Saiba como usar conectivos em suas redações

Para conquistar a aprovação no Enem ou em Vestibulares, é preciso ir além das questões e se preparar também para elaborar uma boa redação. Não basta ter apenas uma boa ideia e familiaridade sobre o tema. Além de aplicar as boas normas da língua portuguesa, você deve argumentar usando conectivos e dando sentido ao seu texto. 

Ao usar os conectivos, você passa a ter em mãos um texto mais claro, coeso e digno de uma boa nota. Pensando nisso, e buscando apresentar a aplicação prática dos conectivos, elencamos alguns tópicos explicativos sobre o tema, além de informações relevantes sobre técnicas e estratégias para redação que te ajudarão a se destacar no seu próximo texto. 

Continue acompanhando o conteúdo e boa leitura! 

Técnicas de Redação para Exames 

As Técnicas de Redação para Exames são eficazes em avaliações como Enem e Vestibulares, onde a redação é um componente crítico para a aprovação e existe uma pressão natural em relação às habilidades e ao tempo dedicado à essa parte do teste. 

Essas técnicas englobam a organização do pensamento, estruturação de ideias e desenvolvimento de argumentos. Elas abordam ainda estratégias como planejamento de tempo, criação de esboços e revisão. 

Por exemplo: digamos que durante um determinado exame, você tenha 45 minutos para escrever uma redação sobre um tema específico. Para desenvolver essa redação de forma eficiente, você poderá dedicar os primeiros 5 minutos para planejar e estruturar suas ideias e argumentos, 30 minutos para escrever a redação e os últimos 5 minutos para revisar e corrigir os erros. 

Importante lembrar que essa divisão de tempo indicada no exemplo acima é apenas uma sugestão. Cada aluno precisa ter autoconhecimento sobre suas habilidades de escrita para entender qual a melhor forma de gerenciar esse tempo durante o exame. 

Além de gerenciar o tempo, é essencial que você entenda também as exigências relacionadas à redação. Se o exame pede uma redação argumentativa, você deverá focar em apresentar uma tese clara, desenvolver argumentos com evidências e concluir reforçando sua posição. Já para uma redação descritiva, é necessário que seu texto se baseie no relato de pessoas, objetos, lugares e acontecimentos, se pautando em uma narração detalhada relacionada à impressão sobre algo. 

E lembre-se que quando falamos em redação, saber criar introduções e conclusões efetivas terão grande peso na aprovação. Iniciar uma redação com uma citação relevante ou uma estatística surpreendente, por exemplo, pode captar imediatamente a atenção do avaliador. 

Análise de Textos Acadêmicos 

A análise de textos acadêmicos inclui técnicas para identificar teses, argumentos principais, teorias subjacentes e estrutura de raciocínio, que ajudam a analisar criticamente o conteúdo, o estilo do texto e a coesão textual. 

Por exemplo, ao analisar um artigo sobre economia, o leitor deve ser capaz de identificar a principal hipótese do autor e como os argumentos e dados usados durante o texto, se conectam e sustentam a hipótese principal. 

Já em um artigo sobre psicologia, além da hipótese do autor, o leitor também deve compreender como o estudo foi conduzido, os resultados obtidos e as conclusões tiradas. 

E durante a análise, para que a compreensão sobre texto aconteça de forma clara, é importante que o mesmo tenha sido escrito utilizando estratégias que melhorem a coesão textual. Do contrário, a dificuldade de análise e interpretação do texto pode se tornar um problema para o entendimento do assunto abordado, impactando a chance de aprovação, em casos de redação para exames como o ENEM e Vestibulares. 

Estratégias para Melhorar a Coesão Textual 

Uma boa estratégia para melhorar a coesão de qualquer texto, precisa estar focada em garantir que as ideias e parágrafos estejam bem conectados e fluam de maneira lógica e compreensível. 

Envolver o uso de sinônimos para evitar repetições, utilizar referências claras e o uso de pronomes para conectar ideias, são estratégias que podem ajudar. 

Neste contexto, a coesão textual é fundamental para a estrutura e a compreensão de um texto. E ela se divide em vários tipos, cada um com sua contribuição específica para a fluidez e a clareza da escrita. 

Coesão Referencial 

Ocorre quando utilizamos um termo no texto para se referir a algo já mencionado anteriormente. Isso ajuda a evitar repetições desnecessárias e é feito através do uso de pronomes, demonstrativos ou possessivos, como “ele”, “ela”, “isso”, “aquele” que retomam o sujeito ou objeto já citado. 

Exemplo: “João foi ao mercado. Ele comprou frutas.” 

Coesão por Substituição 

Envolve a substituição de palavras ou frases por sinônimos, hiperônimos ou outras expressões equivalentes para evitar repetições. 

Exemplo: “Maria comprou um livro. A obra era interessante.” 

Coesão por Elipse 

A elipse pode tornar o texto mais dinâmico e evitar redundâncias e caracteriza-se pela omissão de um elemento que já foi mencionado ou que é facilmente identificável pelo contexto. 

Exemplo: “João gosta de futebol; Pedro, de basquete.” 

Nesse caso, não foi necessário repetir o verbo “gostar” para identificar que Pedro gosta de basquete. 

Coesão Lexical 

Refere-se ao uso repetido de palavras ou ao uso de palavras com campos semânticos relacionados para criar uma rede de significados no texto. Por exemplo, a repetição da palavra “tecnologia” em um texto sobre inovações científicas. 

Coesão Sequencial 

Relacionada com a sequência lógica e temporal dos eventos ou ideias no texto. Essa conexão é feita utilizando Conectivos como “depois”, “então”, “anteriormente”, e indicam a relação temporal entre diferentes partes do texto, deixando claro como cada frase se relaciona. 

Uso de Conectivos em Dissertações 

Agora que você já foi introduzido às técnicas de redação e estratégias para melhorar a coesão textual, vamos falar sobre o uso de conectivos em dissertações. 

Conectivos podem ser exemplificados com expressões de transição como: “porém“, “no entanto”, “além disso” e “consequentemente“. Essas expressões possuem grande importância na escrita de dissertações e contribuem para a fluidez do texto, ajudando a estabelecer relações lógicas entre as ideias apresentadas. 

Em uma dissertação que discute as implicações da tecnologia na educação por exemplo, você pode usar “no entanto” para introduzir um ponto de vista oposto, “além disso” para adicionar mais informações relevantes ao argumento e “portanto” para indicar conclusões lógicas. 

Em toda dissertação, esses conectivos sempre serão importantes para transições mais suaves durante o texto. Além de manter o leitor engajado, eles são úteis principalmente em dissertações longas, onde é necessário manter a continuidade nos argumentos apresentados. 

Importância dos Conectivos na Redação e na Fluência Textual 

Os conectivos desempenham papel crucial nas redações, e a fluência na composição textual só é possível através do seu uso correto. 

Conectivos atuam como componentes que unem frases e parágrafos, criando um fluxo lógico e contínuo no texto. Eles são essenciais para garantir que o texto seja coeso e coerente, facilitando a leitura e a compreensão. 

Os Conectivos funcionam como pontes entre ideias, permitindo transições suaves de um pensamento ou argumento para outro. Sem eles, o texto pode parecer fragmentado ou desconexo. Eles ajudam ainda a estabelecer relações lógicas entre diferentes partes do texto, como causa e efeito, contraste, adição, conclusão, entre outras. Em textos expositivos, por exemplo, conectivos como “primeiramente“, “além disso” e “finalmente” são cruciais para estruturar o texto de forma lógica e facilitar a compreensão do leitor sobre a sequência de ideias. 

O uso de conectivos também permite a elaboração de frases e parágrafos sem a necessidade de repetir palavras ou ideias, mantendo o texto fluido e interessante, assegurando que cada parte do texto esteja devidamente ligada à próxima, construindo um argumento ou narrativa de forma lógica. 

Dependendo do tipo de texto (acadêmico, literário, jornalístico, etc.), diferentes conectivos podem ser utilizados para adequar o estilo e tom do texto ao seu propósito e público-alvo. E com um texto fluente, o leitor pode seguir o raciocínio do autor de forma mais intuitiva e sem interrupções. Isso facilita a compreensão e torna a leitura mais agradável. 

Portanto, os conectivos não são apenas elementos gramaticais; eles são fundamentais para a construção de um texto coeso, coerente e fluentemente articulado. Um bom escritor sabe como usar conectivos eficazmente para guiar o leitor através de suas ideias, tornando a experiência de leitura tanto informativa quanto agradável. 

Conectivos em Diferentes Estilos de Texto 

Para cada estilo de texto existe uma melhor escolha de conectivos. Os diferentes gêneros textuais, como a redação acadêmica, literária ou jornalística, influenciam diretamente na escolha e no uso de conectivos específicos. 

Em textos jornalísticos, conectivos como “segundo” ou “conforme” são frequentemente usados para introduzir fontes, enquanto em textos literários, conectivos descritivos como “como se” ou “tal como” podem ser mais comuns. 

Em textos científicos, por exemplo, a precisão é crucial, e conectivos como “isso sugere que” ou “os dados indicam” são usados para mostrar cautela na interpretação dos resultados e para demonstrar relações de causa e efeito entre fenômenos estudados. 

Relação entre Conectivos e Clareza Textual 

A escolha e o posicionamento adequado dos conectivos possuem uma relação direta com a clareza de um texto. O uso correto das palavras pode ajudar a esclarecer as relações entre ideias e argumentos, tornando o texto mais compreensível. 

Um exemplo é o uso de “isto é” ou “em outras palavras” para reforçar ou esclarecer um ponto complexo, ajudando o leitor a entender melhor a mensagem do autor.

Já em um relatório técnico, o uso de “isto é” pode ser utilizado para explicar um termo técnico ou jargão específico, tornando o texto mais acessível a leitores não especializados. 

Em outros casos ainda, essa clareza textual pode ser aplicada com o uso de advérbios conectivos cuja função é o estabelecimento de nexos entre frases, como por exemplo relações de consequência (O professor caiu. “Consequentemente”, partiu uma perna) ou ordenação, como em um manual de instruções, onde conectivos como “primeiro“, “em seguida” e “por fim” podem ser usados para guiar o leitor através de uma sequência de ações, garantindo que as instruções sejam fáceis de seguir. 

Aprimoramento de Habilidades de Escrita 

Para aprimorar as habilidades de escrita, o único caminho é a repetição. 

Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, portanto, não é um ato, mas sim um hábito.

Aristóteles

Criar uma rotina de exercícios como escrita diária, leitura crítica e participação em workshops ou grupos de escrita pode te ajudar a aprimorar essas habilidades. Escrever diferentes tipos de textos, como narrativas, ensaios e relatórios, irá ajudar também nas técnicas e no repertório de articuladores textuais. 

Alguém que deseja aprimorar a escrita pode começar a escrever pequenos ensaios sobre temas cotidianos, focando na clareza da mensagem e na estrutura do texto, e depois buscar feedback de colegas ou professores. 

Isso pode envolver também o estudo de diferentes estilos e autores para entender como variam as abordagens na escrita. Por exemplo, comparar a escrita concisa e direta de um jornalista com o estilo mais descritivo e florido de um romancista. 

Além de melhorar a escrita, aprimorar gramática e aperfeiçoar o uso dos conectivos, essas técnicas fornecerão ainda estilo, clareza e persuasão na construção do texto. 

Construção de Parágrafos Eficazes 

Podemos considerar uma boa estrutura de parágrafos, aquela que desenvolve o assunto de maneira coerente e termina com uma conclusão eficaz, entregando uma composição clara das ideias. 

A construção de um bom parágrafo argumentativo por exemplo, começa com uma afirmação clara (tópico frasal), seguido de evidências ou exemplos que suportam essa afirmação e termina com uma conclusão ou frases de transição para o próximo ponto. 

Já em um texto de opinião, cada parágrafo deve abordar um ponto específico que suporte a tese principal. O primeiro parágrafo pode apresentar um argumento, apoiado por evidências no segundo parágrafo, e o terceiro parágrafo pode abordar uma possível objeção, antes de refutá-la. 

Confira também: no Stoodi, veja a aula de Coesão e Coerência!

Preparação para Redação de Exames como o ENEM 

Para se preparar para Redação de exames como o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), é importante que o aluno busque entender os tipos de textos e temas que costumam aparecer com maior frequência e como são elaborados. 

Além disso, estruturar os textos de maneira organizada e buscar dicas para usar conectivos na redação, irá ajudar a organizar o fluxo de ideias do início ao fim do texto de forma eficaz, e sem frases desconexas. 

Entender essas variáveis, permitirá que os alunos pratiquem a construção da redação com maior assertividade, focando sempre na estrutura do texto, na argumentação e no uso de exemplos relevantes. 

Praticar temas passados dos exames também é essencial para entender como conectar o tema proposto com questões sociais, históricas e culturais relevantes. Por exemplo, se o tema for “Os desafios da educação no Brasil”, o aluno pode conectar isso com questões de desigualdade social e propostas de reforma educacional. 

E por fim, se você chegou até aqui nesse texto, é porque certamente você está buscando formas de acelerar e melhorar seu processo de preparação para o vestibular ou ENEM. 

E agora que você já entendeu que essa preparação inclui não apenas o estudo para as questões da prova, mas principalmente aprimorar suas habilidades de escrita, o intensivo da Stoodi pode ser o próximo passo para a sua aprovação. 

Garanta a melhor preparação em 2024 com o método da Stoodi que te ajuda a fixar a matéria em apenas 8 minutos! 

Inscreva-se agora mesmo e se prepare para ser aprovado.