos de administração e dispositivos de monitoramento promete avanços ainda mais significativos na terapia insulínica, oferecendo esperanças renovadas para os pacientes diabéticos.

Confira também: assista à aula de proteínas e enzimas do Stoodi!

Play videoPlay video

Compreender os mecanismos de ação da insulina  e as inovações tecnológicas mais recentes,fazem parte do conhecimento necessário para a sua evolução, especialmente nas áreas das Ciências da Natureza. 

O Intensivo Stoodi vai te preparar com excelência para o ENEM. Inscreva-se no Intensivo Stoodi e mude o seu futuro

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 3 / 5. Número de votos: 2

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Lamentamos que este post não tenha sido útil para você!

Vamos melhorar este post!

Diga-nos, como podemos melhorar este post?

Dê mais um passo na direção do Vestibular dos seus sonhos!

Assine nossa Newsletter e receba nossos artigos em primeira mão!

Email registrado com sucesso
Opa! E-mail inválido, verifique se o e-mail está correto.
Oops! Invalid captcha, please check if the captcha is correct.
Artigos relacionados